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Sem pressa para comprar dólar: moeda ainda pode cair até R$ 3,10, dizem especialistas

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Quem vai viajar ao exterior não precisa ter pressa em comprar dólares. A expectativa é de que a moeda americana, que já recuou 19% neste ano e está hoje em torno de R$ 3,20 no mercado comercial, perca mais força até o fim do ano. O dólar turismo, que interessa mesmo aos viajantes, pois é o que é usado nos cartões e passagens, caiu ainda mais, 22% desde o início do ano, e está agora sendo vendido a R$ 3,33.

Os motivos para a queda são vários, explica Alberto Alves, diretor do Banco Ourinvest. A proximidade do vencimento do prazo para a regularização de ativos no exterior, no dia 31 de outubro, é uma delas. “Há uma grande procura por regularização e isso deve aumentar a entrada de dólares no mercado”, diz. Com isso, a cotação tende a cair pela maior oferta.

Além disso, a primeira votação da proposta que limita o aumento dos gastos do governo, a PEC 241, com grande folga, mostrou que o governo de Michel Temer tem uma base muito boa no Congresso. “E com isso o país tem a chance de aprovar coisas muito importantes, como a reforma da Previdência, e isso vai melhorar as condições para atrair investimentos externos”, explica Alves.

Para ele, a visão do governo Temer de que o país só voltará a crescer se atrair investimentos depende da chamada “ancoragem fiscal”, que garanta um equilíbrio mínimo das contas públicas e o fim dos abusos de gastos dos últimos anos.

Dólar pode fechar ano abaixo de R$ 3,10

O dólar, acredita o executivo, deve fechar o ano abaixo dos R$ 3,10, exceto se houver algum movimento mais brusco no exterior, o que não está no radar no momento. O juro caindo no Brasil, que poderia ser um fator a favor da alta do dólar, deve ter o efeito contrário, pois mostrará maior credibilidade do Banco Central (BC) no ajuste fiscal e no controle da inflação. “A equipe do BC não vai baixar os juros se a inflação não mostrar que está caindo pelo menos para dentro do teto da meta, de 6,5%, e o mercado entende agora que baixar os juros aumenta a credibilidade, ao contrário do que se via antes”, explica.

Juros altos incentivam adiar compra

Além disso, mesmo com uma queda de 0,5 ou 0,25 ponto, os juros no Brasil seguirão muito altos em relação ao resto do mundo, atraindo recursos e tornando a aposta no dólar mais cara, o que também favorece adiar a compra da moeda. “Hoje, o custo de carregamento do dólar com esses juros de 14% ao ano é muito alto no curto prazo, mesmo com a perspectiva de queda nas taxas mais adiante”, diz. “Não vejo movimento interno para fazer esse dólar subir neste momento, pois também devemos ter boas notícias com a arrecadação do governo, que deve surpreender, e com a regularização no exterior e os avanços das reformas no Congresso”, explica.

Hora de aproveitar para garantir juro real

Além de adiar a compra de dólares, Alves sugere ao investidor alongar os prazos em renda fixa, já que a expectativa é de queda nos juros reais. “Uma parte do portfólio deveria ser alongada”, diz, afirmando que está otimista com o cenário externo, que deve continuar “mais do mesmo”, com os juros americanos subindo devagar e baixo crescimento na Europa mantendo as taxas baixas. “Se o juro subir vai ser bem avisado antes e o processo será lento”, diz. Além disso, a queda dos juros aqui pode ser maior. “Eu alongaria com papéis do governo corrigidos pela inflação, como NTN-B Principal com vencimento em 2024, que pagam juros reais de 5,80% ao ano ou ainda mais longas, 2035, com juros de 5,60% ao ano. “Essas taxas devem convergir para baixo, para 5% ao ano com o avanço do ajuste fiscal”, acredita.

Bolsa, mais devagar

Alves se diz menos otimista com a bolsa, já que ela depende da melhora da economia do país. “A alta recente foi pela queda dos juros e o otimismo com o ajuste fiscal, mas as empresas devem demorar a ter bons resultados”, diz. Segundo ele, cada vez mais é importante acompanha o cenário político e as votações no Congresso. “É preciso manter um olho no Congresso e outro nos mercados”, afirma.

BC tem munição para segurar dólar?

Há vários motivos para a queda do dólar nos próximos dias, afirma José Raymundo Faria Júnior, diretor técnico da Wagner Investimentos. Segundo ele, um é o avanço da PEC 241, que pode ser votada na próxima quarta-feira na Câmara em segundo turno. Na terça, Temer realizará novo jantar com parlamentares para reforçar o apoio ao projeto. No Senado, a votação poderá ser concluída em segundo turno em 9 de dezembro.

Faria Jr lembra que o BC ainda tem US$ 30,5 bilhões de munição de swaps cambiais que ele pode anular com operações reversas, que equivalem à compra de dólares. Ele acredita que o BC poderia aumentar a oferta de swaps reversos caso a moeda caia abaixo de R$ 3,15, mantendo a moeda nesse nível por algum tempo. Ele sugere comprar dólar comercial nesse nível, mas admite que, se a queda superar essa barreira, pode ser o caso de rever o cenário e esperar para ver a tendência de curto prazo. Para o longo prazo, porém, a tendência é de baixa.

Quatro pontos para derrubar o dólar nos próximos dias

Os quatro pontos que reforçam a queda do dólar diante do real, segundo Faria Jr, são:

  1. A queda do dólar no exterior devido à redução na aposta de alta dos juros pelo Fed.
  2. A vitória de Hillary Clinton nas eleições presidenciais, como indicam as pesquisas mais recentes
  3. A entrada súbita de dólares devido ao prazo final de repatriação de recursos no exterior
  4. A redução do juro pelo Copom, que indicaria: melhora fiscal, redução no custo de captação das empresas e portanto, da bolsa e elevação das projeções para o crescimento do país.

Ele acredita, porém, que o principal fator para a queda do dólar lá fora hoje é a redução na aposta de que o Federal Reserve vai aumentar os juros americanos em dezembro. Portanto, é possível que, com o Fed subindo mesmo os juros, aumentem as oscilações dos mercados. Por isso, uma eventual queda mais forte do dólar por aqui será boa oportunidade para compras.

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