Até o dia 15 deste mês, a mediana do retorno em dividendos pago aos acionistas no Brasil somou 1,11% no ano, na comparação com o mesmo período de 2015, segundo levantamento da Economática. O retorno é o pior desde o início da série histórica em 1995.
Na mesma análise sobre as ações dos Estados Unidos, a Economática verificou que as companhias brasileiras sempre entregaram rendimentos melhores que as americanas com pagamento de dividendos, tirando os anos de 1995 e 2016. Para o cálculo da mediana do dividend yield (quanto do lucro distribuído representa em relação ao preço pago no papel), a empresa de dados considerou todas as ações presentes em cada um dos anos analisados.
Em 1995, após o início do Plano Real no Brasil, as empresas locais somaram 1,63% de dividend yield, contra 2,73% das americanas. Este ano, mais uma vez, as estrangeiras saíram na frente, com rendimentos de 1,29%, ante 1,11% das companhias brasileiras.
Ibovespa x S&P 500
Já na amostra que compara as ações dos índices que distribuíram dividendos ou juros sobre capital próprio (JCP) nos dois países de 2011 a 2015 e nos últimos 12 meses, até 15 de julho de 2016, a lista dos 20 papéis com melhor mediana de dividend yield foi puxada pelo Brasil.
Na análise entre o Índice Bovespa e o americano S&P 500, o primeiro lugar do ranking ficou com as ações preferenciais (PN, sem voto) da Cemig, com retorno mediano de 10,15%, seguida pela americana Frontier Communications, 8,19%, Telefônica PN, 8,10%, pelos papéis ordinários (ON, com voto) do Banco do Brasil, 6,83%, e pela estrangeira Centurylink, 6,55%.
Acompanhe as melhores medianas em dividendos entre a carteira teórica do Ibovespa e o S&P 500*:
*de 2011 até 15 de julho deste ano.
Fonte: Economática