Noticia antiga ...mas da pra entender melhor oq esta ocorrendo..
Equatorial Energia venderá Cemar
Publicado por Gandalf às 11/18/2009 12:51:00 PM
O fundo Pactual Capital Partners vai, aos poucos, desmanchar a sua holding de investimentos no setor elétrico, a Equatorial Energia, e recuar do projeto de se tornar um consolidador da área de distribuição. O Valor apurou que, após a venda da participação que detém na Light, que está em negociação, a intenção, no médio prazo, é vender a Cemar, distribuidora do Maranhão. Não haveria nada em curso até o momento, entretanto.
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Noticia antiga ...mas da pra entender melhor oq esta ocorrendo..
Equatorial Energia venderá Cemar
Publicado por Gandalf às 11/18/2009 12:51:00 PM
O fundo Pactual Capital Partners vai, aos poucos, desmanchar a sua holding de investimentos no setor elétrico, a Equatorial Energia, e recuar do projeto de se tornar um consolidador da área de distribuição. O Valor apurou que, após a venda da participação que detém na Light, que está em negociação, a intenção, no médio prazo, é vender a Cemar, distribuidora do Maranhão. Não haveria nada em curso até o momento, entretanto.
A decisão de deixar o segmento foi tomada porque o fundo que gere dinheiro de ex-sócios do Banco Pactual e de sócios do atual BTG Pactual se deparou com uma acirrada concorrência por ativos na área. Há pouca coisa à venda e importantes investidores estratégicos desse setor dispostos a fazer aquisições. Além disso, havia um projeto anterior de adquirir algumas distribuidoras do Norte e Nordeste que seriam privatizadas pelos governos estaduais, mas elas foram federalizadas, o que afetou os planos do fundo.
As distribuidoras encampadas pela Eletrobrás são Ceal, de Alagoas, Cepisa, do Piauí, Ceron, de Rondônia, Ceam, do Amazonas, Eletroacre e Boa Vista Energia, do Estado de Roraima.
Desativar a estratégia adotada há apenas dois anos, no entanto, não significa perder dinheiro. Ao contrário, tudo indica que os investidores vão apurar lucro significativo na venda de seus negócios no setor elétrico. O fundo PCP fez a aposta de se tornar um consolidador do setor elétrico em novembro de 2007, quando comprou por R$ 203,8 milhões a fatia da GP Investimentos na Equatorial e anunciou planos de transformá-la em uma holding de ativos do setor, a exemplo do que o fundo fizera com a PDG Realty na área imobiliária. O primeiro passo, na ocasião, foi justamente incorporar à Equatorial a fatia detida pelo PCP na Light. Quando a Equatorial abriu seu capital, seu único ativo era a Cemar.
Agora, primeiramente, a Equatorial se desfará da fatia que tem no bloco de controle da distribuidora fluminense Light, negociação já em andamento e fartamente noticiada. A Equatorial negocia a venda para a Cemig da fatia de 13% do capital da Light (um quarto das ações do bloco de controle). A estatal mineira já possui outros 13% e também está em conversas avançadas para comprar 13% que pertencem ao grupo Andrade Gutierrez. Além desses três acionistas, o quarto integrante do bloco controlador é a Luce, que deve se manter na empresa. O controle da Light foi adquirido pelo consórcio, por meio da holding Rio-Minas Energia (RME), em março de 2006, das mãos da Electricité de France (EDF), por US$ 320 milhões.
As negociações caminham bem, mas nada está fechado ainda. Na segunda-feira à noite, a Light divulgou um comunicado de fato relevante informando sobre uma reestruturação societária em sua holding, a Rio Minas Energia, que, na prática, abre caminho para que as ações da distribuidora fluminense que integram o bloco de controle possam ser vendidas.
A RME detém 52% do capital da Light. Hoje, os quatro acionistas, AG, Cemig, Luce e Equatorial detém cada um 25% do capital da RME. Com a reestruturação, serão donos de ações da Light diretamente. Cada um terá ações representativas de 13% do capital da distribuidora.
AG e PCP negociam separadamente com a Cemig, embora esteja implícito nas conversas de ambos os lados que a distribuidora mineira tem intenção de adquirir os dois blocos de ações. Ou seja, há um prêmio de controle em jogo. A Cemig, no entanto, não é a única interessada nas ações. CPFL Energia e Neoenergia também gostariam de adquirir participação relevante na Light. Interessa à Cemig barrar esse avanço de suas concorrentes e fortalecer uma posição que já possui.
Com a venda da Light, a existência da Equatorial deixa de fazer sentido e, embora a PCP não confirme, a decisão de deixar o setor elétrico já foi tomada. A Cemar poderia interessar, por exemplo, à Neoenergia, que tem ativos de distribuição no Nordeste. Não parece haver pressa para negociar o único o ativo. A intenção da PCP é conseguir um bom dinheiro pela Cemar, que acaba de passar por revisão tarifária, o que lhe garante estabilidade de receitas pelos próximos quatro anos. A distribuidora maranhense foi comprada em 2003 pela GP Investimentos e, posteriormente, a PCP entrou no seu capital e acabou por comprar as ações do outro fundo. Hoje, controla 100%.
O valor da Equatorial em bolsa está em R$ 1,9 bilhão. A Light vale R$ 5 bilhões a preço de mercado. A grande questão é quanto o PCP obterá pelas ações da Light e qual o valor atribuído à Cemar dentro da Equatorial. Segundo um analista, neste ano Light e Cemar contribuíram cada uma com 50% da geração de caixa (lajida) da Equatorial. Mas, historicamente, a Light responde por uma fatia maior, de 60%.
O fundo PCP está sendo incorporado à gestora Vinci Partners, recém-aberta e comandada pelo ex-controlador do Pactual, Gilberto Sayão. Além da Equatorial, o fundo controla PDG, Los Grobo (agronegócio) e Inbrands (moda).
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