As altas temperaturas que vem assolando o verão brasileiro nestes primeiros dias de 2016 não poupou nem o principal índice da bolsa de valores brasileira. Ao longo da primeira semana do ano, o Ibovespa perdeu 6,32% de seu valor, fechando cotado em 40.612,21 pontos – o menor patamar desde 20 de Março de 2009, quando o índice fechou em 40.076,41. Será o Ibovespa em busca do patamar de 31.000 pontos alcançado no pior momento da crise imobiliária norte-americana, que contaminou todo o mundo naquele ano?
Se é uma crise mundial, não sabemos. O que sabemos por hora é que toda essa ebulição no mercado de ações está vindo da China, cujas bolsas de valores derreteram nessa semana. Em dois dias, as autoridades financeiras do país tiveram que acionar o mecanismo de proteção de ativos (circuit breaker), interrompendo as negociações naquele dia. Foi o mercado reagindo desesperadamente aos fraquíssimos sinais de enfraquecimento da segunda maior economia mundial. Tivemos também testes nucleares na Coréia do Norte e os preços do barril de petróleo atingindo o preço mínimo de negociação dos últimos onze anos e meio.
Com a China indo mal (traduzindo, com uma perspectiva de diminuição de venda de commodities para a China) e com o preço do petróleo lá em baixo, era de se esperar que as ações da Vale (VALE3 e VALE5) e da Petrobras (PETR3 e PETR4) despencassem. E foi o que aconteceu: as ações mineradora perderam cerca de 16% de seu valor nos últimos quatro pregões, e as da gigante brasileira do petróleo caíram ao menor nível desde maio de 2004 na quinta-feira. A queda das duas principais ações do Mercado Bovespa acabou puxando as demais para baixo. O desânimo foi geral…
Variação diária do Ibovespa a primeira semana de 2016
Data | Cotação | Variação | Variação % | Mínimo | Máximo | Volume |
08/01/16 | 40.612,21 | -82,51 | -0,20% | 40.463,49 | 41.217,81 | 3.321.157 |
07/01/16 | 40.694,72 | -1.078,42 | -2,58% | 40.694,72 | 41.772,15 | 4.156.976 |
06/01/16 | 41.773,14 | -646,18 | -1,52% | 41.589,97 | 42.409,95 | 4.057.569 |
05/01/16 | 42.419,32 | 278,28 | 0,66% | 42.137,26 | 42.533,62 | 2.636.262 |
04/01/16 | 42.141,04 | -1.208,92 | -2,79% | 42.125,02 | 43.348,91 | 3.068.284 |
O dia a dia do Ibovespa a primeira semana de 2016
Segunda-Feira, 04 de Janeiro de 2016 – Ibovespa recua 2,79% no primeiro pregão de 2016 e atinge o menor patamar desde Abril de 2009
O principal índice de ações da BM&FBovespa iniciou 2016 em forte queda, ampliando as perdas do ano passado. O Ibovespa recuou 2,79 por cento, cotado a 42.141 pontos, atingindo o menor patamar desde primeiro de abril de 2009, no auge da crise imobiliária norte-americana. O giro financeiro do pregão desta segunda-feira foi de 5,16 bilhões de reais.
O forte recuo do Ibovespa refletiu a maior aversão dos investidores ao risco, após a divulgação de dados fracos sobre a indústria chinesa em dezembro, que elevaram os temores sobre mais uma onda de desaceleração da economia mundial. Também pesou sobre a falta de apetite dos investidores ao risco a elevação do clima de tensão entre a Arábia Saudita e o Irã.
Terça-Feira, 05 de Janeiro de 2016 – Com alta das ações do setor bancário, Ibovespa recupera parte das perdas da véspera
Após quatro quedas consecutivas, o Ibovespa – principal índice de ações da bolsa de valores brasileira – encerrou o pregão desta terça-feira (05 de Janeiro de 2016) com alta de 0,66%, cotado a 42.419,32 pontos. O avanço de hoje foi considerado um movimento de correção após as fortes perdas registradas na véspera, quando o índice caiu 2,79% e atingiu o menor nível desde 01 de Abril de 2009.
As ações dos grandes bancos brasileiros, que possuem grande peso na composição do Ibovespa, ajudaram a puxar a alta do índice. O Itaú Unibanco (ITUB4) fechou com avanço de 0,84%, a R$ 25,34. Os papéis do Bradesco (BBDC4) subiram 0,37%, a R$ 19,05. Já as ações do Banco do Brasil (BBAS3) avançaram 0,35%, a R$ 14,29. Nos dois primeiros pregões de 2016, o Ibovespa acumula uma desvalorização de 2,15%.
Quarta-Feira, 06 de Janeiro de 2016 – Vale e Petrobras derrubam o Ibovespa, que atinge menor nível desde Março de 2009
O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo encerrou esta quarta-feira, 06 de Janeiro de 2006, com desvalorização de 1,52%, cotado a 41.773,14 pontos. Esse é o menor nível de fechamento desde 31 de março de 2009, quando a Ibovespa encerrou o pregão cotado em 40.925,87 pontos.
A forte desvalorização registrada no terceiro pregão de 2016 foi puxada, principalmente, pelo desempenho pífio das ações da Vale e da Petrobras, que exercem grande peso sobre o índice.
Quinta-Feira, 07 de Janeiro de 2016 – Novo circuit break na China sacode o mercado global e Ibovespa volta a atingir mínima dos últimos sete anos
A turbulência nas bolsas de valores chinesas parece não ter fim. No quarto pregão do ano, um novo circuit break foi acionado, interrompendo a negociação de ações nos principais mercados da China por quase todo dia. Isso contaminou o mercado financeiro mundial, fazendo despencar preços de commodities (petróleo, em especial), moedas e ações. Por aqui, o Ibovespa não ficou imune, sendo arrastado pelas ações da Vale e da Petrobras para o menor patamar desde 30 de março de 2009, quando fechou cotado aos 40.653,13 pontos.
O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo encerrou esta quinta-feira, 07 de Janeiro de 2006, com desvalorização de 2,58%, cotado a 40.694,72 pontos.
Sexta-Feira, 08 de Janeiro de 2016 – Ibovespa perde 0,2% em dia de pregão instável
O Ibovespa encerrou o dia em queda após um pregão bastante instável nesta sexta-feira. Pela manhã, o tom positivo prevaleceu após as bolsas de valores chinesas terem voltado a subir e a queda nos preços das commotidies ter dado uma trégua. Mas os investidores permaneciam bem cautelosos, diante das incertezas ainda presentes sobre a a China, e do cenário econômico no Brasil.
O principal índice de ações da Bovespa, caiu 0,20%, fechando a primeira semana de 2016 cotado em 40.612,21 pontos e renovando o seu menor patamar desde 2009. No acumulado da primeira semana do ano, a queda foi de 6,31%.