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Indústria brasileira recupera o fôlego

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A pesquisa do Instituto Markit revelou dados animadores para o setor industrial brasileiro. O Índice Gerente de Compras saltou de 46,9 pontos no mês de fevereiro para 49,6 pontos em março, um recorde de alta de 25 meses.

PMIBrasil

O indicador revelou que houve redução considerável no nível de contração da atividade manufatureira, hoje muito próxima de atingir o terreno de expansão. Grande parte do movimento de ascensão se refere ao aumento da demanda externa e reposição de estoques baixos demais.

Apesar da elevada capacidade ociosa, os empresários se mostraram mais otimistas na pesquisa feita no mês de março. De forma geral, as indústrias estão mais esperançosas com o processo de recuperação econômica e fortalecimento da demanda.

A recuperação do fôlego, portanto, parece ser mais uma aposta de que a retomada da atividade irá surpreender nos próximos meses, após longos anos de decepção. Entretanto, ainda não há clareza de sustentabilidade desse movimento para os próximos meses. Os velhos problemas estruturais combinados com a elevada taxa de desemprego tendem limitar a trajetória de recuperação do setor industrial, que sinaliza não estar no fundo do poço, mas também muito longe de recuperar a força do passado.

O relatório de estabilidade financeira divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira mostrou que apesar de o sistema financeiro manter sólidos índices de capitalização e baixa alavancagem, o estoque de crédito no Brasil deve continuar em declínio no curto prazo em função do aumento de risco, principalmente sobre as operações de crédito concedidas a grandes empresas. Os chamados ativos problemáticos saltaram de 4% do crédito concedido a empresas em dezembro de 2014 para 8% no fim de 2016, o que força as instituições financeiras adotarem postura mais cautelosa, contribuindo para redução da circulação de crédito na economia.

Os indicadores fiscais, relevantes ao processo de tomada de decisão de investimentos, também jogam contra. O contingenciamento anunciado na semana passada pela equipe econômica do governo federal para tapar um rombo de 58,2 bilhões e assegurar o cumprimento da meta de déficit fiscal de 139 bilhões não transmite confiança e seriedade, apesar da leniência do mercado.

O governo federal conta com uma receita extra de cerca de 12 bilhões provenientes de leilões de usinas hidrelétricas perdidas pela Cemig em recente julgamento na justiça. A relicitação das hidrelétricas pelo governo federal é dada como certa, mas a Cemig tem sinalizado que vai lutar para ficar com as usinas (inclusive com ações judiciais), o que pode tanto inviabilizar a operação, quanto reduzir o preço estimado com as concessões das usinas (em função da insegurança jurídica do futuro operador).

Membros da equipe econômica insistem em dizer que, desta vez, a gestão é mais séria e transparente. O rombo “imprevisto” de 58,2 bilhões no Orçamento deste ano, a distante realidade das receitas extras, a relutância em cortar gastos ineficientes, juntamente com outras surpresas negativas, mostra apenas que as táticas mudaram para justificar um desastroso quadro fiscal.

No mercado de capitais local, a segunda-feira foi de poucas novidades. Os ativos de risco seguem com o viés das últimas semanas. A bolsa de valores (BOV:IBOV) trabalha movimento de lateralização nos últimos dias, acima da linha central de bollinger, o que mantém os compradores da semana passada no jogo e os vendedores temerosos com a resistência na faixa dos 66k.

Ibovespa

No cenário externo, o candidato de esquerda, Lenín Moreno, venceu a eleição presidencial no Equador. A forte ascensão do chileno Alejandro Guiller, outsider de esquerda, juntamente com a vitória de Moreno no Equador contraria a inclinação da América do Sul à direita e alimentam as forças dos partidos de esquerda que lutam para recuperar terreno no Brasil, Argentina e Peru.

Ainda no cenário externo, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s cortou o grau de investimento da África do Sul pela primeira vez em 17 anos, alegando elevadas incertezas políticas e institucionais em função da recente demissão do ministro das Finanças, Pravin Gordhan, de perfil pró-mercado. Seu sucessor, Malusi Gigaba, prometeu adotar medidas duras para redistribuição de renda.

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