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BTG Pactual: América Latina tem “tempestade perfeita” no setor de energia

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Na avaliação do BTG Pactual, a América Latina enfrenta uma “tempestade perfeita” no segmento de energia. Segundo relatório do banco de investimentos, o setor local tem sido impactado pelo ciclo de baixa das commodities no mercado externo, além da alta alavancagem das companhias, em sua maioria estatais.

Para os analistas, com o atual valor do petróleo, 2015 foi um ano perdido para a Petrobras (BOV:PETR3 e BOV;PETR4). O texto aponta que a estatal brasileira poderia ter vendido campos produtivos de petróleo, quando os preços da commodity estavam em alta, o que não aconteceu, e poderia ter privatizado subsidiárias inteiras, o que também não ocorreu. Na visão deles, pressões internas, externas e políticas estão superando uma agenda de reformas muito necessária para a estatal. O BTG projeta preço-alvo de US$ 3 (R$12,12) para as ações da Petrobras negociadas nos Estados Unidos, os chamados ADR (American Depositary Receipts), ante US$ 5,50 (R$ 22,22). Cada ADR corresponde a duas ações da empresa.

Entre as grandes companhias, a única indicação de “compra” do BTG na região fica com a petroleira argentina YPF, puxada para cima por seus preços internos acima da paridade internacional. Com seu campo de gás de Manati, na Bahia, a brasileira Queiroz Galvão Exploração e Produção conseguiu manter sua recomendação de “compra”, assim como as considerações sobre a colombiana Canacol, que foi mantida para “compra” por sua exposição de gás relevante.

O documento cita ainda os papéis da Ultrapar (BOV:UGPA3), que têm sofrido com muitas vendas nos últimos meses. De acordo com eles, a empresa acompanhou parte do sentimento geral do mercado de recuo, mas também sofreu com questões sobre suas concessões de distribuição de combustível, que levantam preocupações sobre quão rápido o patrimônio líquido da empresa pode crescer de forma recorrente. Em contrapartida, a Braskem teve um excelente 2015, superando as preocupações sobre investigações da Lava Jato. O BTG manteve indicação de “neutro” para ambas as companhias.

Assinam o relatório os analistas Antonio Junqueira, Julia Ozenda e Andres Cardona.

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