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IPP acumula variação de 2,65% nos cinco primeiros meses de 2015

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Rio de Janeiro, 02 de Julho de 2015 – Em maio de 2015, a variação acumulada no ano (variação acumulada entre janeiro e maio de 2015) do Índice de Preços ao Produtor (IPP) atingiu 2,65%, contra 2,50% acumulado até abril de 2015. Entre as atividades que, até o quinto mês do ano, obtiveram as maiores variações percentuais na perspectiva deste indicador, podemos destacar: outros equipamentos de transporte (12,60%), fumo (11,45%), madeira (9,40%) e papel e celulose (8,29%).

Os setores que exerceram as maiores influências sobre a oscilação do Índice de Preços ao Produtor no ano foram: veículos automotores (0,40 ponto percentual), refino de petróleo e produtos de álcool (-0,34 ponto percentual), outros produtos químicos (0,32 ponto percentual) e papel e celulose (0,29 ponto percentual).

Confira a performance de todos os grupos de indústria avaliados pelo IBGE em Maio de 2015 para elaboração do IPP

A seguir, são analisados detalhadamente sete setores que, no mês de maio de 2015, encontravam-se entre os principais destaques do Índice de Preços ao Produtor, seja por apresentarem grande variação acumulada entre janeiro e maio de 2015, seja por terem exercido grande influência percentual na composição dessa variação:

Refino de petróleo e produtos de álcool: depois de resultados negativos no início do ano, em maio, pelo segundo mês consecutivo, os preços do setor tiveram variação positiva de 0,31% (contra 1,15% em abril). Com esse resultado, o setor acumulou até maio variação de -3,02%. Na comparação com igual mês de 2014, os preços mais recentes estão 0,40% menores. Nas listas de destaque das maiores variações e das maiores influências aparecem os mesmos produtos (óleos lubrificantes básicos, querosenes de aviação, álcool etílico não desnaturado, com teor alcoólico em volume maior ou igual a 80% (anidro ou hidratado) e óleo diesel e outros óleos combustíveis), sendo que dois deles (o primeiro e o último citados antes) com variação positiva e dois com negativa. A influência conjunta desses produtos somou 0,27 ponto percentual (em 0,31%). Na perspectiva do acumulado no ano e da comparação com o mesmo mês do ano anterior, são as variações negativas de naftas e querosene de aviação que mais influenciam o resultado. O óleo diesel e outros óleos combustíveis tem influência nos dois indicadores, sendo negativa no acumulado do ano e positiva nos últimos doze meses. Seja como for, o setor, no acumulado do ano e nos últimos doze meses, impactou negativamente o resultado das indústrias de transformação. No caso do acumulado no ano, a influência de – 0,34 ponto percentual (em 2,65%) é a mais intensa e, na comparação com maio de 2014, a de – 0,05 ponto percentual (em 6,10%) é a segunda mais intensa — atrás da influência de – 0,09 ponto percentual de Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos.

– Fumo: em maio de 2015, os produtos do fumo apresentaram variação positiva de 0,51% na comparação com o nível do último mês. Na comparação com igual mês do ano anterior os preços do setor fumo registraram aumento de 24,52%. Este diferencial nas taxas deste ano e do ano anterior é compatível com as variações na taxa de câmbio (R$/US$) no período, com impacto imediato nos preços em real de fumo processado. De acordo com dados do Banco Central, na comparação entre maio de 2015 e maio de 2014 verifica-se uma apreciação do dólar de aproximadamente 38,0% e um aumento acumulado no ano de 16,0%. Por fim, observa-se uma variação positiva de 11,45% nos produtos do fumo no acumulado de 2015, que também encaminhou no mesmo sentido do dólar. Além disso, outro fator que motiva tal variação positiva em 2015 foi a regulamentação estipulada pelo governo que estabelece um preço mínimo para cigarros em 2015, determinado pela Lei 12.546 de 14 de dezembro de 2011.

– Madeira: em maio de 2015, na comparação com o mês imediatamente anterior, os preços na indústria madeireira apresentaram, pela quarta vez seguida, uma variação positiva, no caso de 0,76%. Com o resultado de maio, a variação acumulada de preços da atividade atingiu 9,40% em 2015 e 18,10% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Em ambos os casos ficaram como sendo a terceira maior variação das indústrias de transformação, influenciada em grande parte pela desvalorização do real frente ao dólar que chegou a quase 38,0% em 12 meses e 16,0% neste ano (exportação de madeira). Dos quatro produtos pesquisados nesta atividade, apenas a madeira compensada, folheada e formas semelhantes apresentou uma variação negativa de preços quando comparada com os preços de abril de 2015. Todos os demais produtos tiveram variações positivas de preços para os índices pesquisados (mês contra mês anterior, acumulado no ano e acumulado nos últimos 12 meses).

– Papel e Celulose: o setor registrou um aumento médio de preços ao produtor de 0,53% em maio de 2015. Com esse desempenho, o setor inverte o quadro de abril, quando houve uma queda de 1,06%. Desde o início do ano, os produtos de papel e celulose acumulam um aumento de 8,29%, e de 17,71% nos últimos 12 meses. O setor teve o quarto maior aumento  acumulado de preço ao produtor do ano nas indústrias de transformação, em virtude de repasse de custos de mão de obra e ao aumento da taxa de câmbio do dólar nos meses iniciais de 2015, que beneficiou a receita das  exportações do setor. Os produtos que mais influenciaram o aumento de 0,53% de maio foram celulosepapel para escrita, impressão e outros usos gráficos, não revestidos de matéria inorgânicapapel kraft para embalagem, não revestido e cadernos. Juntos, esses quatro produtos responderam por 0,47% do resultado do setor (0,53%). A influência da variação de preços do setor, em maio, no índice geral do IPP, foi de 0,02%.

– Veículos automotores: em maio, os preços do setor variaram 0,84% em relação a abril, segundo maior resultado do ano (em janeiro, 33%). Com isso, o acumulado no ano chegou a 3,57%. Já na comparação com o mesmo mês de 2014, o resultado de 8,61%, o maior da série, culmina uma série crescente desde junho de 2014 (2,62%), na qual encontram -se as duas maiores taxas na perspectiva mês anterior: 1,69%, em setembro de 2014, e 1,33%, em janeiro de 2015. Do aumento de 0,84%, 0,71% se deveu às variações positivas observadas em automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potênciapeças para motor de veículos automotoresmotores diesel e semi-diesel para ônibus e caminhões e chassis com motor para ônibus ou para caminhões. Vale dizer que dos quatro produtos anteriormente citados, os dois últimos também foram destaque em termos de variação. Assim como as influências destacadas na taxa mensal foram todas positivas, no caso do índice acumulado e do ano anterior acontece o mesmo. Todavia, os produtos diferem do seguinte modo: nas taxas de mais longo prazo, no lugar de motores diesel e semi-diesel para ônibus e caminhões e chassis com motor para ônibus ou para caminhões, observados no mês anterior, entram caminhão diesel com capacidade superior a 5 toneladas e caminhão – trator para reboques e semi-reboques. Os preços dos automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência, apesar de não terem variado muito, têm impacto grande no resultado do setor, haja vista o peso do produto no cálculo. De toda forma, algumas empresas já começaram a adiantar os modelos de 2016, o que explicaria o aumento observado em maio. Por outro lado, na produção de motores diesel e semi-diesel para ônibus ou para caminhões, o aumento se deveu a o ajuste no câmbio, ainda que a variação, em maio, Não tenha sido tão elevada quanto em meses anteriores, em 2015 esta foi da ordem de 16,0%.

– Outros  produtos  químicos: a  indústria química registrou no quinto mês de 2015 uma variação negativa de preços de 0,12%, após uma variação positiva de 8,40% acumulada nos dois  meses imediatamente anteriores. O acumulado no ano ficou em 3,02% e na comparação com o mesmo mês de 2014 os preços atuais estão 4,81% maiores, segundo resultado positivo no ano, depois de três resultados negativos consecutivos para este tipo de índice (mês contra mesmo mês do ano anterior). O cenário da indústria química dos produtos petroquímicos básicos e intermediários para plastificantes, resinas e fibras é muito ligado aos valores internacionais e aos preços da nafta, produto com sensível à queda  de  preços  nos  últimos  12  meses,  o  que  ajudou  a contrabalançar os aumentos dos custos associados à energia, às outras matérias-primas e à cotação acumulada do dólar em 12 meses, da ordem de 38,0%. Em  relação  à  influência, na comparação de maio de 2015  contra o mês anterior, todos os produtos em destaque são diferentes dos que aparecem na variação. Dois deles são ligados aos produtos agrícolas (adubos ou fertilizantes à base de NPK e herbicidas para uso na agricultura), ambos com variação negativa, e dois ligados à nafta, com resultados  positivos devidos á recuperação de preços da nafta em abril e maio. São eles: etileno (eteno) não saturado e PEAD. No caso da variação acumulada no ano e nos últimos 12 meses, os produtos em  destaque são os mesmos: apenas o etileno (eteno) não saturado apresenta sinais  contrários na variação acumulada no ano (positivo) e na variação acumulada em 12 meses (negativo).  Os demais produtos são adubos ou fertilizantes à base de NPK e polipropileno (PP), com resultados positivos e propeno (propileno) não saturado, com variação negativa.

– Outros equipamentos de transporte: em maio de 2015, os preços do setor apresentaram variação positiva de 0,40% em relação ao mês anterior. O resultado nesse indicador é muito ligado à variação da taxa de câmbio (R$/US$), tanto que, no acumulado do ano, houve uma variação de preços de 12,6% contra uma variação  cambial próxima de 16,0% e,nos últimos 12 meses, os preços do setor variaram em 26,61% contra uma variação cambial de quase 38,0%. Em maio, o setor apresentou redução de preços apenas no produto fabricação ou  manutenção  de  embarcações. Para os demais produtos, nos  três tipos de índices analisados (mês contra mês imediatamente anterior, acumulado no ano e acumulado nos últimos doze meses), houve uma variação positiva de preços.

Entenda o Índice de Preços ao Produtor (IPP)

Produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP) tem como principal objetivo medir a variação média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo no Brasil.

O IPP mensura a evolução dos preços de produtos de vinte e três setores da indústria de transformação. Cerca de mil e quatrocentas empresas são visitadas pelo IBGE para a pesquisa.

Os preços coletados ainda não apresentam a incorporação de impostos tarifas e fretes, sendo definidos apenas pelas práticas comerciais usuais. O instituto coleta, aproximadamente, cinco mil preços por mês.

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