Itaú: resultados vieram abaixo do esperado, mas trazem boas perspectivas
À primeira vista, os resultados do 2º trimestre de 2019 do Itaú ficaram um pouco abaixo do esperado − ligeiramente abaixo da estimativa dos analistas do Brasil Plural, mas em linha com o consenso −, com os lucros recorrentes crescendo apenas 2,3% na comparação com o trimestre imediatamente anterior e 10,2% em relação a um ano antes, atingindo R$ 7,03 bilhões. Mas uma análise mais profunda dos números deixou nossos analistas mais otimistas, particularmente com as principais tendências de negócios apontan...
Itaú: resultados vieram abaixo do esperado, mas trazem boas perspectivas
À primeira vista, os resultados do 2º trimestre de 2019 do Itaú ficaram um pouco abaixo do esperado − ligeiramente abaixo da estimativa dos analistas do Brasil Plural, mas em linha com o consenso −, com os lucros recorrentes crescendo apenas 2,3% na comparação com o trimestre imediatamente anterior e 10,2% em relação a um ano antes, atingindo R$ 7,03 bilhões. Mas uma análise mais profunda dos números deixou nossos analistas mais otimistas, particularmente com as principais tendências de negócios apontando para um 2º semestre melhor, com a probabilidade de ganhos anuais mais consistentes do que a estimativa de 10% relativa ao 2º trimestre.
O crédito para pessoas físicas evoluiu de 12,7% no 1º trimestre de 2019 para 14,0% no 2º, com as PMEs (Pequenas e Médias Empresas) passando de 17,6% para 19% e o crédito corporativo melhorando de -3,1% para -1,8%. Nossos analistas destacam que o real inibidor da expansão do crédito neste trimestre foi a carteira de crédito da América Latina (sem Brasil), que caiu de 11,1% no 1º trimestre para o patamar de 0,1% no 2º, impulsionado principalmente pela forte desvalorização das moedas da região contra o real.
A receita líquida de juros (NII) com clientes desacelerou de 7,6% no 1º trimestre para 5,8% no 2º, abaixo das projeções da companhia (guidance) entre 9% e 12%. Segundo nossos analistas, isso se deve principalmente aos menores resultados de capital de giro após o pagamento de consistentes dividendos referentes a 2018, realizado em março, e à redução na curva de juros que afetou a taxa média de capital de giro (7,5% no 1º trimestre vs. 6,6% no 2º). Normalmente, o maior pagamento de dividendos acontece nos primeiros três meses do ano, portanto, nossos analistas não esperam outro grande impacto no capital de giro pelo resto do ano. Além disso, o NII da atividade principal do banco aumentou R$ 783 milhões em relação ao trimestre anterior e, se isso continuar no semestre que vem, eles acreditam que o Itaú cumprirá pelo menos a parcela básica de suas diretrizes.
Fonte: Brasil Plural/Genial
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