[quote=leonardobarbosa16]Após a incorporação, a dívida da nova PDGR3 aumentaria de 51% pra 67% do patrimônio líquido, já contando com a incorporação do patrimônio da Agre, bem como as dívidas....
Como vc disse, Abyara e Klabin estavam realmente no esqueleto, aí foram compradas pelo espanhol durante a crise a preço de... construtora falida durante crise mundial. Depois ele se juntou com a Agra que já tinha bons fundamentos sozinha. No fim das contas, a AGRE ficou com o maior banco de terrenos do país. Mas o que dificultou a vida das 3 foi exatamente isso... compraram terreno de...
[quote=leonardobarbosa16]Após a incorporação, a dívida da nova PDGR3 aumentaria de 51% pra 67% do patrimônio líquido, já contando com a incorporação do patrimônio da Agre, bem como as dívidas....
Como vc disse, Abyara e Klabin estavam realmente no esqueleto, aí foram compradas pelo espanhol durante a crise a preço de... construtora falida durante crise mundial. Depois ele se juntou com a Agra que já tinha bons fundamentos sozinha. No fim das contas, a AGRE ficou com o maior banco de terrenos do país. Mas o que dificultou a vida das 3 foi exatamente isso... compraram terreno demais, gastaram a $ td com isso e quando o mercado desaqueceu na crise, não tinham mais capital pra financiar as obras, só os terrenos sobrando.
Agora o mercado está aquecido, até 2014 (se não cancelarem a copa) a demanda por terrenos vai ser mt grande, e a AGRE tem uma participação muito forte em regiões onde a PDG não está, como norte e nordeste, que tem várias capitais que serão sede e terão uma demanda mt maior do que o mercado imobiliário delas oferece hj... sendo que os melhores terrenos já foram comprados ou ficarão mt caros, custando boa parte d projeto. É normal que os terrenos so valorizem daqui até 2014, pelo menos.
Até onde eu sei... a PDG é mt bem capitalizada. E agora... esse banco de terrenos é dela. Então tá com a faca e o queijo na mão... Uma resolve os problemas da outra e as virtudes aumentam bastante. A dívida aumentou, mas o potencial dela de pagar a dívida e sobrar mt grana é bastante interessante. A relação preço/vpa, por exemplo, sairia dos atuais 2,22 pra 1,85, ou seja, as ações estariam quase 20% mais baratas por esse critério. Basta que o mercado resolva continuar pagando 2,2x o vpa pela nova PDG assim como paga hj (no meio desse pânico) pela empresa, que o preço da ação sai de 16,40 pra 19,45. E estaria custando os mesmos 2,2x o VPA...
Aliás, o preço / lucro por ação atual da PDGR3 hoje é de quase 19, de acordo com os dados de 2009. Se vc considerar os lucros de prejuízos da Agra, Klabin e Abyara e somar tudo, já que essas 3 estão contidas na Agre e a Agre estará contida na PDG, verá que o lucro das 3 antigas considerando tbm o 4T já como Agre, foi de 172M. Juntando os retalhos, o preço/lpa da PDG cairia de 19 pra 17. Ou seja... a ação fica ainda mais barata.
Mas tem outra coisa, estou considerando que só emitirão novas ações no limite pra incorporar as da Agre. Se inventarem de emitir mais pra fazer captação, aí o numero de ações maior vai piorar a participação de lucro e patrimônio de cada uma.
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Pelo que tenho reparado no comportamento das ações no mercado, acho que a maioria está concluindo mais ou menos o mesmo que eu:
1 - A Agre tem dívidas, mas isso não anula os benefícios da incorporação. Dívida não é problema se vc tem condições de pagar, e a nova empresa tem potencial gerador de riqueza mais que suficiente pra pagar as dívidas e sair com muito lucro no final, além de que a PDG terá uma facilidade muito maior pra renegociar a dívida, se preciso. A maioria das empresas do setor tem dívidas, algumas até maiores, e isso não tem sido problema pra elas. Pelo menos pra nós acionistas... não. E considerando o patrimônio líquido muito barato que a PDG acabou de comprar, pois pagará 1,3x o valor real desse patrimônio enquanto construtoras desse porte valem entre 1,6 até 2,5x, o percentual da dívida da PDG em relação ao patrimônio líquido aumenta, mas tá longe de ficar ruim, sai de 51 pra 67% e ainda é menor que o da CYRE3 que é de 68%. Isso fica mais que compensado pela melhora da relação preço/vpa e preço/lpa.
2 - A aquisição era positiva até em termos de mercado... pois o valor de mercado da AGRE era extremamente baixo pra uma empresa do setor listada no ibovespa, que apesar das dívidas, ainda tinha muito potencial de aumento de lucro, já que a empresa estava apenas começando a "funcionar" de fato agora, pois ano passado se concentrou em organizar a estrutura unificada das 3 antigas. Mesmo assim, apresentou uma venda de estoques mt positiva ano passado, praticamente zeraram os estoques. O potencial de valorização e desenvolvimento da AGRE é comprovado pela decepção dos acionistas desta com o anúncio da fusão, pois agora ela não tem mais o mesmo potencial de valorização maior que tinha sozinha, se comparado ao atual pós incorporação. Por outro lado, os acionistas da AGRE são uns animais, pois estão vendendo suas ações por menos que 0,495 vezes o valor de uma PDGR3, que é o que poderiam receber se esperassem a unificação. Td bem que com esse pânico existe a possibilidade de uma PDGR3, que é a base de cálculo, estar valendo cada vez menos com o tempo... mas passado o pânico, a PDGR3 tem tudo pra valorizar rápido. E até que está se segurando bem nos últimos dias.
3 - A Agre está sendo negociada nos últimos 2 dias com um desconto de quase 4% em relação ao preço que já foi vendida à PDGR3. Ou a PDGR3 cairia mais que a AGRE até a unificação, ou a AGRE valorizaria mais que a PDG no mercado em alta, pra reequilibrar a relação até próximo dos 0,495. Já dá pra fazer um belo Long & Short, vendendo PDGR3 e comprando esse capital de AGEI3, pois é certo que o spread entre elas diminuirá, nem que seja na marra no dia da unificação. A AGEI3 virou subscrição pra comprar PDGR3 por 0,495x o seu valor, e esse "direito de compra" está custando mais ou menos 0,475 nos últimos dias.
4 -Se a Agre perde com a venda, a PDG é obviamente quem sai ganhando, e isso se traduz em valorização da PDGR3 e desvalorização da Agre. Mas a venda atrelou o valor da AGEI3 ao da PDGR3, então se a PDGR3 sobe, a AGEI3 vai junto, pois está definido que ela valerá no dia da unificação 0,495x o que vale uma PDGR3.
5 - Acreditava que a intenção da PDG era aproveitar o mercado da AGRE nas regiões norte e nordeste onde ela até então não tinha participação. Então era uma boa oportunidade de expansão que vejo como positiva, pois a concorrência é menor que no eixo Rio-SP, área de atuação principal de CHL e Goldfarb. Então eles ganharam acesso a um importante mercado em expansão e menos saturado, embora enfrente a concorrência pulverizada local comum em qualquer lugar do país. Mas é aí que a gigante tira benefício de sua estrutura.
6 - O banco de terrenos era um grande atrativo, prova da deficiência da PDG em termos de bancos de terrenos é que mesmo após incorporar a Agre, ainda terá um banco de terrenos menor que a Cyrela. Banco de terrenos exagerado é ruim pois é capital parado em mercado estagnado. Mas se se é uma empresa com PL MAIOR que a CYRE3, ter um banco de terrenos MENOR que ela está longe de ser um exagero e mais próximo de ser um ponto fraco, principalmente com o setor aquecido como está e deverá permanecer até 2014, se a Europa não quebrar o mundo inteiro e o sistema financeiro mundial não entrar em colapso por isso.
7 - Tinha feito projeções muito boas pra PDG, mas que só eram válidas se a empresa não inventasse de fazer captação no mercado. Agora a empresa já está vindo a público dizer que não tem necessidade de captação, o que mantém as projeções. As possibilidades das ações da PDGR3 não se valorizarem com essa incorporação se deve a fatores externos... o pânico mundial atual e um eventual cancelamento da copa de 2014. Se a Europa não derrubar o capitalismo, o que faria a humanidade retroceder pro escambo, e se o Brasil não conseguir a façanha de descumprir as exigências da fifa, deixando de ser sede da copa, a PDGR3 tem tudo pra valorizar muito. Não acho que chega nesse extremo, mas se a Europa derrubar td como o mercado está querendo pregar pra tacar o terror, isso se traduziria em um caos e a quebra de bancos seria tão grande que nem renda fixa e poupança seriam seguros. A outra hipótese, e mais provável, é que o mercado acalme e os países evitem a piora da zona do euro, pelo menos. Ou seja, acontecendo a segunda, a PDGR3 será um belo investimento de médio - longo prazo. Acontecendo o caos da primeira.. seria um fracasso, mas a situação seria tão grave que o investidor talvez não perdesse nada em relação a renda fixa em um banco falido ou um sistema financeiro em colapso.
8 - O último risco que esqueci de considerar... Se o mundo acabar mesmo em 2012, mesmo assim a PDGR3 não deixa de ser um bom investimento, pois se tudo acaba, não teria investimento melhor nem pior mesmo, e se não acabar, etão as projeções otimistas são mantidas e com o tempo, passado o pânico, as ações valorizam novamente.
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