Rio de Janeiro, 22 de Junho de 2015 – Em abril de 2015, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente recuou 0,9% frente ao mês imediatamente anterior, após avançar 0,1% em março e mostrar quedas em janeiro (-0,7%) e fevereiro (-0,6%).
Vale destacar que nesse mês verifica-se a influência negativa tanto do setor extrativo (-3,5%), após avançar 11,9% no mês anterior, como da indústria de transformação (-0,7%), que permaneceu apontando recuo pelo quarto mês seguido. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou recuo de 0,5% no trimestre encerrado em abril de 2015 frente ao patamar do mês anterior, após registrar variação negativa de 0,4% em março último.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real recuou 5,3% em abril de 2015, décima primeira taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto. No índice acumulado no primeiro quadrimestre de 2015, o valor da folha de pagamento real na indústria recuou 5,0% e acentuou o ritmo de queda verificado no último quadrimestre de 2014 (-3,8%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao mostrar redução de 3,3% em abril de 2015, apontou o resultado negativo mais intenso desde dezembro de 2003 (-4,2%) e permaneceu com a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2014 (1,6%).
Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real mostrou queda de 5,3% em abril de 2015, com resultados negativos em quinze dos dezoito ramos investigados, com destaque para meios de transporte (-11,1%), máquinas e equipamentos (-5,4%), produtos de metal (-9,8%), alimentos e bebidas (-3,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-8,3%), metalurgia básica (-8,9%), indústrias extrativas (-5,6%), calçados e couro (-12,0%), outros produtos da indústria de transformação (-5,9%), refino de petróleo e produção de álcool (-6,2%) e produtos têxteis (-4,5%). Por outro lado, o setor de borracha e plástico, com crescimento de 1,6%, assinalou a principal influência positiva nesse mês.
No índice acumulado no primeiro quadrimestre de 2015, o valor da folha de pagamento real assinalou redução de 5,0%, com taxas negativas nas dezoito atividades pesquisadas, pressionado, principalmente, pelas quedas vindas de meios de transporte (-9,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-10,4%), produtos de metal (-10,3%), máquinas e equipamentos (-3,7%), metalurgia básica (-7,5%), indústrias extrativas (-5,0%), alimentos e bebidas (-1,7%), calçados e couro (-9,6%), outros produtos da indústria de transformação (-7,0%), borracha e plástico (-2,6%) e papel e gráfica (-1,8%).
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