Com Gênesis fora do jogo, Isa Cteep (TRPL4) deve ser declarada vencedora de 2º maior lote de leilão de transmissão
Para o Itaú BBA, decisão da Aneel foi significativa pelo tamanho do lote e papel fundamental na integração entre as regiões Nordeste e Sudeste
Por
Equipe InfoMoney
4 ago 2023 12h14
Linhas de transmissão de energia (Shutterstock)
A decisão (não tão inesperada) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de não habilitar o Consórcio Gênesis para os dois lotes arrematados no leilão de transmissão realizado no fim de junho, terá implicação direta para uma e...
Com Gênesis fora do jogo, Isa Cteep (TRPL4) deve ser declarada vencedora de 2º maior lote de leilão de transmissão
Para o Itaú BBA, decisão da Aneel foi significativa pelo tamanho do lote e papel fundamental na integração entre as regiões Nordeste e Sudeste
Por
Equipe InfoMoney
4 ago 2023 12h14
Linhas de transmissão de energia (Shutterstock)
A decisão (não tão inesperada) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de não habilitar o Consórcio Gênesis para os dois lotes arrematados no leilão de transmissão realizado no fim de junho, terá implicação direta para uma empresa com capital aberto: a Isa Cteep (TRPL4).
O consórcio, formado pelas empresas The Best Car Transporte de Cargas e Entec Empreendimentos Eireli, agentes desconhecidos do setor de energia, havia arrematado os lotes 1 e 8.
Na disputa pelo lote 1, venceu a disputa com outros 10 proponentes (sendo a segunda melhor proposta a da Isa Cteep), com uma oferta de Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 174,05 milhões, o equivalente a um deságio de 66,18% em relação à RAP máxima estipulada pela Aneel. No caso do lote 8, superou propostas de outros seis grupos, com lance de R$ 19,54 milhões, deságio de 55,35% em relação à RAP máxima estabelecida pela agência.
O lote 1 correspondia ao segundo maior do leilão, com 1.116 quilômetros de linhas de transmissão entre a Bahia e Minas Gerais, que exigirão R$ 3,156 bilhões em investimentos. Já o lote 8 contemplou uma linha da região metropolitana de Recife, com investimentos estimados em R$ 259,46 milhões.
Para o Itaú BBA, esta é uma decisão significativa do regulador, uma vez que o Lote 1 é o segundo maior lote do leilão e com papel fundamental na integração entre as regiões Nordeste e Sudeste.
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Com base no regulamento do leilão, aponta o BBA, o lance da Cteep (segundo melhor) já deve ser definido como vencedor do lote, com redução da Receita Anual Permitida (RAP) máxima de 45% (versus os 66% de deságio oferecidos pelo Genesis), o que implica uma relação capex/RAP de 11,1 vezes (versus a média observada no leilão de 11,6 vezes).
“Esperamos que o Consórcio Genesis entre com um pedido de liminar, tentando derrubar a decisão da agência reguladora. No entanto, vemos pouco espaço para uma reivindicação legal bem-sucedida”, avaliam.
Os analistas ainda apresentaram algumas premissas do lote, considerando algumas suposições compartilhadas pela Cteep com investidores.
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“Embora a empresa não tenha fornecido mais detalhes sobre capex, assumimos em nossa análise de sensibilidade um desconto de 15% no capex da Aneel, que está de acordo com o histórico da empresa. Se usarmos essas suposições, nossa TIR [Taxa Interna de Retorno] alavancada real para o lote 1 seria de 7,5%, com um VPL [Valor Presente Líquido] de R$ 43 milhões”, avalia o banco.
O BBA também considera que a TIR alavancada do lote 1 poderia ser de 9,3% com VPL de R$ 168 milhões, considerando benefícios fiscais se a dívida fosse emitida no nível da holding.
“Acreditamos que, considerando as premissas apresentadas acima, o retorno implícito parece justo”, aponta.
Os analistas do banco possuem recomendação marketperform (desempenho em linha com a média, equivalente à neutra) para TRPL4, com preço-alvo de R$ 26,90, ou alta de 4,8% frente o fechamento da véspera. Nesta sexta, às 12h (horário de Brasília), os ativos subiam 1,40%, a R$ 26,02.
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