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Mercado do petróleo: início de agosto apresenta instabilidade

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Após fechar em alta na quinta-feira passada, dia 04 de agosto, os contratos de petróleo no Mercado Futuro apresentaram baixa na sexta-feira, dia 05. Além da alta volatilidade apresentada pelo mercado nos últimos dias, o motivo principal para essa mudança é a preocupação com o excesso de oferta do produto.

Na primeira semana de agosto, o valor da commodity chegou ao chamado “bear market”. O termo é usado no mercado quando há queda igual ou superior a 20% frente a uma alta recente. Nos Estados Unidos, por exemplo, a cotação do barril chegou ao menor preço dos últimos três meses, abaixo de US$ 40.

Na última quarta-feira, 03 de agosto, foi divulgada baixa nas reservas de gasolina norte-americanas pegando muitos de surpresa. Contudo, essa queda ajudou a amenizar o receio de que o excesso de estoque poderia pressionar os preços da commodity.

Para os próximos dias, a perspectiva é de que os interessados em investir na Bolsa de Valores tenham mais claridade sobre o desempenho do mercado de petróleo. Um fator que já vem influenciando a cotação do produto é a divulgação de dados sobre as importações feitas pelo governo da China.

Segundo os dados da balança comercial da China, nos sete meses deste ano as importações de petróleo, minério de ferro e cobre do gigante asiático aumentaram ante ao mesmo período de 2015. O forte crescimento das importações chinesas em 2016 é justificado devido à baixa dos preços e ao crescimento da demanda proveniente de refinarias independentes.

No último mês de julho, as importações de petróleo bruto do país asiático subiram 1,2%, chegando a mais de 31 milhões de toneladas ou 7,3 milhões de barris diários. A compra de minério de ferro apresentou alta de 2,7%, correspondendo a 88,4 milhões de toneladas do produto. O cobre adquirido pela China, por sua vez, somou 360 mil toneladas, um aumento de 2,9%.

No primeiro semestre de 2016, a China importou mais 12% de petróleo bruto em comparação ao mesmo período do ano passado. A quantidade de minério de ferro importada pelos chineses teve ganho de 8,1% e o cobre registrou elevação de 19,5% nesse comparativo.

As informações divulgadas também indicaram que os chineses exportaram 250 mil toneladas de óleo bruto no mês de julho, correspondendo a uma queda de 24% em relação ao mesmo mês em 2015. Contudo, a exportação de produtos refinados registrou aumento de mais de 50%, chegando a totalizar cerca de 4,5 milhões de toneladas.

Hoje, 10 de agosto, os contratos futuros de petróleo apresentaram queda provocada principalmente pelo anúncio do American Petroleum Institute (API). Os dados do órgão indicaram um aumento de  2 milhões de barris no volume de petróleo bruto em estoque nos Estados Unidos. Contudo, o API indicou baixa nas reservas de gasolina, correspondendo a 4 milhões de barris.

Pressionadas pela queda dos preços da commodity, as principais bolsas europeias apresentam operação em tendência de baixa. Os contratos futuros em Nova York, por sua vez, demonstram oscilação próxima de estabilidade. As bolsas do mercado asiático finalizaram a operação sem direção única, pois mantém-se a expectativa de que em breve haja divulgação de uma nova série de indicadores econômicos pelo governo da China.

Todavia, permanece a expectativa do mercado de que, daqui para frente, haja redução da oferta e aumento da demanda. Com isso, espera-se que, no curto prazo, o preço do petróleo se estabeleça acima de US$ 40 e que até o fim do ano esse valor chegue próximo dos US$ 50 por barril.

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