A BrasilAgro, que atua na produção e comercialização de grãos e fibras, bioenergia e também na compra e venda de propriedades rurais, teve lucro líquido de R$ 97,457 milhões no primeiro trimestre do ano agrícola 2024/2025, encerrado em 30 de setembro, informou a companhia. O resultado representa aumento de 225% ante igual período do ano anterior, quando o lucro foi de R$ 29,985 milhões.

Esse crescimento foi impulsionado, principalmente, pelo reconhecimento da segunda parcela da venda da Fazenda Alto Taquari, que trouxe receita de R$ 189,4 milhões. “A companhia tinha feito já uma venda nessa unidade há dois anos e a gente tinha lá ainda um canavial a ser exaurido”, disse o CEO da BrasilAgro, André Guillaumon.

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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da companhia cresceu de 623% na comparação anual, alcançando R$ 169,4 milhões, com margem Ebitda ajustado de 37%, em comparação com os R$ 23,4 milhões (margem de 9%) do primeiro trimestre 2024.

A receita líquida cresceu 67%, totalizando R$ 454,59 milhões, impulsionada por R$ 129,3 milhões em vendas de fazendas e R$ 325,3 milhões da venda de produtos agrícolas.

A BrasilAgro destacou que a gestão de custos e a estratégia de hedge foram fundamentais para enfrentar a volatilidade nos preços das commodities e as flutuações cambiais. “A combinação imobiliária, estratégia comercial da soja de levar para o segundo semestre um bom volume para ser comercializado e a resiliência na entrega de cana-de-açúcar, tanto produtivamente como essa opção de estar trazendo uma nova alternativa de remuneração que é açúcar, nos possibilita uma diferença”, afirmou Guillaumon.

A BrasilAgro ressaltou o avanço da safra 2024/2025, com 34% da área de soja já semeada até o fim de setembro, sendo 76% da área em Mato Grosso plantada dentro da janela ideal. “Na safra passada, a gente começou a plantar em Mato Grosso ao redor de 22, 23 de setembro. Esse ano, nós começamos a plantar dia 5 de outubro”, disse.

Na cana-de-açúcar, a BrasilAgro entregou 1,6 milhão de toneladas no trimestre, com produtividade de 84,72 toneladas por hectare, e espera alcançar 2 milhões de toneladas até dezembro. Além disso, a empresa diversificou o destino da cana. Antes, segundo Guillaumon, quase toda a produção ia para etanol. Agora, parte da produção é destinada para açúcar.

A empresa aprovou a distribuição de R$ 155 milhões em dividendos, equivalente a R$ 1,56 por ação, em assembleia realizada em 22 de outubro.

Melhor preço do milho

A BrasilAgro informou, em Fato Relevante, que, diante da expectativa de melhores preços do milho, decidiu expandir a área destinada à segunda safra do cereal (safrinha). “Em razão das condições climáticas em Mato Grosso, com o atraso das chuvas dentro da janela ideal de plantio, a companhia reduziu em 1,6 mil hectares a área destinada ao algodão, migrando para o cultivo de soja. Apesar desse ajuste, a área total plantada apresentou um crescimento de 3% em relação à safra anterior e um desvio de 1% em comparação à estimativa inicial”, justificou.

Ainda conforme o Fato Relevante, a revisão do mix de culturas resultará em um incremento de 4% na produção total de grãos e algodão. “Esse resultado é decorrente, principalmente, do aumento de 43% na produção estimada de milho safrinha, quando comparada à projeção inicial. Essa alteração reflete a otimização da área plantada, visando maximizar a rentabilidade da produção agrícola.”

A BrasilAgro informou ainda que até 30 de setembro de 2024 foram colhidas 1,6 milhão toneladas de cana, registrando TCH de 84,72. “Até o encerramento da colheita em dezembro, devemos entregar um total de 2,0 milhões de toneladas, em linha com o estimado.”

Os resultados da BrasilAgro (BOV:AGRO3) referentes às suas operações do primeiro trimestre do ano agrícola 2024/2025 foram divulgados no dia 07/11/2024.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão
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