O Índice Bovespa abriu em forte alta nessa sexta-feira com um mercado animado por notícias nacionais e internacionais, chegando a superar os 62 mil pontos. Lá fora, commodities seguiam em trajetória de alta e, no mercado interno, a Petrobras reduziu os preços da gasolina e do óleo diesel nas refinarias. Às 11h38, o Ibovespa subia 1,38%, aos 61.959 pontos.

Entre os principais destaques de alta estavam as ações preferenciais da série A (PNA, sem voto) da Braskem (BOV:BRKM5), que se beneficia da queda dos preços da Petrobras, fornecedora de matéria-prima para a petroquímica, com ganho de 4,42%. Elas eram seguidas pelos papéis ordinários (ON, com voto) da Smiles (BOV:SMLE3), que ganhavam 3,29%. Ações ordinárias da CSN (BOV:CSNA3) subiam 3,04%, com o mercado de commodities em alta e o minério de ferro em alta na China. Preferenciais (PN, sem voto) da Gerdau Metalúrgica (BOV:GOAU4) também tinha forte alta, de 2,96%.

Nos maiores volumes de negociação, na Petrobras, os papeis preferenciais subiam 2,79%. Já as ações preferenciais da série A (PNA) da Vale (BOV:VALE5) ganhavam 1,91%, enquanto as ON (BOV:VALE3) subiam 1,46% com a alta do minério de ferro na China (ver abaixo).

Só três baixas no Ibovespa

Somente três papéis caíam na carteira de 58 papéis do Ibovespa nessa manhã. Cielo ON (BOV:CIEL3) perdia 2,02%, impactado pela notícia da renúncia do seu presidente, Rômulo Dias, que aceitou o posto de diretor executivo do Bradesco. Também caíam as ações ordinárias da Cosan (BOV:CSAN3) e da BRF (BOV:BRFS3), 0,39% e 0,49%, respectivamente.

Bolsas da Europa e dos EUA sobem

As bolsas da Europa se recuperavam das perdas da semana e registravam alta nessa sexta-feira. O índice britânico Financial Times subia 0,91%. Na Alemanha, o DAX ganhava 1,7%, enquanto o francês CAC subia 1,84%, mesma alta registrada pelo Stoxx 50. Os ganhos dos mercados eram reflexos da alta de preços ao produtor registrada na China, a primeira em quase cinco anos, o que animou os investidores e ajudou a dispersar os receios quanto à saúde da segunda economia do mundo.

Nos Estados Unidos, o mercado também abriu o dia otimista, com reflexos da alta das commodities e dados econômicos americanos positivos. O Dow Jones subia 0,76% na abertura do pregão, enquanto o Nasdaq ganhava 0,81% e o S&P 500 ganhava 0,69%.

Fala de Yellen

As atenções do mercado estarão voltadas para o discurso que a diretora do Federal Reserve, Janet Yellen, deverá fazer logo mais. A fala de Yellen deve ser mais um sinal se o Fed prepara ou não uma alta de juros para dezembro. Eric Rosengren, diretor do Fed de Boston, disse mais cedo que parecia apropriado uma alta dos juros em dezembro. O mercado futuro de juros americano apontou uma chance de 8% de alta para novembro, mas de 65% de alta para dezembro.

As commodities seguiam sua trajetória de alta nessa sexta-feira, com o petróleo se aproximando do maior valor no ano após dados dos estoques nos EUA animarem os investidores, que já alimentavam a expectativa de um acordo de produção entre Rússia e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). O barril do Brent, negociado em Londres, subia 0,6%, a US$ 52,10. Já o WTI, negociado em Nova York, subia 0,7%, a US$ 50,50 o barril.

O minério de ferro com pureza de 62% negociado no porto de Tianjin, na China, encerrou hoje no mercado à vista com alta de 0,4%, indo a US$ 56,8 a tonelada seca, de acordo com dados do The Steel Index.

Juros futuros caem após corte de preços da Petrobras

Os juros futuros caíam nessa sexta-feira, impactados pela notícia do corte de 3,2% no preço da gasolina pela Petrobras, o que deve aliviar a inflação e traz novas esperanças com relação ao corte de juros pelo Banco Central na semana que vem. Os contratos de DI’s com vencimento em 2017 recuavam de 13,641% para 13,605%. Já os futuros com vencimento em 2018 passavam de 11,960% para 11,910%. Os juros para 2021 caíam de 11,270% para 11,190%.

No mercado de câmbio, o dólar comercial estava praticamente estável, com leve alta de 0,07%, cotado a R$ 3,181. A moeda americana renovou as mínimas do ano nessa manhã. Já o dólar turismo era cotada a R$ 3,35 a compra e R$ 3,15 a venda. O Banco Central manteve a oferta de até 5 mil contratos de swaps reversos para hoje.

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