Juros Futuros: contrato de DI caem forte nesta segunda-feira puxado por queda do IBC-Br. DI1F26 e DI1F33 foram os maiores destaques
17 Fevereiro 2025 - 6:43PM
ADVFN News
Em um dia de liquidez reduzida nos mercados em função do feriado
do Dia do Presidente nos Estados Unidos, que mantiveram o mercado
de ações e de títulos públicos fechados por lá, os juros futuros
despencaram novamente, seguindo a forte queda da última
sexta-feira, quando saiu a pesquisa Datafolha mostrando que a
popularidade do Presidente Lula atingiu o nível mais baixo entre
todas as suas gestões. A queda desta segunda-feira (17/02) foi
turbinada pela forte queda do IBC-Br, o indicador de atividade
econômica do Banco Central, em dezembro. A desaceleração da
economia coloca um novo ingrediente na balança juros-inflação.
O maior destaque do dia ficou com o DI com vencimento em janeiro
de 2026 (BMF:DI1F26), que foi (disparado) o mais
negociado do mercado de juros hoje, com 1.335.600 negócios, volume
muito superior (quase o dobro) à média do mercado. Nesta
segunda-feira, o DI1F26 caiu 0,68%, passando de 14,765% para
14,665%.
O outro grande destaque desta segunda-feira no mercado de juros
futuros foi o DI de longo prazo, com vencimento em janeiro de 2033
(BMF:DI1F33), que registrou a maior desvalorização do dia (-1,04%),
passando de 14,40% para 14,25%.
O DI1F27, o segundo mais negociado do mercado de DI com
601.611 negócios, caiu 0,99%, fechando cotado 14,575%. Na sessão
anterior, o juro futuro com vencimento em janeiro de 2026 tinha
fechado cotado em 14,72%.
Entre os juros futuros de curtíssimo prazo, destaque para o DI
futuro com vencimento em julho (BMF:DI1N25), que teve 522.461
negócios, perdeu 0,11% e fechou em 14,13%.
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Como foi o mercado de juros futuros nesta segunda-feira
(17/02/25)?
O IBC-Br, principal termômetro do Banco
Central para a atividade econômica, deu uma escorregada maior do
que o mercado previa. Em dezembro, o
índice caiu 0,7%,
enquanto a expectativa era de um tombo mais suave, de
0,4%. Para piorar, o IBC-BR de dezembro veio pior que
novembro, quando ainda rolou um leve crescimento
de 0,1%. Isso acende um alerta de que a
economia pode ter perdido fôlego no final de 2023, com reflexos no
setor produtivo e no consumo.
O BC ainda revisou o resultado do IBC-Br dos meses anteriores:
de novembro ante outubro, de 0,10% para 0,16%; de outubro ante
setembro, de 0,09% para -0,34%; e de setembro ante agosto, de 0,73%
para 0,62%.
Com a economia desacelerando, o natural seria o Bacen reduzir a
taxa básica de juros. O problema é que a inflação também está
descontrolada, e o Copom vem aumentando a taxa Selic para tentar
domá-la.
No meio desta indefinição, o mercado de juros manteve a forte
queda iniciada na semana anterior: caiu praticamente o dia inteiro,
com apenas uma breve pausa na hora do almoço.
Os investidores continuam reagindo à pesquisa do Datafolha que
mostrava que a aprovação do Governo Lula tinha caído para 24%, o
menor patamar entre todos os seus mandatos. Foi um fio de esperança
de menos intervenção estatal e menos populismo com a economia
brasileira no futuro. Pode não significar nada no futuro, mas foi
mais um recado sobre o pensamento e o desejo do mercado futuro para
o futuro.
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