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Panorama semanal - 18 a 22 de abril

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O desenrolar do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff ocupou o noticiário e guiou o mercado. Após a decisão da Câmara, no domingo, de aprovar a continuidade do trâmite, agora a decisão vai para o Senado e, enquanto não há um desfecho, as expectativas giram em torno de quem fará parte da equipe do ministério num eventual governo do vice-presidente, Michel Temer.

Temer tem se encontrado com economistas notáveis num suposto intuito de reconquistar a confiança do mercado e ter apoio da base parlamentar para apoiar seu programa de governo com medidas para impulsionar a economia. Na quinta-feira, o vice assumiu como presidente em exercício, enquanto Dilma viajava para Nova York, para participar de uma conferência da ONU sobre mudanças climáticas. É esperado que, durante a cerimônia, a ser realizada nesta sexta-feira, Dilma denuncie o que chama de “golpe parlamentar”.

A eleição da comissão especial do impeachment, que será realizada no Senado, terá 21 senadores titulares. As indicações dos partidos serão entregues até a próxima segunda-feira. A comissão terá prazo de até dez dias para apresentar seu parecer, decisão informada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros. O prazo estipulado, no entanto, gerou polêmica. Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, reclamou que adiar a eleição para a semana que vem poderá causar “muitos prejuízos ao país”.

Foi adiado também, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o julgamento sobre a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro da Casa Civil. O STF fechou o roteiro do impeachment, que seguirá as mesmas etapas do processo do ex-presidente Fernando Collor.

No âmbito da operação Lava Jato, o ministro Teori Zavascki, do STF, incluiu Lula, Dilma e Temer no inquérito, com base em citação de trechos da delação premiada do senador Delcídio do Amaral. A inclusão, porém, não faz com que eles sejam investigados. Servirá para adicionar informações ao inquérito.

No cenário macroeconômico, os principais destaques foram pessimistas. O número de desempregados no país ficou em 10,2% no trimestre encerrado em fevereiro – representando o maior índice da série, iniciada em 2012, segundo o IBGE.

Já a arrecadação federal recuou, na esteira da recessão, e caiu 6,96% em março, o pior resultado desde 2010. No acumulado deste ano, a soma está em R$ 313 bilhões.

A insatisfação com a situação financeira e com as margens de lucro também bateu recorde, de acordo com sondagem da Conferência Nacional das Indústrias (CNI) com empresários.

Por outro lado, o saldo negativo das contas externas do país caiu de US$ 5,759 bilhões para US$ 855 milhões este mês, conforme divulgou o Banco Central.

No mercado de ações, enquanto esperavam definições do rumo político nacional, os investidores operaram de forma mais cautelosa esta semana, e a bolsa fechou o pregão de quarta com leve queda, de 0,15%, aos 53.631 pontos, após o rali registrado na semana passada.

Já o dólar avançou na quarta-feira, impulsionado pela intervenção de compra da moeda americana pelo Banco Central (BC), e fechou cotado a R$ 3,51, com avanço de 0,12%.

Lá fora, as notícias mais impactantes vieram da China e do Kuwait. O governo chinês anunciou que adotará medidas para aumentar as exportações, como redução de impostos e estímulo ao crédito. Já no Kuwait, por conta de uma greve dos trabalhadores da indústria petrolífera, que praticamente reduziu à metade a produção do óleo no país, os preços subiram com força, valorizando ações ligadas à commodity.

Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal da Órama.

*Dados atualizados até 22 de abril às 09:18.

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