Os dados da primeira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos para o primeiro trimestre do ano decepcionaram e apresentaram um crescimento anualizado de apenas 0,5%. O número vem ligeiramente abaixo da mediana das expectativas do mercado, que previa alta de 0,7%.
O resultado mostra uma desaceleração mais forte da atividade americana no período e representa o menor crescimento trimestral registrado em dois anos. Com isso, o crescimento anual no primeiro trimestre foi de 2%, após crescimento de 2,4% em 2015. Para 2016, a consultoria MCM projeta um crescimento do PIB de 1,8%.
Os investimentos pesaram na conta e tiveram a maior contribuição negativa para o resultado total. O investimento privado bruto teve queda de 3,5% trimestral anualizado, resultado puxado principalmente pelos investimentos não residenciais (-5,9%), com quedas tanto de estruturas (-10,7%), como de equipamentos (-8,6%).
Exportações
A fraca demanda externa segue sendo um grande problema para a economia americana. As exportações tiveram queda de 2,6%, enquanto as importações apresentaram ligeiro crescimento anualizado de 0,2%.
Famílias
Já o consumo das famílias, principal motor do crescimento da economia, também começou a dar sinais de desaceleração no início do ano. O aumento neste trimestre foi de 1,9% anualizado, acima da expectativa do mercado de 1,7%.
Salvação e cautela
Um dos fatores ajudaram a segurar uma maior desaceleração da atividade foi o aumento nos gastos do governo, com alta de 1,2%. A desaceleração registrada no crescimento do primeiro trimestre aumenta a cautela sobre a economia americana dado que dessa vez não observamos efeitos de um inverno mais rigoroso e uma forte valorização do dólar, como ocorreram ano passado. Os dados mais fracos na absorção doméstica, apesar do aquecimento do mercado de trabalho e confiança em alta, colocam dúvidas sobre o crescimento no médio prazo.
Segundo análise da MCM, os investimentos devem se recuperar relativamente com a retomada do preço do petróleo, mas o quadro de demanda externa fraca deve continuar impactando negativamente a indústria americana. “Estes resultados contribuem ainda mais para uma abordagem mais cautelosa do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) na condução do ciclo de alta dos juros”, aponta relatório da consultoria.
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