O Índice Bovespa subia mais de 1% na manhã dessa terça-feira, com ações da Petrobras e Vale em alta e consolidando o nível da carteira acima dos 63 mil pontos. Às 11h06, o Ibovespa subia 1,09%, aos 63.377,79 pontos. Se ficar nesse nível, será o maior percentual do Ibovespa desde abril de 2012, quando atingiu 63.691 pontos.

As ações preferenciais (PN, sem voto) da Petrobras (BOV:PETR4) são destaque de alta da carteira. Os papéis da estatal subiam 3,61% com o petróleo em alta nos mercados internacionais e a continuidade do projeto que retira a obrigatoriedade da Petrobras de atuar como operadora do pré-sal na Câmara dos Deputados.

Também subiam as ações preferenciais da Gerdau (BOV:GGBR4) (+3,14%), além dos papéis ordinários (ON, com voto) da Estácio (BOV:ESTC3) (+2,74%) e preferenciais da série A (PNA, sem voto) da Vale (BOV:VALE5) (+2,78%). Kroton ON (BOV:KROT3) ganhava 2,89% e preferenciais da série A da Usiminas (BOV:USIM5) registravam alta de 2,23%.

Entre as baixas do índice estavam as ações ordinárias da Smiles (BOV:SMLE3) e Qualicorp (BOV:QUAL3), que recuavam 1,06%. Cyrela ON (BOV:CYRE3) e Natura ON (BOV:NATU3) caíam 0,94% e as ordinárias da BM&FBovespa (BOV:BVMF3) perdiam 0,73%.

Bolsas no exterior em alta após discursos do Fed e inflação britânica

As bolsas no exterior operavam em alta com a expectativa dos investidores de que o Federal Reserve deva estabelecer uma alta gradual dos juros ao longo de 2017 e com dados de inflação do Reino Unido melhores do que o esperado. A inflação inglesa subiu 1% em setembro e atingiu o maior patamar anualizado desde novembro de 2014.

Na Europa, o Financial Times subia 1,17%, mesmo desempenho do índice alemão DAX. Já a bolsa francesa CAC ganhava 1,39%. O indicador Stoxx 50 registrava alta de 1,37%.

Nos Estados Unidos, os mercados de Nova York abriram em alta, também influenciados pela fala de ontem dos diretores do Fed. O Dow Jones ganhava 0,56% e o índice S&P 500 ganhava 0,71%.

Entre as commodities, o petróleo WTI subia 0,64%, negociado a US$ 50,26 o barril. Já o Brent subia 0,52%, com preço de US$ 51,59 o barril.

Juros curtos caem e longos sobem; dólar cai com Fed

No mercado de juros, os DI’s apresentavam desempenhos mistos na abertura dos negócios, na expectativa da redução dos juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na reunião que começa hoje e termina amanhã. O mercado está dividido sobre de quanto vai ser o corte dos juros, 0,25 ponto ou 0,5 ponto. Hoje, a aposta de que os juros devem cair menos agora (0,25 ponto) e mais depois fez as taxas mais curtas subirem e as mais longas caírem, já que o aperto maior agora reduziria a inflação no futuro. Os contratos com vencimento em 2017 subiam de 13,637% para 13,641%. Os juros para 2018 também subiam, passando de 11,969% para 11,980%. Já os contratos para 2021 recuavam nessa terça-feira de 11,230% para 11,210%.

O dólar recuava 0,57% frente ao real acompanhando a tendência global de desvalorização da moeda americana após os discursos de diretores do Fed de ontem apontarem para uma política gradual de aumento de juros para o ano que vem. O Fed tem sustentado a intenção de iniciar o ciclo de alta em dezembro. O dólar comercial era cotado a R$ 3,184. O câmbio turismo caía 0,29%, negociado a R$ 3,33 na compra e R$ 3,15 na venda.

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