Santander (SANB11): lucro líquido gerencial de R$ 3,021 bilhões no 1T24, alta de 41,2%
30 Abril 2024 - 8:50AM
ADVFN News
O Santander reportou lucro líquido gerencial de R$ 3,021 bilhões
no primeiro trimestre de 2024 (1T24), montante 41,2% superior ao
reportado no mesmo intervalo de 2023, informou o banco. O resultado
superou expectativa média de R$ 2,89 bilhões apurada junto a
analistas do setor, segundo dados da Lseg.
Já o retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE) do Santander
subiu 3,5 pontos porcentuais em um ano, para 14,1%.
A margem financeira bruta do banco, que reflete os ganhos com
operações que rendem juros, foi de R$ 14,790 bilhões, alta de 14,5%
em um ano, graças à dinâmica positiva da margem com clientes.
Nas margens com clientes, o resultado foi de R$ 14,457 bilhões,
crescimento de 3,2% no comparativo anual e de 4,1% em três meses.
Nesta linha, estão contabilizados os resultados com operações de
crédito.
As despesas gerais atingiram R$ 6,297 bilhões no 1T24, aumento
de 5% na base anual.
As despesas de provisão (PDD) caíram 10,7% em um ano, para
R$ 6,043 bilhões.
O índice de inadimplência superior a 90 dias atingiu 3,2% em
março deste ano, ficando estável na comparação ano a ano.
Já a carteira de crédito ampliada totalizou R$ 654,020 bilhões
em março de 2024, um crescimento de 8,1% na comparação com igual
etapa do ano passado.
Enquanto isso, os ativos totais somaram R$ 1,169 trilhão em
março de 2024, alta de 11,5% na base anual.
Os resultados da Santander (BOV:SANB3)
(BOV:SANB4)
(BOV:SANB11)
referentes às suas operações do primeiro trimestre de 2024 foram
divulgados no dia 30/04/2024.
VISÃO DO MERCADO
Bradesco BBI
O Bradesco BBI também ressaltou a importante recuperação da
rentabilidade: “em nossa opinião, o Santander Brasil registrou
tendências gerais positivas no 1T24, refletindo principalmente uma
recuperação trimestral na lucratividade ante um 4T23 fraco.
Notadamente, a inadimplência de pessoas físicas e grandes empresas
permaneceu estável no trimestre, enquanto os resultados de
tesouraria apresentaram importante recuperação no trimestre. Já as
taxas de serviços foram ligeiramente mais fracas do que o esperado,
refletindo a sazonalidade do 1T, e as despesas operacionais
permaneceram sob controle”.
Itaú BBA
O resultado superou expectativa média de R$ 2,89 bilhões apurada
junto a analistas do setor, segundo dados do LSEG, e também dos
analistas do Itaú BBA, que ressaltaram ainda a forte recuperação em
relação aos cerca de R$ 2 bilhões reportados no último
trimestre.
Para o Itaú BBA, o lucro acima da projeção veio principalmente
de uma melhor margem financeira e de menores despesas com provisão
de crédito. A carteira total de empréstimos também foi mais forte,
aumentando 2% em termos trimestrais, com a força no financiamento
ao consumo (+4% em termos trimestrais) compensando uma queda de 2%
em termos trimestrais nos empréstimos corporativos. Enquanto o BBA
destacou a carteira de empréstimos, o BBI ainda viu um crescimento
ainda tímido do crédito.
A empresa reclassificou diversas fontes de receita, tornando
mais válidas as comparações históricas, aponta o Itaú BBA. Em
comparação com o último trimestre, a margem financeira líquida
(NII) total subiu 7% no trimestre, com a parcela de clientes
aumentando 4% no trimestre e o NII do mercado entrando em
território positivo.
“Em suma, um bom conjunto de resultados que devem ser bem
recebidos pelos mercados”, projetou o BBA, ressaltando que o
Santander já recupera receitas, enquanto “o momento de absorção”
das piores colheitas de crédito está quase no fim. Para os
analistas do BBA, no geral, a temporada deve ser geralmente
positiva para os bancos brasileiros, mas ainda mantém recomendação
equivalente à neutra para os ativos. O BBI, por sua vez, segue com
recomendação equivalente à venda (underperform, ou desempenho
abaixo da média do mercado) para os ativos, enquanto JPMorgan,
assim como o BBA, possui recomendação neutra para SANB11.
JPMorgan
O JPMorgan também ressaltou que o lucro ficou cerca de 6% acima
do que o consenso projetava, ainda que tenha ficado 3% abaixo das
suas projeções.
Levante
A Levante Corp também aponta ter considerado o resultado do
Santander Brasil, em termos qualitativos, ligeiramente positivos,
indicando um nível de evolução nas safras de crédito do banco, além
da continuidade da expansão nas linhas focadas em clientes Alta
Renda e Private. Quanto ao lucro líquido gerencial os números foram
bons, e refletiram uma expansão da NIM (margem financeira
gerencial) somada a um nível de disciplina nos custos e
despesas.
Por outro lado, observa que o índice de cobertura do banco – que
representa a proporção que a provisão para risco de crédito é capaz
de cobrir os créditos inadimplentes – caiu de 222% para 209%, sendo
um ponto de atenção, já que, embora os níveis de inadimplência
tenham apresentado certo nível de estabilidade, ainda existe risco
de deterioração no sistema, sendo um risco também para o
Santander.
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão
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