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CS indica “compra” de ação da CPFL; para BTG Pactual, State Grid vira consolidadora do setor

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O Credit Suisse acredita que a oferta feita pela State Grid pela participação da Camargo Corrêa na CPFL seja estendida para todos os demais acionistas da empresa brasileira de energia, dentro da regra de “tag along”, e por isso subiu o preço-alvo da companhia para R$ 25, mesmo valor oferecido pela estatal chinesa. A Camargo Corrêa anunciou ontem que fechou a venda de sua parte de 23,6% do capital da CPFL por R$ 5,850 bilhões, equivalentes a R$ 25 por ação, para a State Grid, que agora fará a mesma oferta para os demais acionistas do bloco de controle.

Com isso, o CS reajustou o preço-alvo dos papéis da CPFL de R$ 18,54 para R$ 25, reforçando a indicação de “compra”. O BTG Pactual, por sua vez, vê a ação da empresa como “neutra” e indica preço-alvo de R$ 17 para os próximos 12 meses, diante do risco de o tag along não se realizar.

Além da Camargo Corrêa, fazem parte do bloco de controle da CPFL Energia a Previ, dos funcionários do BB, com 29,4% da empresa e a Bonaire Participações (Funcesp, Petros, Sistel e Sabesprev) outros 15,1%. Se todos aceitarem, a State Grid passaria a ter mais de 50% do bloco de controle da empresa, o que levaria a uma oferta pública de compra das ações dos demais minoritários.

Se os direitos de tag along do bloco de controle e das minorias forem exercidos, com a compra do restante dos papéis também por R$ 25, o valor total do negócio poderá somar R$ 39,5 bilhões.

Na avaliação da instituição suíça, embora este tenha sido o primeiro movimento dos chineses em uma empresa de capital aberto, ele já mostra as quatro características principais da estratégia da State Grid: concessões de longo prazo, riscos operacionais mais baixos do que a média, ganho de escala considerável e uma parceria adequada com parceiros locais.

Para eles, a compra mostra ainda que as empresas têm sido “muito seletivas nas buscas de estabelecer uma presença no mercado brasileiro para, em seguida, expandir-se com ofertas maiores”, diz trecho de relatório enviado ontem aos clientes do banco. A State Grid e sua empresa do setor de energia parceira, a China Three Gorges (Três Gargantas, responsável pela maior hidrelétrica do mundo em capacidade instalada), tornaram-se bastante ativas no mercado brasileiro de energia desde 2010, segundo o CS.

Tag along a depender das fundações

O BTG acredita, porém, que é preciso confirmar que os demais controladores aceitarão a proposta da State Grid antes de contar com o tag along para os minoritários da CPFL. Caso Previ e a Bonaire aceitem, a State Grid assumirá mais de 50% do bloco de controle da empresa, e o banco supõe que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) interpretará isso como uma mudança de controle.

Como implicações do novo negócio, o BTG cita o reforço da relação entre risco e retorno do setor, alteração do campo de jogo, uma vez que a compradora chinesa pode tomar uma postura mais agressiva como consolidadora do setor, e, para os investidores minoritários, uma saída potencial de uma das empresas mais fortes do setor, o que poderia melhorar as avaliações de outros nomes do segmento.

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