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Dólar não deve cair muito mais e momento pode ser de compra, diz especialista

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Os mercados financeiros brasileiros não estão seguindo fundamentos, mas sim um “rally de impeachment”, que começou na quinta-feira com as denúncias da suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e continuou na sexta-feira com a operação da Polícia Federal na casa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A avaliação é José Raymundo de Faria Júnior, diretor da Wagner Investimentos. Especialista em câmbio, Faria Júnior acredita que o dólar não tem muito mais espaço para cair e o momento pode ser bom para compra. Já a bolsa pode ir um pouco mais para cima pelos ajustes de posições dos especuladores.

Ele avalia que, apesar de a condução coerciva de Lula não significar a condenação do petista, o evento se tornou um fato político e vai dar mais fôlego às manifestações contra o governo marcadas para este mês. “As manifestações vão ‘bombar’, na sexta-feira soltaram fogos na Faria Lima (avenida que se tornou novo centro financeiro de São Paulo) e é uma questão de tempo para a presidente Dilma (Rousseff) cair”, afirma Faria Junior. “O PT está com raiva da Dilma porque ela ‘deixou pegarem o Lula’ e não vai apoiar mais nada de ajustes ou reformas, enquanto o PSDB, sem uma movimentação dos petistas, não vai votar nada, o que paralisará de vez o governo”, avalia. “Pode demorar um pouco mais para ela sair, mas é uma questão política, a presidente não tem mais suporte depois desses casos do Delcídio e do Lula.”

Analisando o comportamento dos ativos pelos gráficos, ele diz que o Índice Bovespa iniciou uma tendência de alta que pode levar o índice a subir mais 10%. “Os vendidos (que apostavam na baixa das ações) tiveram de comprar para cobrir posições e agora devem ficar comprados diante do novo cenário, e por isso o mercado vai subir ainda um pouco mais”, afirma.

Já o dólar não tem muito espaço para cair e está em um ponto bom para quem precisa ou quer comprar. “Temos muitos fatores que vão impedir uma queda maior da moeda americana, como o cenário externo, o risco Brasil, o grande volume de swaps cambiais que o Banco Central vai ter de recomprar e a Argentina”, explica Faria Junior. Os argentinos desvalorizaram o peso e, como 8% de tudo que o Brasil exporta vai para lá, o real não pode se valorizar muito.

Ele espera que, depois dos movimentos políticos, os mercados brasileiros voltem a reagir também aos mercados internacionais. “Serão dois motores ligados, o político local e o externo, puxando o mercado para direções nem sempre semelhantes”, diz.

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