O GPA protocolou perante a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pedido de registro de distribuição de oferta pública de distribuição primária de, inicialmente, 140 milhões de ações ordinárias, a serem emitidas pela companhia.

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:PCAR3) nesta segunda-feira (04).

Até a data de conclusão do Procedimento de Bookbuilding a quantidade de ações inicialmente ofertada poderá, a critério da companhia, em comum acordo com os coordenadores da oferta, ser acrescida em até 1000% do total de ações inicialmente ofertado, ou seja, em até 140 milhões de novas ações ordinárias.

Considerando o preço de fechamento das ações nesta segunda-feira, 4, o valor total da oferta chega a R$ 504 milhões, ou R$ 1 bilhão e 8 milhões, considerando a colocação da totalidade das ações adicionais.

O GPA pretende utilizar os recursos líquidos provenientes da oferta, integral e exclusivamente, para redução da sua alavancagem financeira, por meio do pré-pagamento de contratos financeiros mantidos com instituições financeiras, incluindo determinados coordenadores da Oferta, cujas dívidas representam mais de 20% do valor total da oferta.

VISÃO DO MERCADO

Safra

Segundo o Safra, o GPA atualmente possui uma posição de dívida líquida de R$ 2,3 bilhões, ou uma relação dívida líquida/EBITDA de 7,6x (ex-IFRS). Considerando a oferta de R$ 1,0 bilhão, a dívida líquida ficaria em R$ 1,3 bilhão, com uma alavancagem de 4,4x.

“Além disso, se considerarmos os recursos já anunciados da venda da participação do GPA no Éxito e C-Nova, a dívida líquida cairia para R$ 451 milhões e a alavancagem para 1,5x”, projetam os analistas do Safra.

Considerando apenas a oferta base (504 milhões), a dívida líquida do GPA ficaria em R$ 1,8 bilhão, com uma alavancagem de 6,1x.

Ademais, o Casino anunciou sua intenção de se desfazer de seus ativos não essenciais. Consequentemente, o Safra projeta que o Casino não participará da oferta de ações, o que resultaria em diluição de sua participação atual de 40,9% para 26,9%, considerando a oferta base, ou 20,1%, considerando a oferta total.

“A notícia é positiva do ponto de vista do balanço patrimonial, pois reduz drasticamente o endividamento da empresa. No entanto, a diluição resultaria em uma redução em nosso preço-alvo, de R$ 4,5 por ação para R$ 4,2 por ação, considerando a oferta base, ou R$ 4,0 por ação, considerando a oferta total”, afirma o Safra.

Para o banco, o GPA continua com uma grande lacuna de ROIC (retorno sobre o capital) em comparação com seus pares (atualmente em 3% versus 16% do Assaí e 17% do Grupo Mateus), que é a principal razão para a classificação neutra.

Na mesma linha, Goldman Sachs também avalia como positiva a oferta de ações do GPA. De acordo com a casa, uma estrutura de capital mais equilibrada proporciona à administração mais flexibilidade para executar o plano de virada atual focado em aumentar a lucratividade e melhorar a dinâmica do capital de giro.

“Se assumirmos uma entrada de caixa de R$ 504 milhões a R$ 1,01 bilhão proveniente da oferta potencial, estimamos que a alavancagem seria reduzida para 4,6X a 4,2X ND/EBITDA”, projeta o Safra, que tem recomendação neutra para os papéis do GPA, com preço-alvo de R$ 3,60.

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