• Relatório Focus do Banco Central: PIB deve crescer 0,48% em 2017, com inflação de 4,43% ao final do ano.
• O Bradesco BBI diminuiu a recomendação de outperform para neutra sobre as ações da Aliansce (BOV:ALSC3).
• De acordo com a Folha de São Paulo, a Odebrecht pretende resgatar, em breve, as ações da Braskem (BOV:BRKM5), companhia que se tornou a principal fonte de renda do grupo após a construtora ser abalada pela Lava Jato. Desta forma, este retorno dos papéis é importante para o futuro do conglomerado.
• A BM&F Bovespa (BOV:BVMF3) registrou lucro consolidado de R$ 1,44 bilhão em 2016, queda de 34,5% no ano.
• O Santander recomendou a compra da CVC (BOV:CVCB3).
• A CSN (BOV:CSNA3) informou que não há ato vinculante para associação na Transnordestina em comunicado como resposta ao pedido de esclarecimentos da CVM após reportagem do Valor Econômico. A reportagem afirmou que a siderúrgica está em busca de associação com chineses para a sua concessionária de ferrovia Transnordestina. Pressionada pelo governo para achar um sócio para a Transnordestina, a CSN deveria retomar tratativas com China Communications Construction Company (CCCC).
• A Hypermarcas (BOV:HYPE3) registrou lucro consolidado de R$ 1,17 bilhão em 2016, crescimento de 112,7% no ano.
• A Kraft Heinz (BOV:KHCB34), que possui como acionistas o empresário brasileiro Jorge Paulo Lemann, da 3G Capital, e o investir Warren Buffett, da Berkshire, retirou a oferta de US$ 143 bilhões para uma combinação de negócios com a Unilever após a companhia rejeitar a proposta.
• O Magazine Luiza (BOV:MGLU3) conseguiu reverter perdas e registrar lucro consolidado de R$ 85,56 milhões em 2016.
• Segundo a Bloomberg, a Oi (BOV:OIBR4) tem que apresentar uma resposta formal sobre o plano de reestruturação proposto por detentores de títulos representados pela Moelis.
• A Positivo (BOV:POSI3) celebrou com a Seja Digital contratual para o fornecimento de decodificadores set-top-box, no âmbito do programa de migração do sinal analógico para o digital da televisão aberta do Brasil. Os aparelhos serão entregues em etapas a partir de fevereiro, com conclusão estimada para o terceiro trimestre deste ano. O volume até o momento contratado representa um faturamento de R$ 267 milhões para a companhia em 2017.
• A Randon (BOV:RAPT4) registou no mês de janeiro receita líquida consolidada de R$ 158,1 milhões, na comparação anual, o que representa uma queda de R$ 31,8%. A receita bruta total do mesmo mês totalizou R$ 224,9 milhões, queda de 19% na comparação anual.
Em comunicado ao mercado, a Vale (BOV:VALE5) informou que os controladores da companhia assinaram um novo acordo de acionistas, a vigorar a partir de maio deste ano. O acordo, além das regras comuns relativas a voto e direito de preferência na aquisição de ações dos acionistas, dispõe sobre a apresentação de uma proposta à companhia com o objetivo de viabilizar a listagem da Vale no segmento especial do Novo Mercado da BM&FBOVESPA e a transformá-la em uma sociedade sem controle definido. Uma das etapas do processo será a conversão voluntária de suas ações preferenciais classe A VALE5, as ações mais negociadas da companhia na Bovespa) em ações ordinárias (BOV:VALE3), na relação de 0,9342 ação ordinária por ação preferencial classe A da Vale, definida com base no preço de fechamento das ações ordinárias e preferenciais apurado com base na média dos últimos 30 pregões na BM&FBOVESPA anteriores a 17 de fevereiro, ponderada pelo volume de ações negociado.
As bolsas mundiais registram um dia de alta, com os mercados europeus com leves perdas, enquanto as bolsas chinesas registram ganhos mais expressivos. Na Europa, entre os destaques de ações, a Unilever cai cerca de 7% após a Kraft Heinz retirar proposta de US$ 143 bi para adquirir a empresa. Vale destacar que hoje é feriado nos EUA, o que reduz a liquidez dos mercados, Entre os indicadores, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha subiu 2,4% em janeiro ante igual mês do ano passado, registrando o maior ganho anual desde março de 2012, segundo dados publicados hoje pela agência de estatísticas do país, a Destatis. O resultado superou a expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam avanço de 2,1%.
O índice de blue-chips da China registrou o maior ganho diário em seis meses nesta segunda-feira após notícias de que fundos de pensão podem começar a entrar os mercados acionários do país já nesta semana. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,49 por cento para 3.472 pontos, enquanto o índice de Xangai teve alta de 1,23 por cento a 1.241, maiores níveis desde 9 de dezembro. A confiança do investidor também era sustentadas por novas regras divulgadas por reguladores na sexta-feira para restringir a captação de recursos “excessiva” e “frequente” por algumas companhias listadas. A mídia informou na sexta-feira que a China começou a investir 360 bilhões de iuanes (52,41 bilhões de dólares) em fundos de seguro de previdência de sete províncias e cidades nos mercados financeiros. A primeira parcela desse investimento deve entrar no mercado acionário já nesta semana, noticiou a imprensa estatal nesta segunda-feira. Já o índice MSCI avançava, num pregão marcado pela incerteza política global, que mantinha o clima de cautela.
No mercado de commodities, o minério de ferro futuro sobe em Dalian; o vergalhão de aço se valoriza e fecha no maior nível em 3 anos após governo da China ordenar fechamento de siderúrgicas em Hebei, maior região produtora, e Tianjin para reduzir poluição. O petróleo sobe, enquanto a decisão da Opep de cortar produção impulsiona aposta comprada na commodity.
Desempenho dos principais índices:
Ibovespa (Brasil) +0,93%
Dow Jones (Estados Unidos) +0,02%
Nasdaq Composite (Estados Unidos) +0,41%
Sse Composite Index (China) +1,18%
FTSE 100 (Reino Unido) -0,09%
DAX Index (Alemanha) +0,54%
Cac 40 (Reino Unido) -0,1%
Nikkei 225 (Japão) +0,09%
Commodities
Ouro +0,32%
Prata +0,14%
Cobre +0,81%
Petróleo +0,65%
Petróleo Brent Crude +0,95%
Minério de ferro +0,00%
Um pouco de política
Entre os destaques desta segunda-feira, os depoimentos dos donos de duas gráficas suspeitas de receber pagamentos irregulares por serviços prestados à chapa Dilma-Temer na campanha presidencial de 2014. Os depoimentos, que serão realizados em São Paulo, são relativos ao processo que corre no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e que pode resultar na cassação do presidente Michel Temer. Em Brasília, o Senado vota na terça-feira o projeto com a nova fase para repatriação de recursos enviados ilegalmente ao exterior. O presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE) disse que colocará o projeto em votação no plenário na terça-feira.
Vale destacar ainda notícia da Folha de S. Paulo do último sábado, que afirma que, com a inflação e os gastos públicos sob controle e a reforma da Previdência em curso, o governo decidiu acelerar um pacote de medidas que, se implementadas como planejado, poderão atrair R$ 371,2 bilhões em investimentos ao longo de dez anos e dar mais impulso à economia.
O noticiário político do último final de semana foi movimentado. Em entrevista à agência de notícias AFP, a ex-presidente Dilma Rousseff falou pela primeira vez sobre seu futuro político: “não serei candidata a presidente da República, se essa é a pergunta. Agora, atividades políticas não vou deixar de fazer. Não descarto a possibilidade de uma candidatura para cargos como senadora ou deputada”. A Folha de S. Paulo do domingo trouxe trecho da delação premiada do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar, que revela um novo favor da construtora a pedido do ex-presidente Lula. Em depoimento, ele afirmou que a empresa pagou um orientador financeiro ao filho mais novo de Lula, Luís Cláudio, antes dele criar a empresa Touchdown Promoções e Eventos Esportivos, responsável por um torneio de futebol americano no País. O jornal O Estado de S. Paulo, por sua vez, informa que acordo de delação da Odebrecht destacou que o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, negociou um repasse de R$ 7 milhões do caixa 2 da Odebrecht para o PRB na campanha de 2014. Os recursos compraram apoio do partido então presidido por Pereira à campanha de reeleição da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer.
Agenda
A semana pré-carnaval concentra a divulgação de vários indicadores, com destaque para a quarta-feira, com reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que definirá o ritmo do corte da Selic, a inflação medida pelo IPCA-15, que será conhecido às 9h. A aposta majoritária do mercado é de uma redução de 75 pontos-base para o Copom. Quanto à inflação, a estimativa da LCA Consultores aponta para uma alta de 0,58% em fevereiro e de 50,6% em 12 meses. Na quinta-feira (230, será conhecido o resultado primário do Governo Central, ainda sem hora definida, e, na sexta-feira (24), sai o resultado primário do setor público consolidado, às 10h30. Também na sexta, às 9h, será divulgada a taxa de desemprego de janeiro. Ao longo da semana, mas sem data estabelecida, serão publicados os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e da arrecadação de impostos da Receita Federal.
No exterior, as bolsas dos EUA ficam fechadas na segunda-feira em razão do feriado de comemoração ao aniversário de George Washington. O destaque da semana por lá fica com a ata do FOMC (Federal Open Market Committee) na quarta-feira, às 17h. Na quinta-feira, será conhecido o total de pedidos de auxílio-desemprego de fevereiro às 10h30 e o presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, discursa às 10h35.
A terça-feira (21), trará os PMIs industrial, de serviços e composto dos Estados Unidos, da Alemanha e da Zona do Euro, às 11h45, 5h30 e 6h, respectivamente. No velho continente, os investidores monitoram ainda o PIB do Reino Unido, na quarta-feira, às 6h30, e o PIB da Alemanha, na quinta-feira, às 4h.