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Fundos e investimentos no Tesouro, presentes para o futuro dos filhos no Dia das Crianças

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O Dia das Crianças é sempre uma data muito esperada pela garotada pois é sinônimo de presentes, brinquedos e roupas novas. Já para os pais, pode representar um rombo a mais no orçamento. Mas a data pode ser uma oportunidade para começar a pensar no futuro dos pequenos. Aplicar uma parte da renda pensando naquele carro que o filho pode ganhar quando completar 18 anos ou até mesmo pensando na faculdade ou em um programa de intercâmbio já virou rotina para muitos pais. Mas a grande questão que sempre vem na hora de reservar esse dinheiro é qual o melhor tipo de investimento que se pode fazer pensando no longo prazo.

Historicamente a poupança sempre foi o meio mais seguro, prático e conservador de investir no futuro dos filhos, além de ser extremamente simples. Mas com a atual conjuntura econômica, com juros muito elevados, esse tipo de aplicação perdeu competitividade no mercado e abriu espaço para outras alternativas.

Muito além da caderneta de poupança

É o caso dos fundos de previdência ou até mesmo fundos de ações. Hoje o mercado oferece alguns fundos voltados exclusivamente para as crianças, com taxas mais atraentes e algumas condições que podem valorizar ainda mais o investimento dos pais.

Segundo a consultora Letícia Camargo, com a poupança rendendo tão pouco atualmente, vale a pena procurar investimentos com maiores rentabilidades. Para ela, um plano de previdência pode ser uma boa opção, mas os pais devem sempre ficar atentos à taxa de administração e buscar um plano que não cobre taxas para carregamento. “Normalmente, quanto menores os valores dos aportes mensais, maiores essas taxas e, nesse caso, é bom procurar em seguradoras independentes que costumam ter produtos mais competitivos”.

Tributação

Letícia também chama a atenção para a tributação na hora que o jovem necessite fazer retiradas do fundo. “A melhor opção é a tributação pela tabela progressiva, pois se o jovem for efetuar resgates mensais para pagar a faculdade, por exemplo, provavelmente ficará isento de tributação”, sugere. Pela tabela progressiva, a mesma que vale para os salários, os valores até R$ 1,9 mil são isentos. Já na tabela regressiva, os valores serão sempre tributados, com a alíquota mínima chegando a 10% após 10 anos, e valeria a pena apenas para saques de valores mais altos.

Desconto do imposto de renda

Outro ponto que os pais devem ficar atentos é com relação ao tipo de plano de previdência, se é PGBL ou VGBL. Segundo Letícia, se o responsável pela criança tiver renda tributável, for contribuinte do INSS e declarar Imposto de Renda pelo modelo completo, poderá optar pelo PGBL se a soma dos investimentos para a criança com os investimentos próprios não ultrapassar 12% de sua renda tributável bruta.

Tesouro Direto

Outra opção apontada pela consultora são os títulos do Tesouro Direto, que podem ser os com rendimentos vinculados à taxa Selic, as LFTs, ou os vinculados à inflação oficial medida pelo IPCA, as NTN-B Principal. “Cada tipo de investimento no Tesouro contempla um perfil de investidor”, explica. No caso da Selic , o perfil indicado é do investidor mais conservador. Já o IPCA, com data de vencimento perto da data em que a criança vai começar a faculdade, pode ter mais oscilações, mas garante um ganho real, completa.

Resgates a qualquer momento

Os dois papéis podem ser resgatados a qualquer momento pelo site do Tesouro Direto. No caso do Tesouro Selic, o valor nunca terá perdas ou ganhos no resgate antecipado pois seu rendimento é calculado pelo juro overnight de cada dia. Já no IPCA, o valor do resgate antecipado pode oscilar de acordo com as taxas de juros do mercado na ocasião do saque. Mas para quem pensa em levar o papel até o vencimento, não há surpresas: ele garante que o seu dinheiro acompanhe a inflação mais uma taxa de juros no período.

Fundos de ações

Outra opção de aplicação são os próprios fundos de ações. Para Robson Henriques, planejador financeiro pessoal do GFAI, esse tipo de investimento tem como vantagem em relação à poupança uma maior rentabilidade no longo prazo. Além disso, Henriques ressalta que, com o fundo, a criança aprende a investir em fontes diferentes da poupança, tornando a aplicação uma verdadeira aula de mercado. “A criança consegue até entender as siglas do mercado que no futuro se transformam em sopa de letrinhas”.

Oscilações de mercado e riscos

Por se tratar de investimentos mais ousados, os fundos, tanto de ações como de previdência e o Tesouro Direto, possuem os riscos de mercado que não são observados na poupança. Liquidez de ações, com fortes baixas e altas nos preços podem ser uma constante durante o crescimento da criança e que muitas vezes assusta os pais. Letícia Camargo afirma, no entanto, que, por ser longo prazo, os fundos não assustam tanto porque, além de ser possível recuperar uma eventual queda, a criança poderá ter uma carteira diversificada. “No meu caso, por exemplo, aplico em fundo de ações para minhas filhas desde muito pequenas e esta é a poupança para a faculdade delas”, completa.

Ações para crianças

Algumas corretoras do mercado já disponibilizam para seus clientes opções de investimentos voltados exclusivamente para crianças. É o caso da CoinValores, que possui o fundo CoinKids, um fundo de ações criado nos anos 2000. O projeto é voltado para menores de 18 anos e possui uma taxa de administração de 0,5% ao ano, bem abaixo da média do mercado para fundos de ações, em geral acima de 2%. Segundo Robson Henriques, essa taxa cobrada está dentro do limite de 1%, considerado aceitável pelo mercado para esse tipo de investimento.

No fundo CoinKids, os pais ficam responsáveis pela aplicação. O investimento inicial deve ser de, no mínimo, R$ 500, e os aportes seguintes deverão ter o valor mínimo de R$ 100. Durante todo o processo, até os 18 anos da criança, são emitidos extratos para o acompanhamento do fundo.

Lidando com as perdas

Henriques avalia que a proposta da CoinValores é um bom exemplo de alternativa à poupança. Segundo ele, o fundo possui a vantagem de que a criança tem a oportunidade de investir e acompanhar o dinheiro aplicado. “Nesse acompanhamento, a criança aprende até a lidar com perdas, já que fundos apresentam oscilações ao longo do tempo”.

Outra opção para os pais seria o fundo de previdência Precaver Jr., da Quanta Previdência Unicred. Oferecido para cooperados, o plano também possui taxa de administração de 0,5% ao ano e não possui taxas de carregamento. Segundo a diretora do Quanta, Denise Maidanchen, o plano apresentou uma rentabilidade 20% maior do que a média do mercado nos últimos 12 anos.

Futuro das crianças e finanças dos pais

Na visão de Robson Henriques, o investimento desde cedo é essencial para garantir o pagamento de alguns gastos importantes como a formação acadêmica dos filhos. O consultor afirma que os pais devem começar a investir desde o nascimento. “É interessante também ensinar as crianças a perspectiva de longo prazo. Ensine que quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado, mais dinheiro ela terá no futuro”, aconselha Henriques.

Poupança dos pais antes

Para Letícia Camargo, outro cuidado que deve ser tomado é com relação às finanças no presente. “Os pais têm que pagar escola, material e manter as outras contas em dia. Com isso, em alguns momentos fica muito difícil conseguir pagar todas as contas e poupar para a faculdade ao mesmo tempo”. Ela afirma que o correto é sempre ter alguma tranquilidade financeira primeiro para depois pensar em poupar para os filhos. “O que adianta entrar no cheque especial e ficar descontando da conta corrente todos os meses para uma previdência pras crianças?”.

Um caminho diferente

A iniciativa de investir para o futuro das crianças é essencial para derrotar a ideia cíclica de estudar para arrumar um emprego, trabalhar numa empresa, investir na poupança e comprar a casa própria. “É o que nossa escola ensina: trabalhe pelo dinheiro quando, em minha opinião, deveria preparar nossas crianças para fazer o dinheiro trabalhar para elas”, conclui o consultor Robson Henriques.

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