A atual geração de crianças e jovens nasceu e cresceu num cenário de economia e consumo aquecidos no Brasil. É uma geração que nunca viu crise. Observo ao percorrer as escolas e em meus cursos que elas estão desejosas de entender o que está se passando no país e nas famílias, tanto do ponto de vista econômico como do ponto de vista ético.
As crianças são esponjinhas do entorno em que vivem. Agora, mais do que nunca, se faz necessário o trabalho de educação financeira, não apenas técnico, mas também comportamental.
Se você pergunta a uma mãe ou um pai qual é o maior desejo dela ou dele em relação ao assunto filhos e o dinheiro, a resposta mais frequente é: eu gostaria que meu filho soubesse qual é o valor do dinheiro.
E qual é o valor do dinheiro? O que este pai ou esta mãe está querendo dizer com isso?
Provavelmente ele ou ela gostaria que seu filho entendesse o esforço que existe por trás do dinheiro ou patrimônio que a família está construindo. O quanto este pai ou esta mãe trabalharam para conquistar o padrão financeiro familiar.
Ou talvez, ao dizer, “eu gostaria que meu filho soubesse o valor do dinheiro”, esteja se referindo ao entendimento de que o dinheiro é um recurso finito, limitado, sujeito a ciclicidades e revezes e que seu desejo é que seu filho saiba enfrentar momentos bons ou ruins em sua vida financeira.
Uma outra hipótese é que este pai deseje que seu filho saiba lidar com o dinheiro de forma ética, honesta responsável e equilibrada.
Portanto, não se está falando de indexação ou matemática financeira. Mas sim o valor do dinheiro que está profundamente relacionado aos valores ou princípios que eu quero passar ao meu filho. Por isso, todo material que escrevi é fundamentado na educação financeira por valores morais e no trabalho comportamental.
Precisamos ensiná-los a diferenciar entre necessidade e desejo, a priorizar, a fazer planejamento, saber esperar e privilegiar o poupar a fazer dívidas. Trabalhar conceitos e valores como a gratidão, a importância do trabalho, o saber esperar e poupar, a generosidade, honestidade e o consumo consciente. Assim, podemos impactá-los a se tornarem adultos felizes, equilibrados e com sucesso financeiro.
Ana Paula Hornos é empresária, educadora, consultora, palestrante e escritora. Graduada em Engenharia Química pela Universidade de São Paulo (USP), possui MBA em Finanças pelo Insper e especialização pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo International Institute for Management Development (IMD) na Suíça. Na Argentina, trabalhou como consultora em gestão estratégica e foi professora convidada no MBA da Universidade Belgrano. Ela também é autora do material didático escolar O Bê a Bá do Dinheiro (Scortecci, 2014) para educação financeira de crianças e adolescentes e do livro infanto-juvenil Crise Financeira na Floresta, pela mesma editora.
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