Bradesco BBI rebaixa a recomendação para ações da Taesa e mantém Alupar como a preferida do setor elétrico
20 Fevereiro 2024 - 1:38PM
ADVFN News
O Bradesco BBI rebaixou a recomendação para ações da Taesa de
neutro para venda, pois vê que a transmissora está sendo negociada
a uma taxa interna retorno (TIR) real implícita de 4,6% (100
pontos-base abaixo da NTN-B), o que o banco avalia como caro,
apesar de ser uma companhia bem administrada.
A equipe de research do BBI comenta que aproximadamente 2/3 da
receita da Taesa (BOV:TAEE11) serão afetados pela desaceleração do
índice de inflação IGP-M no ajuste anual de meados de 2024. Além
disso, dado o forte investimento, seu índice de alavancagem
financeira (Dívida líquida/Ebitda = lucro antes de juros, impostos,
depreciações e amortizações) provavelmente aumentará e atingirá o
pico superior a 4,0 vezes até o final de 2025. “Se a empresa quiser
continuar crescendo isso poderia colocar os dividendos em risco,
mesmo que temporariamente”, ressaltam analistas.
Na visão do BBI, o risco/retorno da Isa Cteep (BOV:TRPL4) parece
um pouco mais equilibrado, negociando a uma TIR real de 5,5% (em
linha com a NTN-B), portanto, manteve classificação neutra, pelo
menos por enquanto.
Por outro lado, o banco destaca que dois eventos de curto prazo
podem pesar negativamente sobre a ação: (i) a decisão pendente da
ANEEL sobre a redução dos ativos não depreciados a receber do RBSE
(o cenário base do BBI é a redução de R$ 8,5 bilhões do RBSE total,
em linha com Nota técnica ANEEL 85); e (ii) a venda de parcela
relevante das ações da Cteep pela Eletrobras, que detém 35,7% das
ações em circulação (ou R$ 6,3 bilhões).
Embora tenha mantido a classificação neutra, a Alupar
(BOV:ALUP11) é a ação preferida do BBI em bases relativas,
negociada a uma TIR de 8,3% (270 pontos-base acima da NTN-B), com
os últimos projetos anunciados fora do Brasil reforçando sua
disciplina de capital. Após revisar suas estimativas, o banco
elevou o preço-alvo para R$ 33 por ação, implicando um aumento de
13%. Ao contabilizar os projetos em desenvolvimento, analistas
estimam que o Ebitda da Alupar aumentará 37% nos próximos três anos
(um belo CAGR de 11%).
Com relação aos JCP, mecanismo que reduz a alíquota efetiva de
uma empresa ao permitir a dedução do pagamento de juros sobre o
capital próprio de seu lucro tributável, o BBI avalia que
representa 9% do valor justo da TAEE11 (R$ 3 por unit) e 12% da
Cteep (R$ 3 por ação). Notavelmente, comentários recentes do
governo indicam que um movimento futuro para eliminar ou limitar os
JCP não está totalmente descartado, embora o banco acredite que
será uma batalha difícil reabrir o assunto, e é por isso que deixou
os JCP como parte do caso base, pelo menos por enquanto.
Informações Infomoney
TAESA (BOV:TAEE11)
Gráfico Histórico do Ativo
De Nov 2024 até Dez 2024
TAESA (BOV:TAEE11)
Gráfico Histórico do Ativo
De Dez 2023 até Dez 2024