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Ibovespa abre ano em queda e volta aos 42 mil pontos; China derruba bolsas; dólar vai a R$ 4,03

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Em meio a um início de ano já complicado no exterior, com preocupações com a economia chinesa provocando forte aversão ao risco e saída de investidores de ações e moedas de países emergentes, às 11h50, o Índice Bovespa caía 1,74%, para 42.595 pontos, depois de ter perdido mais de 2% mais cedo. Enquanto as bolsas chinesas marcaram perdas de até 7% no primeiro pregão de 2016, as ações da Vale e dos bancos recuavam até 3% no Brasil.  O Ibovespa está na pontuação mais baixa desde 1º de abril de 2009, quando atingiu 41.976 pontos no fechamento, ainda na ressaca da grande crise de 2008 nos Estados Unidos.

Com os mercados chineses, os papéis ordinárias (ON, com voto) e preferenciais da série A (PNA, sem voto) da mineradora brasileira caíam 2,69% e 3,02%, respectivamente. Entre as instituições financeiras, Itaú Unibanco PN, papel de maior peso no índice, marcava queda de 2,07%, seguido por Bradesco PN, 1,40%, Banco do Brasil ON 1,76%, e pelas units (recibos de ações) do Santander, 3,58%. Com o segundo maior peso no indicador, Ambev ON também caía 2,46%, num dia de queima de posições.

Por aqui, os investidores repercutiam as projeções do Boletim Focus, do Banco Central (BC), que aponta uma estimativa do mercado de encolhimento da economia brasileira de 2,95% este ano. Além disso, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) teve variação de 0,88% na última medição de dezembro, acumulando alta de 10,53% no período entre janeiro e dezembro de 2015.

Altas e baixas do Ibovespa

Na ponta negativa, as piores baixas do Ibovespa eram de Localiza ON, 5,20%, Usiminas PNA, 5,16%, Cyrela ON, 4,20%, e Copel PNB, 4,16%. Na contramão, apenas três empresas do Ibovespa avançavam: Petrobras se beneficiava da valorização do petróleo no mercado internacional. As ações ON da petroleira subiam 1,98%, assim como as PN, que tinham avanços de 1,94%. Finalmente, Natura ON registrava ganhos de 0,43%.

Nova carteira teórica do Ibovespa: entra Weg, saem BR Properties, Gol e Eletrobras

A partir de hoje e até o dia 29 de abril, a BM&FBovespa trabalhará com uma nova carteira teórica do Índice Bovespa, com base no fechamento do pregão de 30 de dezembro de 2015. A bolsa brasileira registra a entrada dos papéis ordinários (ON, com voto) da Weg no indicador, totalizando 61 ativos de 58 companhias. Saíram do indicador as ações ON da BR Properties e da Eletrobras e a PN (preferencial sem voto), da Gol.

China perde 7% e tem negócios interrompidos

No dia em que a China divulgou seu 10º mês seguido de baixa na atividade industrial do país, os principais índices acionários locais tiveram fortes recuos. O CSI 300, que concentra ações dos indicadores de Xangai e Shenzhen, caiu 7,02%. Por conta da forte desvalorização dos ativos, os índices sofreram duas interrupções dos negócios, de acordo com o novo mecanismo local para evitar volatilidade.

EUA e Europa caem com Ásia; petróleo sobe mais de 1%

Pressionados pelas quedas na Ásia, os principais mercados internacionais também recuavam. No mercado futuro americano, o Dow Jones perdia 1,75%, assim como o S&P 500, 1,72%, e o índice da Nasdaq, 2,03%. No mesmo sentido, o Stoxx 50, das 50 ações mais líquidas da zona do euro, tinha baixa de 3,13%, com o britânico Financial Times, 2,39%, o alemão DAX, 4,15%, e o francês CAC, 2,66%.

Já no mercado de commodities, o petróleo WTI, negociado em Nova York, abriu o ano em alta, com avanços de 0,81%, para US$ 37,34, acompanhado pelo barril do tipo Brent, de Londres, que ganhava 1,42%, para US$ 37,81. O preço do produto refletia a decisão da Arábia Saudita de cortar relações diplomáticas com o Irã, após a execução de um líder religioso xiita.

Juros seguem estáveis; dólar atinge R$ 4,03

As taxas de juros futuros começaram 2016 praticamente estáveis. As projeções para 2017 permaneciam em 15,87% ao ano. As taxas para 2018, por sua vez, subiam de 16,61% para 16,64%. Por fim, 2021 tinha taxas de 16,65%, contra projeção anterior de 16,62%. O dólar comercial acompanhou o nervosismo dos mercados externos e tinha ganhos de 1,97% no Brasil, vendido a R$ 4,03, ao passo que o dólar turismo continuava sendo vendido a R$ 4,16.

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