Goldman Sachs vê espaço para a Petrobras anunciar até US$ 19 bilhões em dividendos até 2025
24 Julho 2024 - 1:47PM
ADVFN News
O Goldman Sachs vê espaço para a Petrobras anunciar até US$ 19
bilhões em remuneração aos acionistas (dividendos e recompras) até
o primeiro trimestre de 2025 (1T25), com base em cerca de US$ 8
bilhões em remuneração ordinária, apenas aplicando a política atual
de distribuição de dividendos e recompras com base nos resultados
dos próximos três trimestre, além de cerca de US$ 4 bilhões
relativos à 2ª parcela dos dividendos extraordinários referentes ao
exercício de 2023.
O banco também enxerga a possibilidade de até US$ 7 bilhões em
dividendos extraordinários relativos ao exercício de 2024, que
poderiam ser anunciados em fevereiro de 2025 junto com os
resultados do 4T24.
No entanto, os analistas do banco destacam que essa estimativa
deve ser vista como um teto do valor potencial que a Petrobras
(BOV:PETR3) (BOV:PETR4) poderia anunciar. Considerando que a
empresa estaria operando com o nível mínimo de caixa exigido pela
gestão com a entrada de novas plataformas em 2025 (adições de
leasing), isso poderia mover o endividamento mais próximo ao limite
de US$ 65 bilhões; além disso, potenciais M&A (operações de
fusões e aquisições) também poderiam limitar o espaço para a
distribuição de dividendos extras.
A estatal deve anunciar os resultados do 2T24 em 8 de agosto,
após o fechamento do mercado. A projeção do Goldman Sachs é de
Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização)
ajustado de US$ 12,4 bilhões no 2T24, ligeiramente abaixo do
consenso da Bloomberg (2%).
De acordo com a política de remuneração aos acionistas da
empresa, isso implicaria no anúncio de US$ 2,7 bilhões em
dividendos + recompras de ações.
Com relação à paridade de preços dos combustíveis, o Goldman
Sachs assume que a Petrobras não fará um ajuste adicional nos
preços dos combustíveis no 3T24 e estima que as margens de refino
da Petrobras no trimestre (excluindo ganhos de estoque) ficarão
próximas de US$ 1 por barril.
A partir do 4T24, o banco espera que a Petrobras cobrará preços
de diesel e gasolina em dígitos baixos abaixo da paridade de
importação (de cerca de 10% atualmente em ambos), beneficiando-se
tanto da redução da diferença para a referência internacional,
quanto do spreads de crack sequencialmente mais saudáveis
globalmente, conforme implícito pelas curvas futuras. Assim, o
banco espera que as margens nos próximos trimestres se recuperem
dos possíveis mínimos vistos no 3º trimestre.
O Goldman Sachs reitera recomendação de compra Petrobras e
preço-alvo de R$ 53 por ação ordinária e R$ 48 por papel
preferencial.Por outro lado, o banco reforça preferência pela PRIO
(BOV:PRIO3) na América Latina com base em uma avaliação atraente,
rendimento de fluxo de caixa (FCFy) de cerca de 20% em 2025, embora
reconheça que a ação pode não ser negociada puramente com base nos
fundamentos, mas mais no fluxo de notícias, pelo menos no curto
prazo, devido ao processo de licenciamento em andamento para o
projeto Wahoo.
A petroleira deve anunciar seus resultados do 2T24 em 6 de
agosto e as estimativas de analistas do banco estão 9% acima do
consenso da Bloomberg no nível EBITDA para o trimestre.
PetroReconcavo (RECV3)
O Goldman Sachs mantém classificação neutra para PetroReconcavo
(BOV:RECV3), mas elevou preço-alvo de R$ 22,60 para R$ 25,20, uma
vez que o recente acordo anunciado entre a 3R e a companhia (para
um possível acordo em que a 3R compartilharia sua infraestrutura de
transporte e processamento de gás com a RECV) poderia reduzir a
incerteza em torno da alocação de capital para a PetroReconcavo,
pois poderia reduzir a probabilidade de Capex adicional para
construir sua própria infraestrutura do zero, enquanto também
potencialmente reduz os riscos operacionais.
No entanto, embora acredite que o acordo poderia abrir espaço
para uma maior remuneração dos acionistas, os analistas acreditam
que a empresa poderia acelerar o pagamento de dividendos
independentemente do possível resultado do acordo, dada a
alavancagem relativamente baixa que modelam para os próximos
anos.
A PetroReconcavo divulgará seus resultados do 2T24 em 8 de
agosto e o banco está 2% abaixo do consenso no nível EBITDA para o
trimestre.
3R Petroleum (RRRP3)
Já para 3R (BOV:RRRP3, o Goldman Sachs mantém classificação
neutra e elevou preço-alvo de R$ 35,20 para R$ 35,60, enquanto o
foco permanece nas perspectivas para a nova companhia a ser criada
a partir da fusão com a Enauta.
A 3R deve anunciar os resultados do 2T24 em 31 de julho. As
estimativas do banco estão 6% acima do consenso da Bloomberg para o
trimestre.
Informações Infomoney
Petroreconcavo ON (BOV:RECV3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Nov 2024 até Dez 2024
Petroreconcavo ON (BOV:RECV3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Dez 2023 até Dez 2024