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Quais os riscos de investir em Fundos de Investimento?

Em investimentos existe uma relação direta entre risco e rentabilidade esperada, e com os fundos não é diferente. Ou seja, quanto maior o retorno esperado, maior também deve ser o risco. 

Na hora de investir, é fundamental saber qual a tolerância ao risco do investidor para traçar uma estratégia. A tolerância ao risco expressa a variação dos resultados que o investidor está disposto a tolerar. 

Há três tipos principais de risco: risco de mercado, risco de crédito e risco de liquidez. Todos estão interligados e um pode ser consequência do outro.

 

Risco de Mercado

O risco de mercado está relacionado às variações do próprio mercado, ou seja, à desvalorização ou à valorização dos ativos que compõem a carteira do fundo de investimento. Essa variação pode ser influenciada por acontecimentos políticos, econômicos e particulares de determinado segmento ou empresa. Quanto maior a volatilidade do ativo, ou seja, a oscilação do preço em relação à sua média, maior é o seu risco de mercado.

 

Risco de Crédito

O risco de crédito é a possibilidade da contraparte não cumprir suas obrigações, parcial ou integralmente, de pagamento dos juros ou do principal na data combinada. A contraparte, neste caso, pode ser o emissor do título que o fundo de investimento compra. O investidor aceita um investimento com risco de crédito pela compensação de obter maior rentabilidade.

 

Risco de Liquidez

O risco de liquidez consiste na eventual dificuldade que o administrador possa encontrar para vender os ativos que compõem a carteira do fundo de investimento, ficando impossibilitado de atender aos pedidos de resgate do investimento. Neste caso, ele pode ser obrigado a liquidar os ativos dos fundos a preços depreciados para fazer frente a resgates, o que poderá influenciar negativamente o patrimônio líquido do fundo de investimento. É o que pode ocorrer, por exemplo, no caso de uma crise financeira mundial.

Em fundos de investimento, o risco está relacionado aos ativos que compõem a carteira do fundo, e não ao gestor.

 

Rating

Rating significa classificação e funciona como um indicador de medida de riscos. Uma agência de rating oferece opiniões atualizadas e independentes sobre a capacidade de o emissor de um título pagar suas dívidas e honrar seus compromissos financeiros, ou seja, a qualidade de crédito do emissor. Há classificação de risco de bancos, de países ou mesmo de um ativo específico.

Por exemplo, se uma empresa oferece títulos que vão render juros a investidores, a agência dá a sua opinião sobre os riscos envolvidos na compra destes papéis. Em relação aos países, avalia a capacidade de estes pagarem os juros dos títulos de longo prazo que lançaram no mercado internacional. Assim, o rating é uma nota que indica qual a possibilidade de o investidor não receber de volta o dinheiro aplicado nestas empresas ou países, ou seja, indica a expectativa de inadimplência (=calote) das empresas e países,

Uma das grandes vantagens de investir por meio de um fundo é que o investidor não precisa acompanhar a classificação de cada um para tomar uma decisão de investimento, pois cabe ao gestor do fundo acompanhar todas essas classificações. Isso porque o gestor faz uma série de avaliações para compor a carteira, e uma delas é quanto ao risco de crédito. Para tanto, ele leva em consideração, entre outras coisas, o rating da empresa e do título, o prazo e a remuneração.