O Índice Bovespa (BOV:IBOV) encerrou o dia em alta, de 0,58%, aos 64.593 pontos, resistindo ao nervosismo internacional após o presidente americano Donald Trump autorizar um ataque com mísseis a uma base aérea síria. O ataque despertou a ira do presidente russo, Vladimir Putin, aliado do presidente sírio Bashar Al Assad, e pode desestabilizar o frágil equilíbrio de forças na Síria após as vitórias do governo contra o Estado Islâmico. As bolsas internacionais reagiram inicialmente com baixas, mas depois se recuperaram com a alta do petróleo. O dólar se fortaleceu com a busca por proteção enquanto os juros americanos recuaram diante da grande oferta de dinheiro.
O volume financeiro na Bovespa, porém, foi pequeno, com R$ 6,8 bilhões, abaixo da média de R$ 8,2 bilhões no ano, mostrando que os investidores preferem esperar um pouco para aumentar as apostas. Além do cenário externo, o detalhamento dos impactos da renegociação da reforma da Previdência e o anúncio de um déficit ainda maior que o previsto para 2018, cuja previsão passou de R$ 78 bilhões para R$ 129 bilhões, aumentam a cautela dos investidores.
Continua, porém, a expectativa para a semana que vem de um corte maior dos juros após a divulgação de um IPCA em baixa, de 0,25% em março. Com isso, a inflação no primeiro trimestre, de 0,96%, foi a menor deste o Plano Real, em 1994, e a inflação em 12 meses de 4,57%, é a menor desde agosto de 2010, aponta a MCM Consultores. Os números reforçam a expectativa de um corte dos juros de 1%, ou mais.
Perda de 0,60% na semana
Com a alta de hoje, o Ibovespa encerra a semana com perda de 0,60%, reduzindo o ganho no ano para 7,25% e, em 12 meses, para 33,15%.
JBS lidera altas no dia
As maiores altas do Ibovespa no dia foram de JBS ON (papel ordinário, com voto), 4,21%, Energias do Brasil ON, 2,51%, Usiminas PNA (papel preferencial, sem voto, série A), 2,03% e Cosan ON, 1,92%.
As maiores quedas foram de Weg ON, 2,63%, Tim Participações ON, 1,47%, Eletrobras ON, 1,23% e Estácio Participações ON, 1,23%.
Braskem lidera ganhos na semana
Na semana, as maiores altas do Ibovespa foram de Braskem PNA, 4,88%, Localiza ON, 4,13%, MRV ON, 4,11% e RaiaDrogasil ON, 4,07%. As maiores quedas da semana no índice foram de Usiminas PNA, 9,46%, Santander Brasil unit, 9,11%, Gerdau Metalúrgica PN, 8,69% e Eletrobras ON, 7,84%.
Nos EUA, os dados de emprego de março trouxeram uma criação de empregos menor que a esperada, mas um desemprego mais baixo, no menor nível desde 2007, deixando aberta a porta para novos aumentos dos juros. O Índice Dow Jones fechou em baixa de 0,03%, enquanto o Standard & Poor’s 500 recuou 0,08% e o Nasdaq, 0,02%.
Na Europa, as bolsas subiram com as ações de empresas de petróleo beneficiadas pela alta do produto por conta da tensão na Síria e na Rússia. O índice Euro Stoxx 50 subiu 0,18%, enquanto o Financial Times ganhou 0,63%. O CAC, de Paris, subiu 0,27% e o DAX, de Frankfurt, caiu 0,05%. O mercado acompanhou também o atentado em Estocolmo, na Suécia, em que um homem jogou um caminhão contra pedestres, matando quatro pessoas.
O petróleo tipo WTI, negociado em Nova York, subiu 1,14%, para US$ 52,29, enquanto o Brent, de Londres, ganhou 0,67%, para US$ 55,26.
Dólar sobe e juros caem
No Brasil, o dólar fechou em ligeira alta, de 0,15%, vendido a R$ 3,151 no mercado comercial. A moeda acumulou alta de 0,63% na semana, mas ainda cai 3,10% no ano. Já o dólar turismo ficou estável, em R$ 3,27 para venda.
No mercado futuro da B3, as projeções dos contratos de DI voltaram a cair. Para janeiro de 2018, a taxa recuou de 9,785% ao ano para 9,77%. O contrato para janeiro de 2019 caiu de 9,56% para 9,49% e o DI para 2021 fechou em 9,92%, ante 9,97% ontem.
QUER SABER COMO GANHAR MAIS?
A ADVFN oferece algumas ferramentas bem bacanas que vão te ajudar a ser um trader de sucesso
- Monitor - Lista personalizável de cotações de bolsas de valores de vários paíeses.
- Portfólio - Acompanhe seus investimentos, simule negociações e teste estratégias.
- News Scanner - Alertas de notícias com palavras-chave do seu interesse.
- Agenda Econômica - Eventos que impactam o mercado, em um só lugar.