Em um dia de liquidez reduzida nos mercados em função do feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos, que mantiveram o mercado de ações e de títulos públicos fechados por lá, os juros futuros despencaram novamente, seguindo a forte queda da última sexta-feira, quando saiu a pesquisa Datafolha mostrando que a popularidade do Presidente Lula atingiu o nível mais baixo entre todas as suas gestões. A queda desta segunda-feira (17/02) foi turbinada pela forte queda do IBC-Br, o indicador de atividade econômica do Banco Central, em dezembro. A desaceleração da economia coloca um novo ingrediente na balança juros-inflação.

O maior destaque do dia ficou com o DI com vencimento em janeiro de 2026 (BMF:DI1F26), que foi (disparado) o mais negociado do mercado de juros hoje, com 1.335.600 negócios, volume muito superior (quase o dobro) à média do mercado. Nesta segunda-feira, o DI1F26 caiu 0,68%, passando de 14,765% para 14,665%.

O outro grande destaque desta segunda-feira no mercado de juros futuros foi o DI de longo prazo, com vencimento em janeiro de 2033 (BMF:DI1F33), que registrou a maior desvalorização do dia (-1,04%), passando de 14,40% para 14,25%.

O DI1F27, o segundo mais negociado do mercado de DI com 601.611 negócios, caiu 0,99%, fechando cotado 14,575%. Na sessão anterior, o juro futuro com vencimento em janeiro de 2026 tinha fechado cotado em 14,72%.

Entre os juros futuros de curtíssimo prazo, destaque para o DI futuro com vencimento em julho (BMF:DI1N25), que teve 522.461 negócios, perdeu 0,11% e fechou em 14,13%.

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Como foi o mercado de juros futuros nesta segunda-feira (17/02/25)?

IBC-Br, principal termômetro do Banco Central para a atividade econômica, deu uma escorregada maior do que o mercado previa. Em dezembro, o índice caiu 0,7%, enquanto a expectativa era de um tombo mais suave, de 0,4%. Para piorar, o IBC-BR de dezembro veio pior que novembro, quando ainda rolou um leve crescimento de 0,1%. Isso acende um alerta de que a economia pode ter perdido fôlego no final de 2023, com reflexos no setor produtivo e no consumo.

O BC ainda revisou o resultado do IBC-Br dos meses anteriores: de novembro ante outubro, de 0,10% para 0,16%; de outubro ante setembro, de 0,09% para -0,34%; e de setembro ante agosto, de 0,73% para 0,62%.

Com a economia desacelerando, o natural seria o Bacen reduzir a taxa básica de juros. O problema é que a inflação também está descontrolada, e o Copom vem aumentando a taxa Selic para tentar domá-la.

No meio desta indefinição, o mercado de juros manteve a forte queda iniciada na semana anterior: caiu praticamente o dia inteiro, com apenas uma breve pausa na hora do almoço.

Os investidores continuam reagindo à pesquisa do Datafolha que mostrava que a aprovação do Governo Lula tinha caído para 24%, o menor patamar entre todos os seus mandatos. Foi um fio de esperança de menos intervenção estatal e menos populismo com a economia brasileira no futuro. Pode não significar nada no futuro, mas foi mais um recado sobre o pensamento e o desejo do mercado futuro para o futuro.

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