Hapvida segue trajetória de desvalorização em 2024 e analistas explicam se má fase tem data para acabar
15 Fevereiro 2024 - 2:25PM
ADVFN News
A Hapvida segue sua trajetória de desvalorização em 2024, com
recuo de 23,14% no ano após a recente queda de mais de 11% na
semana passada. Só na sessão de quarta-feira (14) a companhia
perdeu 2,56%, a R$ 3,42, e tem uma sessão instável nesta
quinta-feira. Mas será que a má fase para os papéis da companhia
tem data para acabar? De acordo com analistas do Citi, da XP e do
Itaú BBA, sim.
O Citi considera que as más notícias que envolvem a companhia já
estão precificadas e que o potencial de ganhos de ações está
inclinado para o lado positivo. De acordo com a análise, a queda
nos papéis reflete as preocupações de investidores com a demora na
recuperação das margens. Associado à possível continuidade de
fraqueza comercial, poderia impulsionar outro ciclo de revisões
negativas. Contudo, o banco acredita que, mesmo com estimativas
mais conservadoras, os papéis poderiam negociar a múltiplos de 11,4
vezes o preço sobre lucro (P/L) no fim de 2025 e apresentam
rendimento de 9% em fluxo de caixa livre (FCFE, na sigla em
inglês). O Citi segue recomendando compra para o nome, com
preço-alvo de R$ 6,00.
Se o pior já passou, a primeira luz no caso Hapvida (BOV:HAPV3)
deverá vir dos resultados do quarto trimestre de 2023, que serão
apresentados em 27 de março, para a XP. A expectativa do research
da corretora é que o balanço apresentado seja positivo, com fortes
aumentos de preços trazendo avanço para a receita total. A taxa de
sinistralidade deverá ser um dos destaques positivos pela
diminuição sequencial esperada, que é fruto da estratégia comercial
da empresa e de maior controle na utilização.
A margem de lucro antes de juros, impostos, depreciações e
amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) deverá crescer,
acompanhando a redução de despesas operacionais em relação à
receita. O único porém observado pela análise da XP é o
endividamento líquido ainda elevado da empresa, que deve impactar o
resultado final. A XP recomenda compra, com preço-alvo estabelecido
em R$ 5,70.
O Itaú BBA considera que a forte queda dos papéis reflete a
comunicação da companhia para os investidores reforçar que o foco
em 2024 deve ser na integração das operações da NDI. A Hapvida deve
manter abordagem cautelosa para reduzir eventuais impactos para os
beneficiários de NDI, o que deve significar que alguns ajustes nas
operações do Sudeste devem ser postergados, de acordo com a
análise. O banco considera o nome como compra, mas revisou o
preço-alvo para baixo, de R$ 7 para R$ 6.
A redução do target reflete a diminuição de expectativas para
melhora de sinistralidade e rentabilidade. A nova projeção do BBA
sugere revisão de 17% no lucro para 2024 e de 10% para 2025. Ainda
assim, a expansão forte de lucro líquido é esperada pelo banco e o
nome ainda é apoiado pela sua operação verticalizada, considerada
uma vantagem competitiva relevante para o BBA. A estratégia permite
que a companhia siga como opção mais acessível no mercado de planos
de saúde brasileiro e apresenta maior eficiência, garantindo
rentabilidade e geração de caixa, na visão dos analistas.
A projeção de relação entre P/L é de 14 vezes em 2024 e 9 vezes
em 2025, com ajustes de amortização de intangível, ou 18 vezes e 12
vezes sem o ajuste, respectivamente (em estimativa para 2025 muito
próxima do observado pelo Citi).
Informações Infomoney
HAPVIDA ON (BOV:HAPV3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024
HAPVIDA ON (BOV:HAPV3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2023 até Abr 2024