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IPP: inflação mensal medida na porta das fábricas desacelera e sobe 0,15% em Maio de 2015

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São Paulo, 02 de Julho de 2015 – De acordo com o Instituto de Pesquisa de Geografia e Estatística (IBGE), em maio de 2015, os preços coletados nas indústrias de transformação variaram, em média, 0,15% quando comparados a abril de 2015. Este número é inferior ao observado na comparação entre abril de 2015 e março de 2015 (0,34%). Com isso, o acumulado no ano fica em 2,65%. O acumulado nos últimos doze meses foi de 6,10%.

Entre o quinto e o quarto mês do ano, dezessete das vinte e três atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram variações positivas de preços, contra catorze do mês anterior. As quatro maiores variações observadas em maio de 2015 se deram entre os produtos compreendidos nas seguintes atividades industriais: equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,80%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (2,04%), bebidas (1,84%), produtos têxteis (1,56%).

Confira a performance de todos os grupos de indústria avaliados pelo IBGE em Maio de 2015 para elaboração do IPP

Na comparação entre maio de 2015 e abril de 2015 os itens que mais exerceram influência sobre a leve valorização do IPP foram: alimentos (-0,12%), veículos automotores (0,09%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (0,07%) e bebidas (0,06%).

A seguir, são analisados detalhadamente seis setores que, no mês de maio de 2015, encontravam-se entre os principais destaques do Índice de Preços ao Produtor, seja por apresentarem grande variação acumulada na comparação com o mês anterior, seja por terem exercido grande influência percentual na composição dessa variação:

– Alimentos: os preços do setor de alimentos variaram -0,63% em maio de 2015 em relação ao mês anterior. Essa foi a segunda queda consecutiva do indicador, que registrou variação mensal de 0,76% no mês anterior. Com este resultado, o setor acumula ao longo de 2015 um aumento de 1,02% nos preços. Já em relação a maio de 2014, os preços dos alimentos produzidos nas fábricas brasileiras encontram-se 3,59% mais caros. Vale frisar que, com o resultado de maio, o setor obteve a maior influência negativa no índice das indústrias de transformação (-0,12% em um total de 0,15%). Entre os quatro produtos destacados em termos de influência, três (resíduos da extração de sojacarnes e miudezas de aves congeladas e óleo de soja refinado) tiveram impacto negativo, contrabalançado pela variação positiva dos preços de carnes de bovinos frescas ou refrigeradas. Este produto e os resíduos da extração de soja apareceram também entre as quatro maiores variações de preços, acompanhados das variações positivas de preços de fermentos preparados e iogurte. Os quatro produtos de maior influência contribuíram com -0,96% de 0,63%), o que indica que os demais produtos (39) tiveram uma influência total positiva de 0,33%. A queda nos produtos derivados de soja tem sido influenciada pelo estoque mundial elevado. No caso da carne de bovinos, a dinâmica do mercado internacional e o aumento de custo que o maior uso de ração, em substituição ao pasto, gera garantiram o aumento observado no quinto mês do ano.

– Veículos automotores: em maio, os preços do setor variaram 0,84% em relação a abril, segundo maior resultado do ano (em janeiro, 33%). Com isso, o acumulado no ano chegou a 3,57%. Já na comparação com o mesmo mês de 2014, o resultado de 8,61%, o maior da série, culmina uma série crescente desde junho de 2014 (2,62%), na qual encontram -se as duas maiores taxas na perspectiva mês anterior: 1,69%, em setembro de 2014, e 1,33%, em janeiro de 2015. Do aumento de 0,84%, 0,71% se deveu às variações positivas observadas em automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potênciapeças para motor de veículos automotoresmotores diesel e semi-diesel para ônibus e caminhões e chassis com motor para ônibus ou para caminhões. Vale dizer que dos quatro produtos anteriormente citados, os dois últimos também foram destaque em termos de variação. Assim como as influências destacadas na taxa mensal foram todas positivas, no caso do índice acumulado e do ano anterior acontece o mesmo. Todavia, os produtos diferem do seguinte modo: nas taxas de mais longo prazo, no lugar de motores diesel e semi-diesel para ônibus e caminhões e chassis com motor para ônibus ou para caminhões, observados no mês anterior, entram caminhão diesel com capacidade superior a 5 toneladas e caminhão – trator para reboques e semi-reboques. Os preços dos automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência, apesar de não terem variado muito, têm impacto grande no resultado do setor, haja vista o peso do produto no cálculo. De toda forma, algumas empresas já começaram a adiantar os modelos de 2016, o que explicaria o aumento observado em maio. Por outro lado, na produção de motores diesel e semi-diesel para ônibus ou para caminhões, o aumento se deveu a o ajuste no câmbio, ainda que a variação, em maio, Não tenha sido tão elevada quanto em meses anteriores, em 2015 esta foi da ordem de 16,0%.

– Bebidas: os produtos desse setor apresentaram em maio de 2015 um aumento médio de preços ao produtor de 1,84% em relação ao mês anterior, acumulando um aumento no ano de 0,95%, e de 12,21% nos últimos 12 meses. O setor de bebidas está entre os quatro maiores aumentos de maio em relação ao mês anterior. A variação desse mês deve-se tanto ao realinhamento de preços devido a alterações na base tributária do setor, o que tem levado, segundo a Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil, a que algumas empresas venham elevando seus preços antes mesmo do ajuste do tributo. Vale lembrar que o IPP não leva em conta os tributos, os preços são isentos de IPI e outros impostos. Os preços do setor aumentaram também devido ao impacto de custos, oriundos do aumento de preços de algumas matérias-primas importadas (explicado pela desvalorização cambial) e da elevação de preços de latas, coerentes com o aumento dos preços de alumínio. A variação de preços de maio foi a quarta maior influência na variação dos preços ao produtor das indústrias de transformação. Em todos os indicadores, todos os produtos apresentaram variação positiva, com exceção de cervejas e chope, que apresentou variação negativa no acumulado do ano. Ainda assim, em maio, cervejas e chope foi o produto que mais influenciou o aumento de 1,84%, seguido por refrigerantes e aguardente de cana-de-açúcar.

– Produtos têxteis: em maio de 2015, os produtos desse setor apresentaram um aumento médio de preços ao produtor de 1,56% em relação ao mês anterior,  acumulando um aumento no ano de 6,66%, e de 5,72% nos últimos 12 meses. Em relação ao acumulado no ano, o resultado de 6,66% é o segundo maior entre todos os maios da série histórica do indicador (10,59%, em maio de 2011), e faz com que até este mês o setor acumule aumento de preços maiores do que aqueles observados no ano de 2014 (2,65%, em dezembro). A variação desse mês deve-se, em grande parte ao repasse da alta de custos com o algodão. Os quatro produtos que mais influenciaram o aumento de 1,56% de maio foram: roupas de banho com tecidos de algodão, integradas à tecelagem; tecidos de algodão tintos, estampados, inclusive combinados; tecidos de algodão tintos ou estampados, exceto combinados e sacos para embalagem integrados à tecelagem, que em conjunto, influenciaram em 1,09% o resultado de 1,56%.

– Perfumaria, sabões e produtos de limpeza: na comparação de maio de 2015 contra abril de 2015, os preços desse setor da indústria cresceram 2,04%, tendo baixa influência (0,03%, a sétima influência positiva entre todas as atividades) no índice geral das indústrias de transformação. O aumento de preços observado foi de 2,92% comparado à maio de 2014. Ao longo de 2015, a atividade acumulou uma variação positiva de 4,83%. Quatro produtos foram responsáveis por gerar uma influência liquida de 2,12% em comparação à abril de 2015 ― sabões ou detergentes, exceto líquidos, sabonetes, exceto medicinais, cremes e loções para a pele, preparações capilares exceto para ondulações, alisamentos e xampus.

– Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos: em maio de 2015, os preços dos produtos fabricados nesse setor da indústria, em relação ao mês anterior, variaram em -2,80%, configurando-se na maior variação negativa observada entre as indústrias de transformação. Nos primeiros cinco meses deste ano, os preços do setor tiveram variação de -4,94%. Já a variação acumulada nos últimos 12 meses ficou em -3,29%. A influência da variação mensal observada para o setor sobre o índice  geral  das indústrias de transformação foi de -0,07%. Os produtos com maior influência sobre a variação mensal de preços de maio em relação à abril do setor foram: telefones celulares, televisores, cartões inteligentes, smart cards e PC desktops. Telefones celulares e PC desktops também se destacaram na influência negativa sobre o indicador dos últimos doze meses e também sobre a variação acumulada nos cinco meses observados de 2015.

Entenda o Índice de Preços ao Produtor (IPP)

Produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP) tem como principal objetivo medir a variação média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo no Brasil.

O IPP mensura a evolução dos preços de produtos de vinte e três setores da indústria de transformação. Cerca de mil e quatrocentas empresas são visitadas pelo IBGE para a pesquisa.

Os preços coletados ainda não apresentam a incorporação de impostos tarifas e fretes, sendo definidos apenas pelas práticas comerciais usuais. O instituto coleta, aproximadamente, cinco mil preços por mês.

Clique aqui e saiba mais sobre a inflação aferida na porta das fábricas brasileiras.

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