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A União Europeia (UE) aprovou a entrada da Letônia na zona do euro. O país báltico será 18º membro do bloco econômico e começará a usar a moeda única a partir de janeiro de 2014.
A aprovação da Letônia como membro da zona do euro é resultado dos ótimos resultados macroeconômicos obtidos pelo país ao longo de 2012, depois de receber um resgate internacional de 7,5 bilhões de euros.
O governo de centro-direita de Valdis Dombrovskis – no cargo desde 2009 – conseguiu corrigir desequilíbrios econômicos graças a um programa rigoroso de austeridade, medida que tem dado, até agora, poucos ou péssimos resultados no restante das economias do euro, sobretudo, em países como Espanha, Grécia, Itália ou Portugal – que também receberam resgate internacional.
Para enfrentar a crise e honrar com os termos do pacote de resgate que recebeu, o governo letão cumpriu à risca todas as exigências das autoridades européias: elevou a idade de aposentadoria, cortou drasticamente os benefícios sociais e reduziu o setor público, por meio da demissão de funcionários públicos e da redução de salários. Além disso, o país aprovou uma série de impostos e a redução de benefícios na área da saúde, entre outras medidas.
Como resultado, o déficit público do país foi reduzido para 1,2% em 2012 e, segundo as estimativas, se manterá igual em 2013. A dívida pública do país alcançou 40,7% do PIB no fim de 2012. Em 2012, a Letônia cresceu a um ritmo superior a 5% e a taxa de desemprego caiu para 10,5%. Enfim, o país báltico atualmente possui indicadores econômicos muito melhores que a maioria de seus novos parceiros.
Diante deste contexto, é difícil entender porque a nação quis fazer parte de um bloco econômico que está em recessão desde o terceiro trimestre de 2012, sobretudo, considerando que o custo social resultante do endurecimento das condições de vida tem sido brutal.
A própria população do país, de cerca de 2,1 milhões de habitantes, não anda muito otimista com a notícia.
