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Gestão de patrimônio cresce 21% em 2016 e espera aumento de aplicações em multimercados

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O setor de gestão de patrimônio, que reúne as casas independentes como “family offices” e que atende famílias e pessoas de alta renda, fechou o ano passado com um valor sob gestão de R$ 90,1 bilhões, 20,7% maior que os R$ 74,7 bilhões de 2015. O número de grupos econômicos atendidos, que são as famílias ou grupos familiares, também cresceu, 14,9% no ano, passando de R$ 3,649 bilhões para R$ 4,193 bilhões.

O resultado foi considerado bom pelo diretor da Comissão de Gestão de Patrimônio da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Richard Zillioto. Segundo ele, o número está limpo de distorções, já que no número de gestores se manteve estável no ano passado e o percentual de crescimento superou o CDI do período, em torno de 14%. “E foi um aumento amparado também no crescimento do número de clientes”, diz.

De acordo com os dados, o volume médio sob gestão por grupo seria um pouco superior a R$ 20 milhões, mas as diferenças costumam ser grandes nesse segmento.

Renda fixa, multimercados e ações crescem no ano

Zillioto destacou o crescimento das aplicações em renda fixa, de 22,8%, com R$ 43,3 bilhões, representando a maior parcela do patrimônio dos investidores. Os fundos multimercados também tiveram bom destaque no ano passado, crescendo 18,5% e atingindo R$ 22,2 bilhões, a segunda maior fatia do total. Os multimercados sofreram um pouco nos últimos anos com a subida dos juros, mas aos poucos começa a ocorrer um movimento de volta para essas carteiras, diz o executivo.

Ele chama a atenção também para a manutenção da posição em renda variável, que teve crescimento de 22,6%, depois de cair 12,3% em 2015. “A diversificação da carteira se mantém e é consistente com o cenário econômico”, diz.

Renda fixa lidera, mas ações mostra crescimento na margem

Olhado os números desde 2013, Zillioto diz que a evolução das carteiras reflete o ambiente macroeconômico brasileiro, com a recessão levando os investidores a buscarem mais a segurança da renda fixa, o que levou essa estratégia passar de 33,6% das carteiras gerais para 48,1%, um aumento de 15 pontos percentuais. Agora há um movimento inicial de busca de maior exposição ao risco, compensando em parte a queda da renda variável de 23,7% em 2013 para 17,6% este ano. “Na margem, houve um crescimento da renda variável sobre os 17,3% de 2015”, observa.

A maior parte das famílias se concentra em São Paulo e Rio, observa Zillioto, sendo que o mercado paulista registrou forte crescimento, de 3.649 grupos para 4.193. ”Não que o cliente seja de São Paulo, mas são atendidos por meio das casas daqui ou têm residência em São Paulo”, diz.

Juros em queda devem incentivar multimercados e ações

Sobre o impacto da queda dos juros nas estratégias do setor, Zillioto acredita que os fundos multimercados tendem a capturar os ganhos com a mudança. “Os gestores brasileiros são mais eficientes nessa tendência de baixa dos juros do que na inversa”, diz. Por isso, as casas estão buscando maior diversificação, com diferentes classes de ativos para capturar esse movimento.

A tendência também é positiva não só pela alocação dos recursos, mas também pelo lado do humor. ”Com o novo governo e a tendência de aprovação de medias de reforma fiscal, já começamos a ver isso refletido em preços do mercado, e isso vai destravar negócios”, diz.

Zillioto observa ainda que este ano deve repetir o crescimento dos segmentos de multimercados e de ações. “Os multimercados devem se beneficiar pela queda dos juros, é um movimento consistente”, diz, reconhecendo porém que hoje os prêmios do mercado são menores. “Podemos pensar que, como há menos prêmio, os gestores de multimercados conseguem capturar melhor esse ganho”, diz. Assim, o segmento multimercado deve ter destaque, assim como bolsa. “Uma vez que as reformas estiverem bem encaminhadas, isso tende a destravar bastante o crescimento do país, e a queda das taxas de juros é um elemento importante no cálculo do valor das ações das empresas”, diz.

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