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Ibovespa fecha em queda de 1,4% em dia de Trump; Vale ganha 4%; dólar e juros sobem

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O Índice Bovespa oscilou fortemente hoje, indo de 61.794 pontos a 64.358 ao longo do dia em reação à eleição inesperada do candidato republicano Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos. O receio de um governo Trump, que defende o fim de tratados de livre comércio com o México e outros países da América Latina e Japão, e promete acelerar o crescimento americano com gastos públicos, fez as bolsas iniciarem o dia em forte queda. O Standard & Poor’s 500 chegou a perder 5% nos mercados futuros.

Depois, declarações mais moderadas do candidato eleito e a leitura de que ele pode ajudar alguns setores empresariais americanos fizeram as bolsas na Europa e nos EUA voltarem a subir, mesmo com os juros de 10 anos do Tesouro americano superando os 2% ao ano.

Ibovespa, queda de 1,4%

No fim do dia, o Índice Bovespa, que havia se recuperado à tarde, voltou a cair e fechou em baixa de 1,4%, aos 63.258 pontos. Nem mesmo a aprovação da PEC 55, que limita os gastos públicos, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, animou os investidores.

O destaque do dia foram as ações da Vale e das siderúrgicas, que foram beneficiadas pela alta de 4,7% no preço do minério de ferro e de 5% no aço na China, diante de sinais de melhora na economia. Vale PNA (BOV:VALE5) (papel preferencial, sem voto) série A subiu 1,86% enquanto o papel ON (BOV:VALE3) ganhou 4,30%.

Bancos em queda

Já as ações da Petrobras tiveram movimentos distintos após a empresa anunciar um novo corte nos preços da gasolina e do diesel ontem, de 10,1% e 3,4%, respectivamente. A ação PN (BOV:PETR4) da estatal caiu 2,29% enquanto a ON (BOV:PETR3) subiu , 0,94%. Os bancos, com forte peso no índice, fecharam em baixa, com Itaú Unibanco PN (BOV:ITUB4) perdendo 3,20% e Bradesco PN (BOV:BBDC4), 2,75%. Banco do Brasil ON (BOV:BBAS3) caiu 3,54%. BB e Bradesco anunciam amanhã seu resultado do terceiro trimestre.

Gerdau lidera altas do Ibovespa

As maiores altas do dia foram das ações PN da Gerdau (BOV:GGBR4), 6,36%, seguidas das ON da Vale (BOV:VALE3). Fibria ON (BOV:FIBR3) subiu 3,96% e Metalúrgica Gerdau (BOV:GOAU4) ganhou 3,75%. Bradespar (BOV:BRAP4), que reúne em sua carteira ações da Vale, subiu 3,67%. Já as maiores baixas do índice foram de Kroton ON (BOV:KROT3), com 4,55%, Copel PNB (BOV:CPLE6), 3,70%, Banco do Brasil ON (BOV:BBAS3), Cemig PN (BOV:CMIG4), 3,52% e JBS ON (BOV:JBSS3), 3,29%.

Europa cai, mas depois se recupera

No exterior, as bolsas na Europa caíram na abertura, mas voltaram a subir à tarde, acompanhando os mercados americanos. A expectativa dos investidores é que as políticas de Trump e da maioria republicana no Senado e na Câmara sejam mais favoráveis às empresas e aos negócios, o que pode melhorar os lucros.

O Índice Stoxx 50, que reúne os 50 papéis mais negociados na Europa, subiu 1,09%. Já o Financial Times, de Londres, ganhou 1%. O Dax, de Frankfurt, subiu 1,56% e o CAC, de Paris, 1,49%.

Bancos e farmacêuticas puxam ganhos das bolsas nos EUA

Nos Estados Unidos, bancos e empresas farmacêuticas puxaram a alta das bolsas, com a expectativa de que Trump vai desregulamentar o sistema financeiro e que ele não tomará medidas para controlar os produtores de remédios como prometia Hillary Clinton. A candidata democrata tentava controlar os reajustes de preços de remédios, que são comprados em grande parte pelo governo. Com isso, o índice Standard & Poor’s 500 fechou em alta de 1,1%, enquanto o Dow Jones ganhou 1,4%, atingindo a maior alta em dois meses. Já o índice Nasdaq ganhou 1,11%.

Juros americanos superam 2% após 9 meses

O receio de que as políticas de incentivos aumentem os gastos do governo provocaram forte alta nos juros dos papéis do Tesouro dos EUA. O título de 10 anos fechou pagando 2,07% ao ano, 0,21 ponto percentual acima do fechamento anterior. É a primeira vez em 9 meses que o juro supera os 2% ao ano. Foi a maior alta diária desde julho de 2013, segundo o The Wall Street Journal. A alta dos juros provocou forte valorização do dólar diante do euro e do iene e de várias moedas emergentes.

México, dólar sobe mais de 8%

O maior impacto da eleição foi sentido pelo México, onde o índice IPC caiu 2,23%, enquanto o dólar subiu 8,5% em relação ao peso mexicano. A promessa de Trump é acabar com o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), prejudicando o principal parceiro, o México, além de estreitar os laços com a China, concorrente direto dos produtores mexicanos.

Dólar sobe e BC suspende leilões swap

No Brasil, o dólar subiu 1,38%, para R$ 3,211 para venda, acompanhando a preocupação com a maior incerteza que a administração Trump trará para a economia mundial. O Banco Central (BC) suspendeu o leilão de swap cambial reverso, que equivale à compra de dólares, para evitar mais pressão ainda sobre a moeda brasileira. O BC já anunciou que também amanhã não vai fazer novos leilões.

Juros em alta apesar do IPCA

No mercado de juros, as taxas subiram junto com o nervosismo dos investidores e com a alta do dólar, que pode puxar a inflação. Hoje, o IBGE divulgou o IPCA de outubro, indicador oficial usado pelo BC em suas metas, e que subiu 0,26%, o menor percentual para o mês desde 2000. Mesmo assim, os contratos para janeiro de 2017 fecharam projetando 13,695% ao ano, para 13,693% ontem. Para 2018, a alta foi de 0,07 ponto percentual, para 12,17%. Já para 2021, a projeção subiu para 11,44%, ante 11,21% ontem.

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