28/10/2008 11:31:11 - Bombril compra Milana por R$ 11,5 milhões
A Bombril iniciou neste mês uma temporada de aquisições que pretende levar até o fim de 2009. A primeira delas foi a Milana, empresa de Itaquaquecetuba (SP) que fabrica os produtos Lysoform no Brasil. O negócio fechado esta semana somou R$ 11,5 milhões. "Faremos outras compras para cumprir nossa meta de dobrar até o fim do ano que vem o portfólio de produtos com a marca Bombril", diz Gustavo Ramos, presidente da empresa. A companhia, que no ano passado tinha 170 itens, hoje tem 231 e pretende chegar a 340. A es...
28/10/2008 11:31:11 - Bombril compra Milana por R$ 11,5 milhões
A Bombril iniciou neste mês uma temporada de aquisições que pretende levar até o fim de 2009. A primeira delas foi a Milana, empresa de Itaquaquecetuba (SP) que fabrica os produtos Lysoform no Brasil. O negócio fechado esta semana somou R$ 11,5 milhões. "Faremos outras compras para cumprir nossa meta de dobrar até o fim do ano que vem o portfólio de produtos com a marca Bombril", diz Gustavo Ramos, presidente da empresa. A companhia, que no ano passado tinha 170 itens, hoje tem 231 e pretende chegar a 340. A estratégia surpreende, uma vez que a Bombril fechou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 4,9 milhões, com queda de 73% em relação ao resultado obtido em igual período do ano passado.
A mágica é a seguinte, conforme explica Marco Aurélio de Souza, diretor financeiro: "Vamos pagar as aquisições com a própria geração de caixa das empresas adquiridas. " No caso dos produtos da linha Lysoform, que geram faturamento anual de R$ 12 milhões ao ano, a meta já é chegar ao final deste ano com o dobro disso.
"A marca tem um grande potencial que a Milana não explorava. Na Alemanha, onde a Lysoform foi criada há 100 anos, a linha é muito maior, com muitas outras versões de fragrâncias, que queremos colocar no mercado aqui também", diz o presidente da Bombril.
O dinheiro desta aquisição - e das outras que a Bombril pretende fazer - vem 100% de financiamentos bancários. "Não achamos que seja uma operação arriscada. No caso do Lysoform, por exemplo, devemos pagar o investimento todo até o início do ano que vem", afirma Souza.
O prédio da fábrica da Milana, em Itaquaquecetuba, não entrou no negócio. Apenas o maquinário, que será transferido para uma das unidades que a fabricante de produtos de limpeza tem, em São Bernardo do Campo, Sete Lagoas (MG) e em Abreu e Lima, na região metropolitana do Recife. "Esse maquinário está hoje funcionando com 50% da capacidade, em um turno. Podemos triplicar essa produção", diz Ramos.
"Queremos reservar o caixa da empresa para outras oportunidades e para fomentar o crescimento de nossas linhas de produto", acrescenta o presidente.
Uma dessas "outras oportunidades" seria a compra das fabricantes Revel, de Itupeva (SP), e Savon, de Feira de Santana (BA). As duas fabricam hoje o sabão em pó Tanto, lançado pela Bombril ha três meses.
"Nossa intenção era conseguir 5% do mercado de sabão em pó em 12 meses. Mas já estamos com 3,5%, o que nos surpreendeu muito", conta Ramos. Por isso, a produção do sabão Tanto deve ser expandida para outros dois fabricantes terceirizados ainda este ano.
O negócio com a Milana, uma empresa familiar, levou cerca de um mês para ser completado. A compra, segundo os executivos, traz outra vantagem estratégica para a Bombril, além da entrada no setor de produtos bactericidas: a chegada no chamado "canal farma". "Até hoje, os produtos da Bombril tinham distribuição somente em supermercados. Agora, entramos nas farmácias também com a linha Lysoform de desodorantes e lenços umedecidos", explica Ramos.
Veículo: Valor Econômico
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