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IPP de Maio de 2015 registra variação de 6,10% nos últimos 12 meses

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São Paulo, 02 de Julho de 2015 – Em maio de 2015, os preços coletados nas indústrias de transformação brasileiras variaram, em média, 6,10% quando comparados a maio de 2014. No mês anterior, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) apontava para uma variação anual de 5,66%. As quatro maiores variações de preços ocorreram na fabricação de: outros equipamentos de transporte (26,61%), fumo (24,52%), madeira (18,10%) e papel e celulose (17,71%).

As principais influências registradas pelo indicador registrado em maio de 2015, na comparação com maio de 2014, vieram de: veículos automotores (0,95 ponto percentual), alimentos (0,71 ponto percentual), metalurgia (0,62 ponto percentual) e papel e celulose (0,59 ponto percentual).

Confira a performance de todos os grupos de indústria avaliados pelo IBGE em Maio de 2015 para elaboração do IPP

A seguir, são analisados detalhadamente sete setores que, no mês de maio de 2015, encontravam-se entre os principais destaques do Índice de Preços ao Produtor, seja por apresentarem grande variação percentual na comparação com o mesmo mês do ano anterior, seja por terem exercido grande influência percentual na composição da variação anual de 6,10% aferida no quinto mês do ano:

– Alimentos: os preços do setor de alimentos variaram -0,63% em maio de 2015 em relação ao mês anterior. Essa foi a segunda queda consecutiva do indicador, que registrou variação mensal de 0,76% no mês anterior. Com este resultado, o setor acumula ao longo de 2015 um aumento de 1,02% nos preços. Já em relação a maio de 2014, os preços dos alimentos produzidos nas fábricas brasileiras encontram-se 3,59% mais caros. Vale frisar que, com o resultado de maio, o setor obteve a maior influência negativa no índice das indústrias de transformação (-0,12% em um total de 0,15%). Entre os quatro produtos destacados em termos de influência, três (resíduos da extração de soja, carnes e miudezas de aves congeladas e óleo de soja refinado) tiveram impacto negativo, contrabalançado pela variação positiva dos preços de carnes de bovinos frescas ou refrigeradas. Este produto e os resíduos da extração de soja apareceram também entre as quatro maiores variações de preços, acompanhados das variações positivas de preços de fermentos preparados e iogurte. Os quatro produtos de maior influência contribuíram com -0,96% de 0,63%), o que indica que os demais produtos (39) tiveram uma influência total positiva de 0,33%. A queda nos produtos derivados de soja tem sido influenciada pelo estoque mundial elevado. No caso da carne de bovinos, a dinâmica do mercado internacional e o aumento de custo que o maior uso de ração, em substituição ao pasto, gera garantiram o aumento observado no quinto mês do ano.

– Fumo: em maio de 2015, os produtos do fumo apresentaram variação positiva de 0,51% na comparação com o nível do último mês. Na comparação com igual mês do ano anterior os preços do setor fumo registraram aumento de 24,52%. Este diferencial nas taxas deste ano e do ano anterior é compatível com as variações na taxa de câmbio (R$/US$) no período, com impacto imediato nos preços em real de fumo processado. De acordo com dados do Banco Central, na comparação entre maio de 2015 e maio de 2014 verifica-se uma apreciação do dólar de aproximadamente 38,0% e um aumento acumulado no ano de 16,0%. Por fim, observa-se uma variação positiva de 11,45% nos produtos do fumo no acumulado de 2015, que também encaminhou no mesmo sentido do dólar. Além disso, outro fator que motiva tal variação positiva em 2015 foi a regulamentação estipulada pelo governo que estabelece um preço mínimo para cigarros em 2015, determinado pela Lei 12.546 de 14 de dezembro de 2011.

– Madeira: em maio de 2015, na comparação com o mês imediatamente anterior, os preços na indústria madeireira apresentaram, pela quarta vez seguida, uma variação positiva, no caso de 0,76%. Com o resultado de maio, a variação acumulada de preços da atividade atingiu 9,40% em 2015 e 18,10% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Em ambos os casos ficaram como sendo a terceira maior variação das indústrias de transformação, influenciada em grande parte pela desvalorização do real frente ao dólar que chegou a quase 38,0% em 12 meses e 16,0% neste ano (exportação de madeira). Dos quatro produtos pesquisados nesta atividade, apenas a madeira compensada, folheada e formas semelhantes apresentou uma variação negativa de preços quando comparada com os preços de abril de 2015. Todos os demais produtos tiveram variações positivas de preços para os índices pesquisados (mês contra mês anterior, acumulado no ano e acumulado nos últimos 12 meses).

– Papel e Celulose: o setor registrou um aumento médio de preços ao produtor de 0,53% em maio de 2015. Com esse desempenho, o setor inverte o quadro de abril, quando houve uma queda de 1,06%. Desde o início do ano, os produtos de papel e celulose acumulam um aumento de 8,29%, e de 17,71% nos últimos 12 meses. O setor teve o quarto maior aumento  acumulado de preço ao produtor do ano nas indústrias de transformação, em virtude de repasse de custos de mão de obra e ao aumento da taxa de câmbio do dólar nos meses iniciais de 2015, que beneficiou a receita das  exportações do setor. Os produtos que mais influenciaram o aumento de 0,53% de maio foram celulose, papel para escrita, impressão e outros usos gráficos, não revestidos de matéria inorgânica, papel kraft para embalagem, não revestido e cadernos. Juntos, esses quatro produtos responderam por 0,47% do resultado do setor (0,53%). A influência da variação de preços do setor, em maio, no índice geral do IPP, foi de 0,02%.

– Veículos automotores: em maio, os preços do setor variaram 0,84% em relação a abril, segundo maior resultado do ano (em janeiro, 33%). Com isso, o acumulado no ano chegou a 3,57%. Já na comparação com o mesmo mês de 2014, o resultado de 8,61%, o maior da série, culmina uma série crescente desde junho de 2014 (2,62%), na qual encontram -se as duas maiores taxas na perspectiva mês anterior: 1,69%, em setembro de 2014, e 1,33%, em janeiro de 2015. Do aumento de 0,84%, 0,71% se deveu às variações positivas observadas em automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência, peças para motor de veículos automotores, motores diesel e semi-diesel para ônibus e caminhões e chassis com motor para ônibus ou para caminhões. Vale dizer que dos quatro produtos anteriormente citados, os dois últimos também foram destaque em termos de variação. Assim como as influências destacadas na taxa mensal foram todas positivas, no caso do índice acumulado e do ano anterior acontece o mesmo. Todavia, os produtos diferem do seguinte modo: nas taxas de mais longo prazo, no lugar de motores diesel e semi-diesel para ônibus e caminhões e chassis com motor para ônibus ou para caminhões, observados no mês anterior, entram caminhão diesel com capacidade superior a 5 toneladas e caminhão – trator para reboques e semi-reboques. Os preços dos automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência, apesar de não terem variado muito, têm impacto grande no resultado do setor, haja vista o peso do produto no cálculo. De toda forma, algumas empresas já começaram a adiantar os modelos de 2016, o que explicaria o aumento observado em maio. Por outro lado, na produção de motores diesel e semi-diesel para ônibus ou para caminhões, o aumento se deveu a o ajuste no câmbio, ainda que a variação, em maio, Não tenha sido tão elevada quanto em meses anteriores, em 2015 esta foi da ordem de 16,0%.

– Metalurgia: ao comparar os preços do setor em maio contra abril de 2015, houve, pela segunda vez no ano e de forma consecutiva, uma  variação negativa em 0,16%. Com isso o setor acumulou, nos últimos 12 meses uma variação de preços de 7,79% e no acumulado do ano, 2,49%. Como destaques na variação de preços, na comparação mês contra mês imediatamente anterior, aparecem lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono‖ com  variação  negativa, e barras, perfis ou vergalhões de alumínio‖, arames e fios de aços ao carbono e bobinas ou chapas de aços  inoxidáveis, inclusive tiras, com variação positiva. Estes dois últimos produtos e mais lingotes, blocos, tarugos  ou  placas  de  aços ao carbono aparecem  também  como destaques na influência no mês contra mês imediatamente anterior. Em termos de influência,o último produto a ser  citado é alumínio não ligado em formas brutas, com resultado negativo. Entre os 22 produtos selecionados para a pesquisa, os quatro produtos com destaque na análise de influências de maio contra o mês de abril, representam 0,35% da variação no mês 0,16%. Em relação às  principais  influências  na  análise  de acumulado no ano, todos os produtos em destaque apresentaram resultados positivos; são eles: bobinas   ou chapas de aços inoxidáveis, inclusive tiras, barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre e ligas de alumínio em formas brutas nos dois índices de comparação; arames e fios de aços ao carbono apenas no acumulado do ano e alumínio não ligado em formas brutas nos últimos 12 meses. O comportamento do setor é influenciado pela combinação dos resultados dos grupos siderúrgicos (ligado aos produtos de aço) e do grupo de materiais não ferrosos (cobre e alumínio), os quais, por sua vez, apresentam comportamentos bastante diferentes. O primeiro grupo siderúrgico é afetado pelo excedente de capacidade de aço no mundo, além do custo elevado da energia elétrica e do gás  natural;  já o segundo  grupo apresenta seus preços muito ligados às cotações das bolsas internacionais e à desvalorização do real. No setor siderúrgico os aumentos de preços nos últimos 12 meses são explicados em grande parte pelas exportações de placas, enquanto para os metais não ferrosos, as cotações internacionais têm peso decisivo. Uma informação interessante é que em dezembro de 2009, inicio da divulgação do  IPP, os produtos de materiais  não  ferrosos, 22 representavam, no cálculo do índice do setor, 23,2%, contra 76,8% dos produtos do  aço, uma  relação que demonstrava que, na metalurgia, a parte relativa ao aço tinha um peso de mais de 3 vezes em relação ao do  grupo não ferroso. Hoje, devido à dinâmica dos preços ao longo desse período, esta relação não é mais mantida.

– Outros equipamentos de transporte: em maio de 2015, os preços do setor apresentaram variação positiva de 0,40% em relação ao mês anterior. O resultado nesse indicador é muito ligado à variação da taxa de câmbio (R$/US$), tanto que, no acumulado do ano, houve uma variação de preços de 12,6% contra uma variação  cambial próxima de 16,0% e,nos últimos 12 meses, os preços do setor variaram em 26,61% contra uma variação cambial de quase 38,0%. Em maio, o setor apresentou redução de preços apenas no produto fabricação ou  manutenção  de  embarcações. Para os demais produtos, nos  três tipos de índices analisados (mês contra mês imediatamente anterior, acumulado no ano e acumulado nos últimos doze meses), houve uma variação positiva de preços.

Entenda o Índice de Preços ao Produtor (IPP)

Produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP) tem como principal objetivo medir a variação média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo no Brasil.

O IPP mensura a evolução dos preços de produtos de vinte e três setores da indústria de transformação. Cerca de mil e quatrocentas empresas são visitadas pelo IBGE para a pesquisa.

Os preços coletados ainda não apresentam a incorporação de impostos tarifas e fretes, sendo definidos apenas pelas práticas comerciais usuais. O instituto coleta, aproximadamente, cinco mil preços por mês.

Clique aqui e saiba mais sobre a inflação aferida na porta das fábricas brasileiras.

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