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Emprego na indústria brasileira recua 1,0% em Junho de 2015, na comparação com o mês anterior

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São Paulo, 19 de Agosto de 2015 – De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES) realizada mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de emprego na indústria brasileira em junho de 2015 diminuiu 1,0% frente ao patamar registrado em maio de 2015, na série livre de influências sazonais.

No mês anterior, o índice de emprego na indústria apresentou queda mensal de 1,0%. O resultado apurado em junho foi o sexto resultado negativo consecutivo do indicador, que já acumula uma perda de 4,1% em 2015.

Número de Horas Pagas

Em junho de 2015, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria decresceu 0,6% frente ao mês imediatamente anterior, após recuar 1,3% em maio, 1,1% em abril, cair 0,3% em março, permanecer estável em fevereiro e registrar ligeiro acréscimo de 0,1% em janeiro último, período que acumulou perda de 3,4%.

Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral mostrou redução de 1,1% no trimestre encerrado em junho de 2015 frente ao patamar assinalado no mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em maio de 2013.

Valor da Folha de Pagamento Real

Em junho de 2015, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente avançou 1,3% frente ao mês imediatamente anterior, após assinalar dois meses consecutivos de taxas negativas, período em que acumulou redução de 4,7%. As taxas do ano foram (-3,7%) em maio, (-0,9%) em abril, avançou ligeiramente em março (0,1%) e caiu em janeiro (-0,7%) e fevereiro (-0,6%).

Vale destacar que no índice de junho verifica-se a influência positiva do setor extrativo (31,2%), em função do pagamento de participação nos lucros e resultados em importante empresa do setor, uma vez que a indústria de transformação (-1,1%) permaneceu apontando taxas negativas pelo sexto mês seguido. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou recuo de 1,2% no trimestre encerrado em junho de 2015 frente ao patamar do mês anterior e prossegue com a trajetória descendente iniciada em fevereiro último.

Produção industrial

De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física (PIM – PF) divulgada mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção da indústria brasileira em junho de 2015 caiu 0,3% na comparação com o mês anterior, quando avançou 0,6%.

A redução de 0,3% da atividade industrial na passagem de maio para junho teve predomínio de resultados negativos, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 15 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, as principais influências negativas foram registradas por máquinas e equipamentos (-7,2%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,7%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,8%), com o primeiro assinalando o quinto recuo  consecutivo e acumulando nesse período redução de 18,8%; o segundo apontando a queda mais intensa desde junho de 2014 (-25,9%) e acumulando perda de 29,1% entre os meses de fevereiro e junho de 2015; e o último registrando o nono mês seguido de  queda na produção e acumulando nesse período recuo de 25,1%. Vale destacar que esses setores foram influenciados nesse mês por paralisações em várias unidades produtivas, por conta das reduções de jornadas de trabalho e da concessão de férias coletivas.

Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram das atividades de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,3%), de metalurgia (-2,2%), de produtos diversos (-7,2%), de produtos de borracha e de material plástico (-1,9%), de produtos de minerais não-metálicos (-1,4%) e de móveis (-3,8%).

Por outro lado, entre os nove ramos que ampliaram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi assinalado por produtos alimentícios, que avançou 3,0%, eliminando assim parte da perda de 3,3% acumulada nos meses de abril e maio últimos. Vale mencionar também os impactos positivos vindos dos setores de bebidas (3,6%), de perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (1,7%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,8%), de celulose, papel e produtos de papel (1,7%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,4%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis, ao recuar (-10,7%), e bens de capital (-3,3%) mostraram as reduções mais acentuadas em junho de 2015. Com os resultados desse mês, o primeiro segmento apontou a queda mais intensa desde junho de 2014 (-19,5%) e acumulou perda de 26,2% nos últimos nove meses de taxas negativas consecutivas; e o segundo reverteu a ligeira variação positiva (0,2%) assinalada no mês anterior quando interrompeu três meses seguidos de queda na produção, período em que acumulou redução de 12,8%. O segmento de bens intermediários (-0,2%) também registrou taxa negativa em junho de 2015 e marcou o quinto mês seguido de recuo na produção, acumulando nesse período perda de 2,1%. Por outro lado, os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis, ao avançar (1,7%), mostrou o único resultado positivo nesse mês e intensificou o ritmo de crescimento frente ao verificado em maio último (1,2%) quando interrompeu sete meses de queda, período em que acumulou perda de 8,5%.

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