O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de novembro de 2015 apresentou oscilação mensal de 1,01%. Essa taxa de variação é 0,19% maior que a valorização registrada no mês anterior (0,82%) e 0,50% maior que a aferida em novembro de 2014 (0,51%). A inflação do décimo primeiro mês de 2015 também é a maior variação mensal registrada em meses de novembro desde 2002, quando o indicador subiu 3,02%.
Com o resultado apurado em novembro, o IPCA acumulado nos onze primeiros meses de 2015 foi de 9,62%, a maior alta para um período entre os primeiros onze meses do ano desde 2002, quando a taxa foi de 10,22%.
Os grupos Transportes (1,08%) e Alimentação e Bebidas (1,83%) foram os grandes destaques de variação do IPCA em novembro de 2015: Os transportes com disparos nos preços do etanol, gasolina, óleo diesel e tarifas de ônibus urbano, e Alimentação e Bebidas com a maior taxa e impacto da composição desta.
O preço do litro da gasolina ficou 3,21% mais caro para o consumidor, e considerando outubro e novembro, a alta foi de 8,42% nas bombas. Em relação à alta acumulada neste ano, os preços subiram 18,61%, indo dos 10,40% registrados em Campo Grande até os 24,35% de Recife.
O preço do litro do etanol subiram 9,31%. A alta chegou a 26,10% no ano, com a menor variação em Fortaleza, 12,71%, e a maior, 33,14%, em Curitiba. Quanto ao óleo diesel, os preços aumentaram 1,76%.
A primeira colocação na relação dos principais impactos gerados sobre a variação do IPCA no décimo primeiro mês do ano foi ocupada pelo grupo Alimentação e Bebidas, que havia subido em outubro de 2015 uma variação de 0,77% e em novembro 1,83%.
Nos alimentos, grupo que detém 25% de peso no índice, sobressaem os produtos adquiridos para consumo em casa, cuja alta chegou a 2,46%. Consumidos fora de casa, a alta da alimentação foi de 0,70%, com destaque para Porto Alegre, com 1,98%; Salvador, com 1,64%; e Fortaleza, com 1,30%. Os produtos que, de outubro para novembro, apresentaram fortes aumentos, destacando-se a batata-inglesa (27,46%), tomate (24,65%), açúcar cristal (15,11%) e refinado (13,15%).
Com aumento nas contas de energia (0,98%), o grupo Habitação ficou com 0,76% de variação, aliando-se, ainda, os seguintes itens: Artigos de limpeza (1,50%), condomínio (1,35%), botijão de gás (0,81%), mão de obra (0,55%), aluguel residencial (0,43%), e taxa de água e esgoto (0,40%).
As variações dos outros grupos que compuseram o IPCA de novembro de 2015 foram: Vestuário (0,79%), Artigos de residência (0,31%); Educação (0,22%); e Comunicação (1,03%), Despesas pessoais (0,52%) e Saúde e cuidados pessoais (0,64%). Considerando os demais grupos de produtos e serviços pesquisados, os destaques ficaram com os seguintes itens: excursão (2,70%), plano de saúde (1,06%), empregado doméstico (1,03%), telefone fixo (0,86%) e celular (0,50%). Considerando os estes grupos de produtos e serviços pesquisados, os destaques ficaram com os seguintes itens: telefonia celular (2,13%) e fixa (1,00%), artigos de higiene pessoal (1,22%), roupas infantis (1,19%) e femininas (1,17%), plano de saúde (1,06%), cabeleireiro (0,70%) e empregado doméstico (0,45%).
Dentre as treze regiões metropolitanas pesquisadas para elaboração do indicador, dez registraram aceleração da variação mensal.
Dentre os índices regionais, o maior ficou com Goiânia (1,44%) e o menor índice foi registrado em Brasília (0,66%).
O IPCA é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 1980 e se refere às famílias com rendimento monetário mensal de 01 (um) a 40 (quarenta) salários mínimos.
A coleta de preços é realizada em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios e concessionárias de serviços públicos, abrangendo as 13 (treze) principais regiões metropolitanas do país: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Vitória e Porto Alegre, Brasília, Goiânia e Campo Grande.
Para cálculo do IPCA em novembro de 2015 foram comparados os preços coletados no período de 30 de outubro a 27 de novembro de 2015.
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