O Índice Bovespa registrava alta na manhã dessa terça-feira, impulsionado pelas ações relacionadas às commodities e papeis dos bancos. Às 11h47, o IBovespa registrava alta de 0,5%, aos 60.948,86 pontos.

Entre as principais altas do índice, destaque para as ações relacionadas às commodities. Ações preferenciais (PN, sem voto) da Gerdau (BOV:GGBR4) subiam 3,97%. Preferenciais da Gerdau Metalúrgica (BOV:GOAU4) subiam 2,67%. Já os papéis preferenciais da séria A (PNA, sem voto) da Vale (BOV:VALE5) ganhavam 2,49%, enquanto ações ordinárias (BOV:VALE3) (ON, com voto) da CSN (BOV:CSNA3) subiam 2,44%.

Outro destaque de alta são as ações ordinárias do Banco do Brasil (BOV:BBAS3), que subiam 2,43% repercutindo a decisão dos bancários de encerrar a greve nacional que durou 31 dias após um acordo na noite de ontem.

Na outra ponta da carteira, apresentavam as maiores perdas as ações preferenciais da série A da Suzano (BOV:SUZB5) (-2,33%), preferenciais do grupo Pão de Açúcar (BOV:PCAR4) (-2,23%), além das ações ordinárias da Embraer, que recuavam 2,16%. A fabricante de aeronaves iniciou ontem o seu programa de demissão voluntária que incluem engenheiros, secretários e técnicos de nível médio.

Europa e EUA com bolsas em queda com dados de emprego americanos

A maioria das bolsas europeias registravam baixa nessa sexta-feira, na expectativas dos dados sobre emprego vindos dos Estados Unidos e o impacto deles na decisão do Federal Reserve sobre os juros. O índice alemão DAX perdia 0,41%, enquanto o francês CAC recuava 0,37%. O Stoxx 50 caía 0,46%. Somente o britânico Financial Times registrava ganhos nesta manhã, apoiado pela forte baixa recente da libra frente ao dólar, que voltou a renovar mínimas dos últimas 31 anos na madrugada de hoje, e era cotada próxima ao patamar de US$ 1,20. O desempenho da moeda está ligados a novos temores com relação ao impacto do chamado “Brexit”, o processo de retirada do Reino Unido da União Europeia. O índice britânico é formado por grandes empresas, que possuem renda de fora do país e, portanto, não são tão afetadas pela desvalorização da moeda local.

Nos Estados Unidos, os mercados chegaram a abrir em alta, mas logo em seguida recuaram para patamares negativos. O desempenho é reflexo do resultado do payroll americano. A economia americana criou 156 mil empregos urbanos em setembro, menos que os 170 mil esperados pelos analistas. Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego subiu para 5%, que se esperava ficaria estável em 4,9%. O índice Dow Jones caía 0,23%, enquanto o S&P 500 caía 0,31%. Nasdaq perdia 0,26%

No mercado de commodities, os preços do petróleo oscilavam entre os campos negativo e positivo. Às 10h45, o barril do WTI, negociado em Nova York, caía 0,16%, a US$ 50,36. Já o barril do Brent, negociado em Londres, recuva 0,30%, a US$ 52,35.

Juros caem após IPCA vir abaixo do esperado

Os juros futuros caíam após dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrarem uma inflação oficial abaixo do esperado pelo mercado. A queda na inflação foi reforçada pelo IGP-DI, que fechou setembro em 0,03%, puxado para baixo pelos preços no atacado, que reforçam a tendência de menor pressão. O recuo dos preços aumenta as possibilidades do Comitê de Política Monetária (Copom) de iniciar um ciclo de cortes nos juros Selic nas próximas reuniões. Os DI’s com vencimento em 2017 passavam de 13,700% para 13,650%. Já os contratos para 2018 caíam de 12,010% para 11,940%. Os contratos com vencimento em 2021 passavam de 11,340% para 11,260%.

No mercado de câmbio, o Banco Central ofertou mais 5 mil contratos de swaps reversos nessa manhã, que equivalem à compra de dólar, mas mesmo assim a cotação da moeda americana comercial caía 0,62%, a R$ 3,207. O dólar turismo caía 0,88%, cotada a R$ 3,360 na venda e R$ 3,130 na compra.

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