Rio de Janeiro, 04 de Abril de 2015 – No confronto com igual mês do ano anterior, a produção total da indústria nacional apontou redução de 9,1 em fevereiro de 2015, décima segunda taxa negativa consecutiva e a mais intensa nesse tipo de comparação desde julho de 2009 (-10,0%). Assim, o setor industrial acumulou redução de 7,1% nos dois primeiros meses de 2015. Vale citar que fevereiro de 2015 (18 dias) teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (20 dias).
Na comparação com fevereiro de 2014, houve queda generalizada em todas as quatro categorias econômicas avaliadas. No confronto com igual mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (-25,8%) e bens de capital (-25,7%) assinalaram, em fevereiro de 2015, as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores debens de consumo semi e não-duráveis (-8,9%) e de bens intermediários (-4,0%) também apontaram resultados negativos nesse mês, mas ambos com intensidade de queda menor do que a média nacional (-9,1%).
O segmento de bens de consumo duráveis recuou 25,8% no índice mensal de fevereiro de 2015, décimo segundo resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde junho de 2014 (-32,8%). Nesse mês, o setor foi particularmente pressionado pela menor fabricação de automóveis (-27,2%), ainda influenciado por reduções de jornadas de trabalho e pela concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas. Outros impactos negativos importantes vieram de eletrodomésticos da “linha marrom” (-42,9%), de eletrodomésticos da “linha branca” (-20,9%), de motocicletas (-19,1%) e de móveis (-17,0%). Por outro lado, a principal influência positiva foi observada no grupo de outros eletrodomésticos (13,7%), impulsionado principalmente pelo aumento na fabricação de eletroportáteis domésticos (aspirador de pó, liquidificador, espremedor de frutas, batedeira e semelhantes).
O setor de bens de capital (-25,7%) também assinalou a décima segunda taxa negativa consecutiva no índice mensal e apontou a queda mais intensa desde abril de 2009 (-27,4%). Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelos recuos observados em todos os grupamentos, com claro destaque para a redução de 33,3% de bens de capital para equipamentos de transporte, pressionado, principalmente, pela menor fabricação de caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, ônibus e reboques e semirreboques.
A queda na produção de bens de consumo semi e não-duráveis (-8,9%) em fevereiro de 2015 foi o quinto resultado negativo consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior e o mais intenso desde janeiro de 2009 (-10,9%). O desempenho nesse mês foi explicado principalmente pelos recuos observados nos grupamentos de não-duráveis (-15,1%), de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-5,9%) e de semiduráveis (-10,3%). Vale destacar também o resultado negativo assinalado pelo subsetor de carburantes (-5,1%), influenciado pelo recuo na fabricação de gasolina automotiva.
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, a produção de bens intermediários (-4,0%) assinalou a décima segunda taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde novembro do ano passado (-6,0%).
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