Gol registra prejuízo líquido de R$ 371 milhões em maio
01 Julho 2024 - 11:36AM
ADVFN News
A GOL Linhas Aéreas apresentou seu relatório operacional mensal,
contendo determinadas informações financeiras para o período de 1
de maio de 2024 a 31 de maio de 2024 ao Tribunal de Falências dos
Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York (o Tribunal),
conforme exigido durante seu processo de Chapter 11 anunciado
anteriormente.
O fato relevante foi feito pela companhia (BOV:GOLL4) nesta
segunda-feira (01).
A companhia aérea Gol, que está em recuperação judicial nos
Estados Unidos, registrou prejuízo líquido de R$ 371 milhões em
maio.
A receita líquida da companhia somou R$ 1,27 bilhão no mês
passado, enquanto a dívida liquida chegou a R$ 24,4 bilhões no
período.
Os números fazem parte do relatório operacional mensal da
companhia, encaminhado ao tribunal de falências dos EUA, conforme
exigido durante o processo de recuperação judicial da empresa.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização
(Ebitda) foi de R$ 137 milhões em maio, com margem Ebitda de 11%,
conforme fato relevante.
Em conexão com essas apresentações ao Tribunal, em 28 de junho
de 2024, a GOL anunciou certas informações financeiras consolidadas
para o Grupo GLAI. Essas informações financeiras são preliminares e
não foram auditadas ou revisadas pelo auditor da GOL.
À medida que a GOL trabalha para concluir seu processo de
reestruturação, a Companhia emitirá um comunicado à imprensa em
relação a cada relatório operacional mensal, exceto nos meses em
que os registros mensais coincidem com a publicação dos relatórios
de resultados financeiros trimestrais da GOL.
O mercado deve observar que as informações financeiras incluídas
nos relatórios operacionais mensais são apresentadas de acordo com
a metodologia estabelecida pelo Código de Falências dos Estados
Unidos e outros regulamentos aplicáveis e, por isso, não devem ser
comparadas com as demonstrações financeiras públicas divulgadas
anteriormente pela GOL e que tenham sido preparadas de acordo com
metodologias diferentes. As informações no relatório operacional
mensal são limitadas ao mês de maio.
VISÃO DO MERCADO
A aérea Gol, em recuperação judicial nos EUA e que vê suas ações
caírem 88,5% no acumulado do ano, divulgou na sexta-feira (28) seus
números operacionais preliminares de maio de 2024, que fazem parte
do processo do Chapter 11 da empresa.
A aérea registrou prejuízo líquido de R$ 371 milhões em maio,
enquanto a receita líquida da companhia somou R$ 1,27 bilhão no mês
passado; já a dívida liquida chegou a R$ 24,4 bilhões no
período.
Para o Bradesco BBI, os números não são muito animadores,
ressaltando que houve dois resultados fracos consecutivos,
antecipando um 2T24 (segundo trimestre de 2024) sem brilho. A baixa
sazonalidade das viagens aéreas no Brasil e as enchentes no Rio
Grande do Sul, que paralisaram as operações no aeroporto de Porto
Alegre (POA), impactaram negativamente a receita em maio. Isso
resultou em uma redução mensal de 6% na receita por unidade de
capacidade (RASK), que ficou em R$ 0,41.
A margem operacional permaneceu estável, mas a margem Ebitda
(Ebitda = lucro antes de juros, impostos, depreciações e
amortizações/receita) foi fraca, de apenas 11%. A redução de 3,4%
na capacidade doméstica pode ser parcialmente atribuída às
enchentes em POA (aeroporto de Porto Alegre), uma vez que esse
aeroporto representa 5% da capacidade total da Gol. No entanto, os
voos estão sendo redirecionados para aeroportos próximos. O BBI
ressalta que espera-se que POA retome suas operações até dezembro
de 2024.
Considerando todos esses fatores, o banco prevê que a aérea
apresentará resultados medianos no segundo trimestre de 2024. Além
disso, o mês fraco levou a um aumento de R$ 1,103 bilhão na dívida
líquida, resultando em um consumo de caixa de R$ 710 milhões em
maio.
“Apesar dessa perspectiva negativa, a empresa já fechou um
acordo para adquirir 113 aeronaves (de um total de 142 em março de
2024) e 48 motores sobressalentes. Além disso, a Gol está avançando
no processo do Chapter 11, com possibilidade de emergir desse
processo em 2025”, avalia o banco.
O Bradesco BBI ressalta que, devido à diluição de capital
esperada, entende que há potencial para uma fusão entre a Azul
(AZUL4), com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 29,00) e a
Gol (com recomendação de venda e preço-alvo de R$ 0,90). Segundo as
suas estimativas atualizadas, essa fusão poderia gerar R$ 10,2
bilhões em valor presente líquido (VPL) de sinergias, ou R$ 10,00
por ação da AZUL4 após a diluição.
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