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Pesquisa mostra desconhecimento da previdência mesmo em RH e sindicatos

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Uma pesquisa da consultoria TNS Global sobre o grau de conhecimento da previdência junto aos departamentos financeiros e de recursos humanos de empresas e sindicatos mostrou que é apenas o grande público que ignora o funcionamento dos sistemas públicos e privados. Segundo o estudo, divulgado durante o 37º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, apenas 63% dos funcionários de empresas do setor privado da área de RH disseram conhecer bem ou muito bem o regime geral de previdência do país, percentual que cai para 42% nos sindicatos.

Quando se trata de previdência complementar, os que conhecem bem ou muito bem nas empresas são apenas 46% e, nos sindicatos, menos ainda, 20%. Já os fundos fechados são conhecidos por 19% nas empresas e 14% nos sindicatos. A pesquisa ouviu 176 empresas e 122 sindicatos em 2015 e 2016.

Os números mostram o desafio de tornar a previdência complementar conhecida do cidadão, do empresário e do sindicalista, afirma José Ribeiro Pena Neto, da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). “A pesquisa foi feita com profissionais de RH e de áreas financeiras de empresas médias, que faturam até R$ 500 milhões por ano, bem como sindicatos, públicos que deveriam conhecer mais do assunto”, diz o executivo, reconhecendo que não só a previdência complementar ainda é pouco conhecida, como até a oficial.

Para Pena Neto, a previdência fechada precisa ampliar seu número de afiliados se não quiser fechar, atuando em segmentos onde ainda não está presente. Ao mesmo tempo, o país precisa desenvolver os fundos de previdência para ampliar a poupança e para a própria sociedade brasileira.

Pontos para ampliar previdência privada

A Abrapp fez um rascunho de plano de fomento à poupança previdenciária, que vai além dos fundos de pensão. A entidade cita cinco vetores para isso. O primeiro é desenvolver a estrutura e a regulação da previdência complementar. “A legislação pode ser melhorada, é onde temos concentrado nossos esforços recentemente”, diz Pena Neto. Outro vetor é repensar o modelo previdenciário, para ajustá-lo ao novo trabalhador.

É preciso também investir pesado em comunicação e educação financeira e, finalmente, em novos tipos de fundos. “As novas gerações não têm as mesmas necessidades do passado, o jovem que está entrando no mercado tem outra cabeça”, explica Pena Neto. “E as empresas que patrocinaram planos no passado hoje têm outros planos, não querem correr riscos fora do negócio, incluindo o da previdência dos funcionários”, diz. Por isso, é preciso mudar o modelo para oferecer a esses jovens e empresas novas alternativas.

Pena Neto diz que a entidade está preocupada com a reforma da previdência proposta pelo governo, que ela seja apenas de curto prazo, voltada para ajustar as contas públicas, e não uma reforma do sistema. “A reforma paramétrica, é importante para o governo ajustar alguns pontos para equilibrar suas finanças no curto prazo, como fixar uma idade mínima e igualar os direitos de homens e mulheres”, diz. “Mas é preciso reformular o modelo para os que nasceram de 2000 para cá”, diz.

Quatro pilares

A entidade sugere quatro pilares para o sistema previdenciário brasileiro. O primeiro seria o da previdência pública, de repartição, na qual os mais jovens pagam a aposentadoria dos mais velhos. O segundo pilar deveria ser um sistema de previdência privada obrigatória, de capitalização, que obrigaria empresas e funcionários a guardar dinheiro nos fundos que escolhessem. Já o terceiro seria por conta do trabalhador com algum tipo de incentivo tributário para empresa e trabalhadores contribuírem. E o quarto pilar seria a poupança individual livre, de longo prazo, que também teria algum incentivo.

“A previdência complementar precisa ser fomentada, para não secar em 20 ou 30 anos”, alerta Pena Neto.

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