Prévias indicam quais ações de imobiliárias ainda não precificam bom momento
Recomendar!Por: Equipe InfoMoney
30/04/10 - 13h15
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SÃO PAULO - A partir do dia 3 de maio, começarão a ser divulgados os resultados do primeiro trimestre das grandes empresas do setor imobiliário listadas em bolsa, com a Gafisa (GFSA3) dando início à temporada. Com base nas projeções dos analistas para as companhias e para o setor, além das prévias divulgadas por algumas delas, com os números operacionais, o que se pode esperar dos resultados que estão por vir?
Para responder a essa perg...
Prévias indicam quais ações de imobiliárias ainda não precificam bom momento
Recomendar!Por: Equipe InfoMoney
30/04/10 - 13h15
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SÃO PAULO - A partir do dia 3 de maio, começarão a ser divulgados os resultados do primeiro trimestre das grandes empresas do setor imobiliário listadas em bolsa, com a Gafisa (GFSA3) dando início à temporada. Com base nas projeções dos analistas para as companhias e para o setor, além das prévias divulgadas por algumas delas, com os números operacionais, o que se pode esperar dos resultados que estão por vir?
Para responder a essa pergunta, foram analisadas as prévias de Rossi (RSID3), PDG (PDGR3), MRV (MRVE3) e Agre (AGEI3), sendo as três empresas integrantes do Ibovespa, e a última, uma possível integrande do índice a partir de maio. Também foram analisadas projeções de analistas sobre Gafisa e Cyrela (CYRE3), também integrantes do Ibovespa.
Boas perspectivas para o setor
Embora haja algumas divergências pontuais, é consenso entre os analistas que o setor deve ter um bom ano de 2010.
Calendário de divulgação de resultados
Empresa Código Data
Gafisa GFSA3 03/maio
Rossi Residencial
RSID3 13/maio
Cyrela
CYRE3 13/maio
PDG Realty PDGR3 14/maio
MRV Engenharia
MRVE3 14/maio
Agre AGEI3 14/maio
O analista do Barclays, Guilherme Vilazante, elevou em abril a recomendação do setor de neutro para positivo, ressaltando que nem a demanda nem restrições de capital serão problemas. Vilazante cita o "Windfall Effect", que seria o montante de dinheiro esperado para agora, proveniente de lançamentos realizados em 2007 e 2008, que devem deixar o setor em posição de caixa confortável.
Entretanto, o desempenho acionário das ações do setor até agora não reflete esse cenário favorável: o IMOB, índice do setor, já caiu mais de 11% desde o início do ano. Certa decepção com a segunda versão do Minha Casa, Minha Vida, aperto monetário e a mudança dos balanços para o modelo IRFS são alguns dos motivos. Para o analista do Barclays, este cenário pode continuar pressionando as ações, mas não tem impacto na atividade das empresas.
PDG: resultados sólidos
A PDG viu as vendas contratadas aumentarem 100,6% na comparação anual e 11,8% na trimestral, chegando a R$ 842 milhões - recorde histórico da companhia . Os lançamentos e VSO (velocidade de vendas sobre oferta) também mostraram aumento. Para Cristiano Hees, da Brascan, os resultados vieram fortes, reforçando as perspectivas positivas, destacando que a empresa está capitalizada. Com foco em baixa renda, o pacote habitacional é um dado positivo.
O analista do Barclays também teve parecer favorável aos resultados, e destacou ainda o mix dos produtos, com 60% dos lançamentos focados no segmento de renda média. Ele está cauteloso com relação à grande exopsição de algumas empresas ao setor de baixa renda, muito dependente do programa do governo e com altos riscos de execução.
Agre: bons estoques, mas sem atingir meta de lançamentos
Vendas contratadas de R$ 513,5 milhões, em linha como último trimestre. Os analistas divergiram com relação ao que foi reportado, destacando as robustas vendas de estoques, o qual atualmente corresponde a nove meses de venda, "nível saudável para companhia do segmento de média e alta renda", segundo Vilazante.
Por outro lado, o analista Armando Halfeld, da Ativa, classificou o balanço preliminar da construtora como "marginalmente negativo", enfatizando a falha da companhia em atingir a sua meta de lançamentos no primeiro trimestre, de 10% a 15% dos R$ 2,5 bilhões esperados para 2010, ficando em apenas 8,2%.
Rossi: destaque para segmento econômico e forte crescimento
As vendas contratadas da empresa chegaram a R$ 666 milhões na parte Rossi, alta de 136% na comparação anual. Um destaque positivo foi o VSO de 25%, superando o desempenho dos últimos cinco meses. Os lançamentos, de R$ 571 milhões, registraram expressiva alta de 299,3% na mesma comparação.
Os analistas da Socopa afirmaram que o resultado foi satisfatório e enfatizou o segmento econômico, com VSO de 37,4%, enquanto o analista da Brascan destacou os volumes saudáveis e reforçou que a queda no preço da ação não é justificada. A oferta de ações no final do ano passado é citada como uma oportunidade, enquanto o aumento nos custos de construção foi visto como um risco.
MRV: vendas caem, mas entregas impressionam
Com vendas contratadas de R$ 732,7 milhões, houve crescimento de 70,4% na base anual, mas queda de 2,4% na comparação trimestral. Os lançamentos mostraram o mesmo comportamento, subindo 125,7% frente ao ano anterior e caindo 42,4% com relação ao quarto trimestre de 2009.
Por um lado, os analistas destacaram crescimento impressionante das entregas, e, por outro, o quarto declínio trimestral consecutivo nas vendas. Hees destacou a estabilidade do VSO, enquanto Vilazante coloca como negativa a excessiva exposição ao setor de baixa renda e à Caixa Econômica Federal, com menor atuação nos outros segmentos, e acredita que, com isso, o prêmio de 26% frente às blue chips do setor é infundado.
Gafisa: projeção para resultados
O analista da Brascan acredita que a empresa deve chegar a R$ 870 milhões nas vendas contratadas, o que representará, caso se confirme, queda de 28,6% na base trimestral e alta 55,8% na comparação anual. A margem bruta esperada é de 30,7%, queda de 0,2 ponto percentual frente ao quarto trimestre. Já a margem Ebitda deve ficar em 18,7%, "em função de um nível menor de receitas apropriadas".
Hees destaca, por fim, que a situação financeira da companhia é estável em função da recente capitalização, e tem boas perspectivas para a empresa, embora seu modelo esteja em revisão no momento.
Cyrela: momentum operacional forte
Considerada benchmark em termos de rentabilidade juntamente com a PDG para o analista do Barclays, a empresa teve sua recomendação elevada recentemente pelo banco, de abaixo da média do mercado para em linha com a média do mercado. Vilazante destaca o momentum operacional forte o mix de produtos diversificado como pontos positivos da empresa.
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