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Semana deve ter início da queda dos juros, IPCA-15 e horário de verão

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A semana, que começa com os relógios adiantados na maioria das cidades brasileiras em uma hora pelo horário de verão, deve ter como ponto alto o provável início da redução dos juros brasileiros pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A reunião começa amanhã e termina na quarta-feira.

A maioria dos analistas e consultores espera a redução dos juros, mas ainda há dúvidas sobre de quanto ela será, 0,25 ponto ou 0,50 ponto percentual, o que jogaria a taxa Selic dos atuais 14,25% ao ano para 14% ou 13,75%. O percentual dependerá da análise do Banco Central (BC) não só dos fatores atuais, mas também dos impactos que um corte maior ou menor terá nas expectativas dos mercados.

Um corte maior seria um alívio maior para a economia, mas poderia despertar o receio de que o BC estaria sendo menos rigoroso com a inflação. Já uma redução de 0,25 ponto pode ter impacto maior nas projeções de inflação para o ano que vem, que ainda estão acima dos 4,5% da meta, mas poderia ser seguida de cortes mais generosos nas próximas reuniões.

De qualquer maneira, a decisão terá impacto nos juros futuros, a chamada curva de juros, e nas aplicações de renda fixa. Um corte menor pode puxar para cima as taxas prefixadas mais curtas e derrubar as mais longas.

A favor da redução do juros está a queda da inflação, tanto no IPCA, índice oficial do governo, como nos IGP da Fundação Getulio Vargas (FGV), que incluem um componente forte de preços no atacado e servem como prévia das pressões no varejo. O IPCA de setembro, de 0,08%, abaixo dos 0,19% esperados pelo mercado, mais o anúncio da Petrobras de reduzir os combustíveis em cerca de 3% na sexta-feira seria mais um argumento para um corte de 0,5 ponto percentual, avalia a equipe econômica do Banco ABC Brasil.

O corte de preços, de 1,4% para a gasolina e 1,8% no diesel para o consumidor final, nas estimativas do banco, teria um impacto de 0,1% no IPCA deste ano. Pequeno, mas muito importante para reforçar a tendência de desaceleração da inflação, que deve ser reforçada nesta semana com o IPCA-15, que será divulgado na sexta-feira. A previsão da consultoria Rosenberg Associados é de uma alta de 0,21% em outubro, um pouco abaixo dos 0,23% de setembro, mas com o acumulado e 12 meses caindo de 8,8% para 8,3%.

Alimentos e bebidas, vilões dos últimos meses, devem intensificar a deflação. A Rosenberg espera também um corte de 0,5 ponto percentual nos juros, mas espera o comunicado do Copom que acompanha a decisão para estimar melhor o tamanho do ciclo de corte. Do lado do câmbio, o dólar segue em queda, ameaçando baixar para menos de R$ 3,20 e se estabilizar perto dos R$ 3,00, o que ajudaria a segurar os preços que são influenciados pela moeda americana.

Mas o avanço do ajuste fiscal no Congresso, com a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) 241, que fixa um teto para o ajuste dos gastos públicos, deve ser um dos principais fatores para a queda dos juros, segundo a maioria dos analistas. Apesar de o texto ter sido votado apenas em primeiro turno na Câmara e ainda precisar de mais um turno e dois no Senado, a votação maciça do governo, com 58 votos a mais que os 308 necessários, demonstra a força política do governo de Michel Temer e aumenta o otimismo com o avanço da proposta que, se não resolve o problema fiscal do país, pelo menos indica uma direção de ajuste. Com as contas públicas indicando um ajuste, fica mais fácil para o BC controlar a inflação sem a necessidade de manter os juros tão altos.

O Banco Fator também espera um corte de 0,50 ponto, apoiada por todos os integrantes do Copom, o que reforçaria a tendência de redução dos juros. O banco cita ainda o comportamento benigno dos alimentos no atacado. Para o Itaú, as reformas começando a andar são um dos fatores que devem levar o Copom a baixar os juros nesta semana,  juntamente com a inflação em queda tanto nos índices quanto nas projeções. Uma atividade econômica extremamente fraca, que deve ficar mais clara nesta semana com os dados de emprego com carteira assinada nesta semana, impede reajustes de preços e favorece o corte de juros, diz o Itaú. Mas o maior banco privado do país espera um corte mais modesto, de 0,25 ponto nesta reunião.

A conferir ainda nesta semana os dados do PIB do terceiro trimestre da China e a produção industrial, vendas no varejo e investimentos relativos a setembro na quarta-feira de madrugada. Na Europa, saem dados de inflação na zona do euro e acontece a reunião mensal do Banco Central Europeu (BCE) sobre juros também, mas a decisão sai na quinta-feira. Nos Estados Unidos, sai a inflação no varejo (CPI) de setembro, na terça-fera, e o Livro Bege, com a avaliação da economia pelo Federal Reserve (Banco Central americano) na quarta-feira.

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