A Lojas Renner apresentou lucro líquido de R$ 315 milhões no segundo trimestre de 2024, alta de 37,1% em relação ao mesmo período de 2023. O Ebitda ajustado foi R$ 670,5 milhões, ganho anual de 39,2%. Já a receita líquida foi de R$ 3,079 bilhões, com avanço de 3,2%.

A margem Ebitda ficou em 21,8%, crescimento de 5,7 pontos porcentuais, enquanto a margem bruta de varejo foi de 56,2%, alta de 2,3 p.p.

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Segundo a gestão, o trimestre foi caracterizado por desafios relacionados às temperaturas mais elevadas, especialmente na primeira metade do trimestre.

“A companhia é referência em itens de inverno e possui exposição relevante a regiões de clima mais frio. Essas condições impactaram negativamente as vendas, resultando em uma menor demanda pelos itens da coleção de inverno. Adicionalmente, essa situação coincidiu com o momento em que o CD SP (em seu ciclo final de estabilização) estava operando com maior lead time, o que limitou a capacidade de reação de abastecimento e ajuste do portfólio nas lojas naquele momento”, informa a empresa no release de resultados.

Na margem bruta, a Renner explica que o avanço se deu apesar do cenário adverso. “Esse resultado é fruto, principalmente, dos estoques ajustados e saudáveis e dos menores níveis de remarcações. Esta combinação resultou na redução do prazo médio dos estoques em 6 dias e do volume financeiro em 3%, com queda significativa nos volumes de itens mais antigos”, informou.

Nos serviços financeiros, as receitas no segundo trimestre reduziram, reflexo, conforme a empresa, de uma carteira com melhor perfil de risco de crédito, principalmente nas faixas de atrasos curto (até 60 dias), as quais diminuíram em 23%. O resultado dos serviços financeiros foi positivo em R$ 34,8 milhões, revertendo número negativo em R$ 53 milhões um ano antes.

Já a posição de caixa líquido reduziu para R$ 1,146 bilhão, em razão da utilização de recursos para pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) no montante de R$ 292,8 milhões no período de seis meses.

Os resultados da Lojas Renner (BOV:LREN3) referentes às suas operações do segundo trimestre de 2024 foram divulgados no dia 08/08/2024.

VISÃO DO MERCADO

As ações da Lojas Renner chegaram a disparar 8% nesta sexta-feira, para uma máxima intradia em três meses, reagindo ao balanço da varejista divulgado na véspera, com lucro líquido de R$ 315 milhões no segundo trimestre, em desempenho que superou previsões de analistas.

Às 11h30 (horário de Brasília), os papéis mostravam elevação de 4,97%, a R$ 15,22, entre os melhores desempenhos do Ibovespa, que subia 0,54%. Na máxima, as ações chegaram a R$ 15,66, máxima intradia desde 10 de maio (R$ 15,73).

“Temos falado abertamente sobre um ponto de inflexão na história da Renner, e os resultados do segundo trimestre corroboram essa percepção”, afirmaram analistas do Itaú BBA liderados por Thiago Macruz, em relatório a clientes, enxergando um perspectiva melhor para a companhia.

Na avaliação do Bradesco BBI, os resultados do 2T24 mostram progresso nos resultados de varejo e serviços financeiros, apesar do ambiente desafiador já conhecido (enchentes no estado do Rio Grande do Sul e inverno mais quente do que o esperado).

Por um lado, a Realize parece estar em melhor forma, enquanto o crescimento anual das vendas do varejo, lucro bruto e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) do 2T24 de 3%, 8% e 11%, respectivamente, parece bom à luz das circunstâncias do trimestre. Essas tendências abrem caminho para um crescimento mais saudável do lucro por ação no 2S24, principalmente se as indicações da gerência (ou seja, novo centro de distribuição agora estabilizado e nível de vendas já aumentado) se mantiverem verdadeiras. O banco mantém recomendação equivalente para compra e preço-alvo de R$ 18 para Lojas Renner.

A XP ressalta que a Renner apresentou resultados mais fortes no segundo trimestre, com um ligeiro crescimento de receita mas com uma expansão robusta da margem bruta do varejo, o que levou a um aumento de 10% do Ebitda ajustado com relação as nossas estimativas.

Os analistas da casa ressaltam que a rentabilidade foi o destaque, com a margem bruta do varejo subindo 0,23 p.p. (ponto percentual) na base anual, suportada por menores remarcações, pela assertividade da coleção, pela agilidade em ajustar o seu portfólio ao inverno mais quente e pelo equilíbrio dos custos das matérias-primas, enquanto a margem Ebitda Ajustado (IFRS-16) do segmento subiu 0,14 p.p, devido ao aumento das provisões de bônus e outras despesas.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão
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