B3 lança primeiro índice de debêntures para fortalecer “benchmarks” no mercado de renda fixa
12 Fevereiro 2025 - 4:38PM
ADVFN News
Desde o final do ano passado, a B3 passou a aceitar debêntures
como garantia nas operações em que atua como contraparte. A
decisão, segundo a companhia, acompanhou o crescente uso desse
instrumento de captação de recursos pelas empresas e o aumento da
liquidez nas negociações desses ativos no mercado secundário,
chegando a um volume médio diário de quase R$ 3 bilhões. Agora, a
administradora da Bolsa lança seu primeiro índice de debêntures,
com o intuito de reforçar seus benchmarks (índices de referência)
no segmento de renda fixa.
O Índice de Debêntures Ultra Qualidade DI B3 (BOV:B3SA3) estreia
nesta quinta-feira (13) e é composto por 22 ativos, de oito
emissores – Compass, Cosan (BOV:CSAN3), Sabesp (BOV:SBSP3), Rede
D’Or (BOV:RDOR3), Localiza (BOV:RENT3), Algar, Marfrig (BOV:MRFG3)
e Equatorial Energia (BOV:EQTL3).
O que são debêntures
Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas. Esse
ativo gera um direito de crédito ao investidor e podem ser emitidas
por sociedades anônimas de capital aberto ou fechado. O título é
utilizado para financiar projetos ou reestruturar dívidas das
empresas emissoras.
Os critérios da B3 para o índice de
debêntures
Todos os títulos listados no índice são aceitos como colateral
pela B3, principal critério para fazer parte do índice. Além dele,
a seleção foi feita com base no tamanho da emissão (acima de R$ 300
milhões), valor médio diário do título nos últimos 12 meses (acima
de R$ 500 milhões) e respeitando limites de duração.
Debêntures que fazem parte do índice não podem ter vencimento
acima de 10 anos. Tampouco podem ser conversíveis ou permutáveis.
Tanto o ativo quanto os emissores (que pode ter mais de uma
debênture listada) têm peso limitado a 15% no índice.
“Diferente de uma ação que, tende a ser perpétua, os
instrumentos de renda fixa têm vencimentos. Logo, precisam ser
rebalanceados com frequência, para não vencerem enquanto estiverem
fazendo parte da carteira”, explicou Ricardo Cavalheiro,
superintendente de índices da B3.
Por esse motivo, o índice vai ser rebalanceado mês a mês, mas
ajustes na carteira podem ser feitos diariamente, de acordo eventos
específicos relacionados ao pagamento das debêntures (juros,
amortizações, prêmios) ou resgates.
- Confira abaixo a composição do índice de debêntures da
B3 em sua estreia:
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B3 quer replicar índice em produtos
Cavalheiro explica que a B3 negocia o licenciamento do índice
para que ele possa ser replicado por instrumentos financeiros, como
um ETF, ainda no curto prazo.
A B3 lançou um número recorde de sete novos índices em um ano,
em 2024, e pretende superá-lo agora em 2025.
“Conseguimos observar a adesão quase que imediata de todos esses
índices lançados por produtos. […] Pela demanda crescente do
universo de renda fixa, vamos focar bastante para atender as
demandas dessa classe de ativos e trabalhar próximo dos provedores
para ter produtos atrelados a esses índices já desde o primeiro
momento”, disse Cavalheiro.
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