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Ucrânia pra que te quero?

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Enquanto curtíamos alegremente o feriadão de carnaval, todas as bolsas de valores internacionais repercutiam os desdobramentos da crise política na Ucrânia – uma ex-república soviética, que está no meio de uma disputa de forças entre grupos que querem mais proximidade com a União Europeia e outros que têm mais afinidade com a Rússia.

Durante a folia tupiniquim, todas as atenções voltaram-se para a Crimeia – região autônoma da Ucrânia, alinhada (em sua maioria) à Rússia e que convocou um referendo sobre sua soberania.

No final de semana, tropas russas assumiram o controle sobre a região, apesar dos protestos da comunidade internacional.

 

E eu com a Ucrânia?

 

A Ucrânia é a terceira maior exportadora de trigo e milho do mundo, e a Rússia supre um quarto das necessidades europeias de gás, em grande parte via gasodutos que passam por território ucraniano.

O temor de uma guerra entre Rússia e Ucrânia já afeta preços internacionais. Nesta semana, o trigo chegou a seu valor máximo em 17 meses, e o milho alcançou o preço mais alto desde setembro. Na segunda-feira, o gás chegou a subir 10%.

Estados Unidos e União Europeia têm boas razões para temer que a crise coloque em perigo a levíssima recuperação econômica dos países desenvolvidos.

A União Europeia está em situação frágil e o que menos precisa é de pressões inflacionárias associadas aos preços dos alimentos, como ocorreu antes da crise financeira de 2008. Hoje, o trigo e o milho são duas das commodites com os preços mais altos no mercado internacional, por conta do perigo de interrupções no fornecimento mundial, ao que se soma o inverno americano de baixas temperaturas.

Alterações no fornecimento de gás à Europa seria igualmente preocupante. E sequer é preciso que algo aconteça – basta que exista a ameaça. Se a crise se aprofunda, o impacto será global.

 

E não é só pelo meu pãozinho e meu bolo de fubá

 

Tanto a Rússia quanto a zona do euro são mercados consumidores muito importantes para o Brasil. Uma piora na crise econômica europeia afeta diretamente o desempenho de nossa balança comercial.

A aprovação do envio de tropas à Crimeia  teve um claro impacto na economia russa. O rublo teve forte queda em relação ao dólar, e a bolsa de valores Moscou caiu 10%. O Banco Central do país se viu forçado a aumentar as taxas de juros para sustentar a moeda.

Por outro lado, a alta das cotações eo gás e de petróleo beneficiam a Rússia, cuja economia se baseia nesses produtos.

Já a Ucrânia é um país virtualmente falido. O país tem vencimentos de US$ 13 bilhões de sua dívida neste ano, e mais US$ 16 bilhões no ano que vem.

Em meio à crise, a Rússia suspendeu a ajuda de US$ 15 bilhões – que poderia evitar a moratória ucraniana.

Nesta quarta-feira, a União Europeia anunciou um pacote de ajuda ao país com esse mesmo valor nos próximos dois anos, na forma de empréstimos.

 

Lá se vão os anéis

 

Muito provavelmente, a Rússia terá êxito em sua ocupação militar na Crimeia. O que as potências ocidentais realmente temem é que Vladimir Putin decida estender a invasão para outros territórios ucranianos.

 

Depois não vai reclamar

 

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu nesta quinta-feira manter inalterada sua política monetária, não introduzindo nenhuma outra medida para impulsionar a frágil recuperação da zona do euro apesar de prever inflação baixa pelos próximos anos.

A taxa básica de juros na zona do euro permanece inalterada em 0.25% – menor patamar desde a criação do bloco econômico. A manutenção da política econômica surpreendeu parte do mercado financeiro, que esperava por um novo corte na taxa de juros.

Nos últimos meses, o presidente do BCE, Mario Draghi, vinha alertando o mercado para a zona de perigo na qual se encontra atualmente a inflação da zona do euro, estagnada em 0,8% ao ano nas últimas cinco aferições mensais.

 

Pra ficar de olho

 

Mario Draghi também fez novas projeções econômicas, informando que a inflação na zona do euro poderá chegar a 1,5% em 2016, ainda abaixo da meta de pouco menos de 2,0%. Para este ano, revisou a estimativa para a inflação a 1,0%, ante 1,1%, e estimou a inflação de 2015 em 1,3%.

O BCE também espera que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro em 2014 será de 1,2%, ligeiramente abaixo do 1,1% em dezembro. Para 2015 e 2016, as contas são de expansão de 1,5 e 1,8%, respectivamente.

 

As well

 

Quem também decidiu manter inalterada sua política de juros foi o Banco Central Britânico, que optou por aguardar um pouco mais antes de remover o estímulo econômico. Atualmente, a taxa básica de juros vigente na economia do Reino Unido é de 0,50% ao ano – nível que permanece inalterado desde março de 2009.

 

Zen

 

O avanço nas discussões diplomáticas entre Estados Unidos, União Europeia e Rússia foi suficiente para diminuir os temores imediatos de investidores sobre um conflito militar, direcionando as atenções do investidor asiático para quais medidas o BCE poderia adotar para sustentar a economia e combater a deflação na zona do euro. A expectativa de um corte na taxa básica de juros do bloco econômico fez com que as principais bolsas de valores asiáticas fechassem em alta.

O maior avanço foi protagonizado pelo índice japonês Nikkei 225 (NIKKEI), que avançou 1,59%. A Bolsa de Valores de Hong Kong (HSI.X) ganhou 0,55%, e a Bolsa de Valores de Xangai subiu 0,32% (SSI).

 

Desata a dúvida

 

O mercado financeiro brasileiro acordou com a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na última quarta-feira, 26 de fevereiro, quando o Banco Central (Bacen) elevou a taxa selic para 10,75% ao ano.

No documento, o Copom sugere a continuidade do ciclo de altas na taxa de juros – o que tenderia a atrair investidores estrangeiros, que procuram maiores rendimentos. Uma maior entrada de dólares tornaria a moeda norte-americana mais barata em relação ao real.

 

 Bye Bye verdinhas

 

Pela manhã, o Banco Central também divulgou que o fluxo cambial do país em fevereiro ficou negativo em US$ 1,856 bilhão, com a saída de moeda estrangeira superando a entrada. O resultado foi fortemente impactado pela conta comercial, que já acumula um déficit de US$ 2,125 bilhões no ano. A conta financeira, que acumula um saldo positivo de US$ 272 milhões nos dois primeiros meses de 2014, vem sendo beneficiada pelo arrefecimento nas tensões que assombram os mercados emergentes desde o início do ano. Nesse contexto, o dólar recuou 2,79% ante o real em fevereiro.

 

O peso da balança

 

O déficit de US$ 2,125 bilhões da balança comercial em fevereiro é o pior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1993. Foram US$ 15,934 bilhões em exportações e US$ 18,059 bilhões em importações no período.

Esse déficit supera o verificado em fevereiro do ano passado, que foi de US$ 1,27 bilhão. Mas é menor que o déficit de janeiro de 2014, que atingiu US$ 4 bilhões. No acumulado do ano, o déficit na balança comercial (exportações menos as importações) já é de US$ 6,18 bilhões, superando os US$ 5,3 bilhões de déficit registrados no primeiro bimestre de 2013.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), entre os fatores que contribuíram para o déficit comercial no mês passado está o aumento de 7,9% nas importações de combustíveis e lubrificantes, além de bens de consumo (+2,0%).

 

Enquanto isso, na terra do Tio Sam

 

O número de norte-americanos que entrou com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu mais do que o esperado na semana passada e atingiu o menor nível dos últimos três meses – um sinal de fortalecimento no mercado de trabalho que vem sendo afetado pelo clima severo. De acordo com o Departamento de Trabalho, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 26.000, para 323 mil. Especialistas esperavam que os pedidos caíssem para 338 mil.

 

Disappointment, Déception, Täuschung

 

As bolsas europeias reduziram os ganhos e fecharam quase estáveis nesta quinta-feira, após o Banco Central Europeu (BCE) optar por não adotar novas medidas para injetar liquidez no sistema financeiro da região, decepcionando investidores.

O BCE manteve as taxas de juros nesta quinta-feira e não apresentou nenhuma outra medida para impulsionar a frágil recuperação da zona do euro apesar de prever inflação baixa pelos próximos anos. A desinflação ainda é um problema e o mercado está um pouco preocupado pois Mario Draghi, presidente do BCE, não parece ter mudado sua postura sobre isso.

Em Londres, o índice Financial Times (FTSE 100) fechou em alta de 0,19%, cotado a 6.788 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX (DAX 30) subiu 0,01%, para 9.542 pontos. Em Paris, o índice CAC (CAC 40) ganhou 0,59%, para 4.417 pontos. Já em Milão, o índice Ftse Mib (FTSE MIB) teve valorização de 0,39%, fechando cotado em 20.838 pontos.

 

O tempo passa, o tempo voa

 

Os números da BM&FBovespa (BVMF3) estão longe de ficarem numa boa. A principal bolsa de valores brasileira informou que os volumes médios diários de negócios em fevereiro para operações em dinheiro totalizaram R$ 6,58 bilhões – uma queda de 16% sobre o mesmo período do ano passado e uma alta de 6% sobre o mês anterior.

É o investidor brasileiro mostrando toda sua empolgação com os ativos negociados no mercado de bolsa.

 

Meu tesouro, tesourinho

 

Ao que parece, Carnaval e Tesouro Direto não combinam. O preço unitário dos títulos negociados diretamente pela internet pouco variaram desde o início das celebrações país a fora. Na manhã desta quinta-feira, o Banco Central do Brasil (Bacen) divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), dando a entender que teremos um novo aumento na taxa básica de juros já na próxima reunião. O mercado financeiro brasileiro aposta em uma nova alta de 0,25%, atingindo o teto de 11,00% projetado para o final do ano.

Logo pela manhã, o Tesouro Nacional anunciou as condições para um leilão de 5,75 milhões de Notas do Tesouro Nacional série F (NTN-F). Esse papel tem prazo de vencimento mais longo e costuma ser bastante demandado por investidores estrangeiros. No leilão de hoje, a oferta foi integralmente absorvida.

No mercado de juros futuros da BM&F, os investidores voltaram ao trabalho nesta quinta-feira apostando na alta das taxas dos DIs. Enquanto os contratos curtos subiram um degrau, apoiados na ata do Copom, os longos avançaram impulsionados pelo leilão expressivo de títulos públicos prefixados, pela alta do dólar e pelas tensões geopolíticas.

 

Dólar

 

Nesta quinta-feira, o dólar fechou praticamente estável frente ao real, cotado a R$ 2,3212 para venda e R$ 2,3200 para compra. O fechamento positivo em 0,06% contrastou com a queda do preço da moeda norte-americana em relação às demais moedas internacionais.

A moeda norte-americana operou em queda durante grande parte do dia, chegando a encostar em R$ 2,30. Com o valor baixo, investidores aproveitaram para comprar, fazendo com que o dólar passasse a ter, então, leve alta nas últimas horas das negociações.

A intensificação das perdas da moeda americana ocorreu logo após o Tesouro Nacional anunciar as condições para um leilão de 5,75 milhões de Notas do Tesouro Nacional-Série F (NTN-F). Além disso, o Banco Central (Bacen) manteve seu programa de intervenção no câmbio, vendendo todos os 4 mil contratos de swap cambial ofertados no leilão.

 

Recuperação

 

O principal índice de ações do Mercado Bovespa subiu mais de um por cento nesta quinta-feira, recuperando a linha dos 47 mil pontos perdida na véspera, puxado pelas ações de bancos privados e da Petrobras e seguindo os passos das bolsas norte-americanas. No fechamento, o Ibovespa subiu 1,08%, cotado aos 47.093 pontos, com volume financeiro total negociado de R$ 5,779 bilhões.

Além de representar uma clara recuperação em relação à forte queda registrada na véspera, também contribuíram para a alta do Ibovespa o avanço das bolsas norte-americanas, após os novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caírem mais do que o esperado na semana passada, e a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro.

 

Novo recorde

 

O mercado acionário norte-americano encerrou o pregão desta quinta-feira em grande parte em alta, com o S&P 500 fechando em mais um nível recorde, estimulado por dados melhores do que o esperado de auxílio-desemprego nos Estados Unidos e pela decisão do Banco Central Europeu (BCE) de não alterar a taxa de juros.

Mas o sentimento geral foi cauteloso antes da divulgação, na sexta-feira, do relatório de geração de emprego dos Estados Unidos e tensões entre a Ucrânia e a Rússia.

O índice Dow Jones avançou 0,38 por cento, para 16.421 pontos. O índice Standard & Poor’s 500 teve valorização de 0,17 por cento, para 1.877 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,13 por cento, a 4.352 pontos.

Foi o quarto fechamento em nível recorde do S&P 500 nas últimas seis sessões.

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