FNAM11 E FNOR11Governo vai assinar renegociação de dívidas do Finor e do FNE dia 16Escrito por Redação, 23:00 / 07 de Dezembro de 2020.Refinanciamento de débitos contraídos há décadas será autorizado na próxima semana, anunciou o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante. Federação lançou ontem Plataforma para o Desenvolvimento IndustrialLegenda: Fiec lançou, na noite desta segunda-feira (7), a Plataforma para o Desenvolvimento Industrial CearenseO Governo Federal vai assinar, no próximo dia 16, medida para regularizar dívidas relativas ao Fundo de Investimentos do Nordeste (Fino...
FNAM11 E FNOR11Governo vai assinar renegociação de dívidas do Finor e do FNE dia 16Escrito por Redação, 23:00 / 07 de Dezembro de 2020.Refinanciamento de débitos contraídos há décadas será autorizado na próxima semana, anunciou o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante. Federação lançou ontem Plataforma para o Desenvolvimento IndustrialLegenda: Fiec lançou, na noite desta segunda-feira (7), a Plataforma para o Desenvolvimento Industrial CearenseO Governo Federal vai assinar, no próximo dia 16, medida para regularizar dívidas relativas ao Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) e Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Demanda antiga da indústria cearense, a iniciativa foi anunciada na noite de ontem pelo presidente da Federação da Indústria do Estado do Ceará, Ricardo Cavalcante. A medida também inclui dívidas do Fundo de Investimentos da Amazônia (Finam) e Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).“É um prêmio que a indústria do Nordeste e do Norte está recebendo. São brigas de mais de 25, 30 anos, que não se chegava a um acordo”, aponta. De acordo com Cavalcante, que recebeu a notícia ontem do ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), as dívidas representam um passivo de cerca de R$ 15 bilhões e o Governo Federal espera receber cerca de R$ 1,5 bilhão. “Com certeza, o Governo está fazendo para o empresário receber. A empresa que renegociar já pode trabalhar novamente com o banco. Já abre a porta para novos negócios”, destacou ele em cerimônia de lançamento da Plataforma para o Desenvolvimento Industrial Cearense.A iniciativa foi realizada por um grupo de trabalho da entidade sob coordenação do PhD em Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e assessor econômico da Fiec, Lauro Chaves Neto. O estudo é uma espécie de guia para o setor industrial, resultado de três meses de pesquisa envolvendo mais de 120 indústrias de pequeno, médio e grande porte no Ceará.Tornar a indústria cearense protagonista do próprio desenvolvimento é o foco da pesquisa, segundo o coordenador. “A plataforma é a elaboração de uma visão da indústria cearense para o futuro, mostra onde queremos chegar: numa indústria competitiva, sustentável e inovadora, integrada às cadeias globais de valor e buscando equilíbrio territorial e as boas práticas de governança”, sintetiza Chaves.EstratégiasO documento se baseia em linhas estratégicas: internacionalização; inovação; atração de fundos de investimentos; melhoramento da governança corporativa; equilíbrio territorial; e infraestrutura.Quando fala em internacionalizar, o professor frisa que o trabalho precisa ser mais do que aumentar as exportações, mas, também, abrir os horizontes trazendo sócios e parcerias para que os negócios locais atinjam um padrão de competitividade global.“Precisamos também de insumos de melhor qualidade, máquinas e equipamentos mais modernos, parcerias com concorrentes, fornecedores – aí você vai pra outro pilar do desenvolvimento industrial. Historicamente, o desenvolvimento industrial cearense esteve muito ligado à Sudene, ao BNB. Não vai deixar de ter isso, o BNB é fundamental, mas não podemos ter só isso. Temos que atrair recursos de fundos de investimentos estrangeiros, sócios com capital disponível”, defende.O incentivo à inovação atrelado à pesquisa acadêmica também é um dos pilares do planejamento. “Desenvolvimento baseado nos incentivos ficais continuam sendo importantes, mas não pode ser a única válvula de incentivo para a alavancagem da indústria. É mais importante ter centros de pesquisas e desenvolvimento ligados à academia, formação de mão de obra para alta tecnologia. Aqui entra um papel fundamental da integração entre a academia, o setor produtivo e o poder público”, diz Chaves.O coordenador ressalta, ainda, a importância da gestão. “Somente tendo mais compliance, tendo gestão de melhor qualidade, vamos conseguir atrair sócios estrangeiros, e isso não só é o financiamento, como também é parte da internacionalização”, amplia.Sobre a busca do equilíbrio territorial, Lauro Chaves chama atenção para a concentração de indústrias na Região Metropolitana, Porto do Pecém e algumas cadeias produtivas na Região de Sobral e do Cariri. Uma melhor distribuição do setor resultaria em um desenvolvimento integrado, garante o estudioso.ImplantaçãoA ideia é iniciar a implantação da plataforma imediatamente, avaliando o andamento por meio de indicadores de desempenhos, medidos a médio e longo prazo, de acordo com Lauro Chaves.“A Plataforma é dinâmica, se adapta à mudança do cenário ano a ano, agregando novas ideias, avaliando o que vai ser feito. Não tem aquele modelo tradicional de planejamento com data fixa futura, porque a plataforma vai avançar com a indústria cearense no seu ritmo, vai ser um catalisador para todo o desenvolvimento industrial cearense”.Durante o trabalho de construção do documento, o grupo formado por dez economistas interagiu com os 40 sindicatos da Fiec. “A Plataforma é resultado de uma construção coletiva, não é um pensamento único de um grupo de trabalho. O grupo teve a energia pra consolidar e articular a opinião de toda a indústria cearense, de todos os atores”, aponta. O estudo vai ficar disponível para download no site da Federação e virar livro.https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/negocios/governo-vai-assinar-renegociacao-de-dividas-do-finor-e-do-fne-dia-16-1.3019929
Mostrar mais