A empresa brasileira “Estrela” da China
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Brasil e China, duas nações que ao longo dos anos vem aumentando seu relacionamento político, econômico e cultural, mantêm suas disputas comerciais sem muitos alarmes, porém, novamente os chineses saem na frente: a China está atraindo empresários brasileiros para produzirem em seu território visando à exportação.
Nos últimos 5 anos, produtores industriais no Brasil reclamam do chamado “Custo Brasil” e, em alguns setores, defendem o protecionismo do mercado para se protegerem de produtos estr...
A empresa brasileira “Estrela” da China
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Brasil e China, duas nações que ao longo dos anos vem aumentando seu relacionamento político, econômico e cultural, mantêm suas disputas comerciais sem muitos alarmes, porém, novamente os chineses saem na frente: a China está atraindo empresários brasileiros para produzirem em seu território visando à exportação.
Nos últimos 5 anos, produtores industriais no Brasil reclamam do chamado “Custo Brasil” e, em alguns setores, defendem o protecionismo do mercado para se protegerem de produtos estrangeiros, principalmente da China. Pouco mais de cinco anos atrás, uma das maiores, senão a maior empresa brasileira de brinquedos, a Estrela, produzia seus produtos no país e os exportava para o mundo, sendo esta uma estratégia que lhes rendeu prejuízos.
Por essa razão, nesses últimos anos, os estrategistas da empresa buscaram alternativas para poder voltar a exportar seus produtos, vendê-los fora do país e o que era o grande problema do empresários brasileiros, devido à concorrência que sofria, tornou-se a sua solução. A marca irá produzir na China e de lá exportará seus produtos.
“Nós resolvemos fazer com que os problemas de ontem passassem a ser uma vantagem competitiva nessa nossa retomada da exportação”[1], declarou o Presidente da empresa Estrela, Carlos Tilkian, em entrevista para o Portal UOL.
Tilkianafirmou que o seu maior problema no passado foi a perda de competitividade nos Estados Unidos e na Europa, devido ao alto custo de produção e de escoamento no Brasil (frise-se, Logística), além de diversas Leis Trabalhistas que não contribuíam para produção de itens com valor competitivo no mercado internacional. A opção pela China se deu graças às condições e incentivos daquele país para que a Estrela abrisse suas instalações no local, além de poder comprar peças de fabricação também no local, montando e exportando sem demais custos de logística, questões trabalhista e dificuldades tarifárias.
Em comparação, feita tanto por ele, como por outros especialistas da indústria, cerca de 50% do valor de um produto no Brasil ocorre devido aos altos impostos, já na China essa porcentagem não ultrapassa a marca de 12%, ou seja, o Brasil está longe de conseguir disputar em igualdade com a China e também com outros países que tem cargas tributárias inferiores à brasileira.
O Brasil tem a China como seu principal parceiro comercial na atualidade, sendo ainda o principal destino de suas exportações, porém estes últimos cálculos são feitos baseando-se nos principais itens de exportação nacional: matérias-primas, com baixo valor agregado.
Nesse sentido, todo o debate em torno da indústria brasileira, seu dinamismo, eficácia e competitividade ainda está longe de ser observado sem as mistificações que ocorrem vendo-se apenas os números da balança comercial que ainda têm sido favoráveis ao país, mas que não estão em desacordo com os objetivos da China.http://www.jornal.ceiri.com.br/a-empresa-brasileira-estrela-da-china/
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